Mensagem, Matéria Física e Conversas Sinceras

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Fazia quase duas semanas desde que Jessin havia mandado uma mensagem terminando o relacionamento delas. Não ache isso algo terrível, afinal elas tinham um relacionamento a distancia a quase dois anos, não seria de admirar que o termino também fosse assim. Porém Cris jamais imaginou que isso aconteceria de fato.

O que ambas tinham, transcendia a matéria física que as rodeava, era algo tão forte que só em se tocar, o famoso choque na pele acontecia. E essa era uma das coisas que Cris mais sentia falta...

Cris estava sentada na cadeira da cozinha de sua amiga Thessa. Conversaram sobre varias coisas. A amizade de ambas foi algo que aconteceu de repente e se tornou muito mais do que ambas imaginariam, uma irmandade cresceu desde o primeiro oi.

Ela falava sobre como se sentia em relação a tudo que estava desabando em sua vida. Sabia que o motivo do termino dela e de Jes, tivera sido a família que ainda não a aceitava sexualmente, como se isso fosse algo monstruoso de se viver. Esse foi por sinal, um dos grandes problemas internos que ela tinha de resolver, mas depois de perder a pessoa que mais amou na vida, isso era apenas mais um detalhe.

- Não consigo te ver assim e simplesmente fazer de conta que você não está sofrendo ai dentro. – Tessa servia um chá, entregando a morena que apenas sorriu doce em sua direção.

- O sofrimento é inevitável quando se termina um relacionamento como o que tínhamos. Porém – Levantou o dedo indicador, pedindo um segundo para bebericar seu chá. – Eu não estou realmente sofrendo. Eu diria que é apenas compreendo a ideia de que tudo se foi e não vai mais voltar.

- E você quer enganar logo eu? Se não sofrer tudo que tiver que sofrer agora, vai ser pior depois. – A outra morena sentou a frente de Cris, também tomando de seu chá. – E eu bem sei que a senhorita adora dar uma de durona nos primeiros seis meses de termino, depois resolver sofrer e nunca mais esquecer de parar.

Cris apenas revirou os olhos e levantou, pegando sua mochila. Estava quase atrasada para o serviço, e atrasos para ela, eram imperdoáveis. Só o de sofrer depois, esse ela tinha como exceção.

Foi em direção a amiga e a abraçou.

- Eu te amo, mas não posso sofrer agora. É a minha forma de defesa. – Falou, saindo do abraço e dando uma pequena piscadela, indicando que estava tudo no seu lugar. Pelo menos por enquanto.

A amiga apenas balançou a cabeça negativamente, acenando mesmo que Cris já tivesse de costas.

Notas da Autora:/ Não revisei, então se tiver erros, me perdoem!

Tudo que termina...Where stories live. Discover now