- Obrigado, estava prestes a acabar com eles. - Riu de si mesma tirando o cinto rapidamente. - Agora vamos, estou morrendo de fome. - Assenti rindo. Saímos do carro com rapidez.
Eu também estou com fome, não comi nada hoje.
A noite parecia mais quente sem o ar refrigerado do carro, me fazendo tirar o casaco e jogá-lo dentro do veículo.
- Obrigado por me deixar dirigir. - Disse assim que me virei. Admirei seus olhos castanhos e seus lábios vermelhos, logo desviando o olhar.
Eu não podia os encarar por muito tempo, não mais. Acabaria querendo beijá-la.
- Obrigado por ter dirgido com calma. - Comentei rindo enquanto segurava a porta da lanchonete para ela entrar. Mestra riu e me empurrou de leve antes de caminhar para dentro.. - Rosquinhas? - Indaguei observando a mesma brincar com os guardanapos.
A última vez que viemos juntos aqui foi muito engraçado.
- Óbvio. - Sorri sozinho já sabendo que essa seria sua resposta. Juntei as sobrancelhas quando a vi olhar para os lados e ficar pálida.
- O que foi? - Indaguei num sussurro. Seus olhos se focaram em mim e ela mordeu os lábios, parecendo pensativa.
- A Mary está ali. - Afirmou com a voz baixa. Me guiei por seus olhos, parando na mulher baixinha. - Ela te despediu, né? - Concordei, me lembrando do horrível dia que, sem querer, derramei milk shakes duas vezes seguidas nela. - Que tal fazermos algo? - Juntei as sobrancelhas, admirando seu sorriso divertido.
- Tem certeza? Você pode nunca mais vir aqui. - Indaguei, vendo sua expressão mudar no mesmo instante.
- É, verdade. - Ela se encolheu, engolindo em seco. - Eu não sobreviveria sem rosquinhas. - Joguei meu corpo para atrás, ficando mais confortável na cadeira e rindo com sua expressão aflita.
Fitei seus cabelos que caiam por cima de seus ombros, e sem querer, meus olhos foram parar no decote em seus seios. Logo a memória do dia da chuva apareceu em minha mente, fazendo eu agradecer por ter tirado o casaco. Não suportaria tanto calor.
Puxei o ar com força e desviei o olhar, sentindo minhas bochechas pegarem fogo.
Ela cresceu tanto em tão pouco tempo.
Sai dos meus devaneios quando senti um chute por baixo da mesa. Encarei seus glóbulos furiosos e seu rosto vermelho.
- Por que você está com esse sorriso pervertido, seu tarado? - Rapidamente espremi os lábios, não percebendo que estava sorrindo. Mestra voltou a me chutar com mais força. - S-seu idiota. - Eu tentei, acredite, mas foi impossível não rir quando aquela voz estranha saiu de seus lábios. - N-não ri - Fitei suas bochechas coradas e seus olhos castanhos, não me controlando.
Tive que segurar a barriga para tentar parar, mas não funcionava. Aquele situação me lembrava de quando íamos para qualquer lugar, eu sempre acabava rindo e ela envergonhada.
Lory me chutou mais uma vez, um chute mais forte que me fez segurar, por impulso, a mesa.
Meu corpo tomou um choque quando um barulho alto chamou minha atenção. Encarei o copo de vidro quebrado no chão, e depois o rosto surpreso de mestra. Antes que eu pudesse processar algo, Mary se aproximou com uma expressão cheia de repulsa.
- Corre. - Soltei por impulso. - Corre! - Gritei, me levantando e puxando Lory comigo. Pude escutar os gritos de Mary, mas já estavámos muito longe.
Quando minha mente voltou ao normal, estávamos gritando enquanto corríamos por uma rua vazia.
A noite agora estava fria. Eu podia sentir o vento gélido batendo em meu rosto, e as mãos quentes da menina ao redor da minhas.
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Nós Crescemos [✓]
Romance[ESSA É A CONTINUAÇÃO DE - "VOCÊ CRESCEU".] Depois da noite onde Dilan e Lory choraram nos braços um do outro e se beijaram, as coisas começam a mudar. Dilan Peterson tentará se livrar de traumas emocionais e coisas pesadas de seu coração. Uma jorn...
Capítulo 2.
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