Prólogo

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Kara Danvers P.O.V

–Então, Mrs. Luthor, o que você tem a dizer a respeito do envolvimento da L-Corp com a fabricação de Kryptonita, após você tantas vezes dizer ser a favor da Supergirl?–Fiz a pergunta que tanto me deixava intrigada.

Naquela manhã fiquei responsável por obter informações com Lena Luthor a respeito das acusações que caiam sobre ela. O DEO encontrou uma grande quantidade de Kryptonita sendo produzida em um dos laboratórios da L-Corp no Alaska. Eu queria muito acreditar que ela era inocente, e acreditava, mas tudo indicava que ela era culpada. James era o que mais tinha convicção de que Lena era culpada somente por ela ser uma Luthor, o que me deixou irritada. Eu conhecia Lena mais que o suficiente para saber que ela era confiável. 

–Senhorita Danvers, eu sinto muito em dizer isso mas não posso dar muitas informações. Tudo o que posso afirmar é que eu não tinha ideia de que minhas instalações estavam fabricando algo tão perigoso em grandes proporções. A propósito,essas instalações estão abandonadas desde que Lex era o presidente da empresa–Lena respondeu simples. Eu podia escutar os seus batimentos cardíacos e sabia que ela estava nervosa.–Eu não sou a vilã da história, senhorita Kara. Zelo tanto quanto vocês por um mundo para todos.–Suspirei e desliguei o gravador. Agora era a hora de sermos nós mesmas.

–Lena, o que está acontecendo?–Questionei cruzando os braços. Encarei a mulher impaciente em minha frente e esperei pela resposta.

–Desculpa, Kara, mas você não é a pessoa certa para perguntar isso.–Respondeu intercalando o olhar entre mim e a sua mesa. Conhecia ela muito bem para saber que nada estava bem e que aquela reação era ela na defensiva.

–Ok, você não quer falar com a Kara Danvers repórter da Catco mas conversa comigo, Kara Danvers sua amiga.–Pedi tocando sua mão. Lena encarou nossas mãos por alguns segundo e se afastou. Será mais difícil do que eu pensava.

–Kara, eu não estou com cabeça para sentimentalismo agora. Eu preciso resolver esse problema antes que seus amiguinhos me coloquem em um cela.–Desviou o olhar do meu e deu atenção ao seu computador.–Acredito que você também pensa como todos os outros, que eu sou totalmente culpada.–Sorriu melancólica.

–Lena... –Chamei em um sussurro mas ela me cortou.

–É só isso, Kara? Se sim, peço que você se retire, tenho um grande processo para ganhar.–Ordenou sem nem se dar o trabalho de me encarar. Olhei para ela uma última vez e caminhei para fora da sala.

–Supergirl, precisamos de você.–Escutei Alex me chamar. Aproveitei que estava no elevador e troquei de roupa.

O dia foi cheio, assaltos a banco com direito a tiroteio, incêndios, acidentes… Tudo parecia piorar naquele dia.

Tive que escutar mais bobagens do James a respeito das investigações contra Lena e ainda por cima tendo o apoio da maioria do DEO.

Lena não era má e como ela mesma disse, não era a vilã dessa história.

–Droga!–Assustei-me quando vi Mon-El sentado em meu sofá com um vasilha de pipoca em seu colo. Merda! Tinha me esquecido que hoje iamos sair para jantar.

–Assustei você?–Ele perguntou após desligar a televisão. Retirei meus sapatos e soltei meu cabelo enquanto caminhava para a cozinha. Senti os braços dele em volta da minha cintura e sorri.

–Sim, eu me esqueci completamente que hoje você queria jantar fora, desculpa.–Virei-me de frente para ele e beijei seus lábios rapidamente.

–Outra vez, senhorita Super?–Fingiu estar irritado me fazendo sorrir.

–Sim, desculpa, mas o dia foi cheio. Preciso de um bom banho e da minha cama.–Resmungei esfregando meu nariz no dele.

–Certo, dessa vez passa mas vou cobrar e com juros.–Se afastou voltando para o sofá.–Vou esperar você, que tal pizza?–Gritou da sala enquanto eu tirava minhas roupas em meu quarto.

–Perfeito!–Respondi antes de entrar no banheiro.

Devoramos uma pizza inteira, confesso que eu comi mais que ele, e ficamos no sofá assistindo filme. Acabei dando alguns cochilos durante algumas cenas mas me acordava toda vez que ele se mexia ao meu lado.

–Socorro!–Eu conhecia bem aquela voz. Pulei do sofá tirando minha roupa. Mon-El me encarou confuso.

–Alguém em perigo?–Perguntou esfregando os olhos.

–Acho que é a Lena. Eu volto logo!–Beijei seus lábios e corri para a janela.

–Boa sorte!

Sobrevoei os prédios de National City o mais rápido que eu conseguia. Lena não pediria ajuda a não ser que fosse algo sério, ela era muito orgulhosa para pedir minha ajuda, fora de um quarto.

–Lena?–Entrei em sua sala e não a encontrei. Tentei escutar algo que me ajudasse mas só ouvi os batimentos acelerados de alguém. Segui o som que levava ao quarto de Lena e, se fosse possível, teria morrido ao ver o que me aguardava.

–Boa noite, Supergirl!–A voz rouca e sedutora de Lena me invadiu como balas de Kryptonita, me enfraquecendo de imediato. Engoli em seco e por Deus, eu estava fraquejando novamente.

Nós juramos que aquilo não voltaria acontecer novamente mas lá estávamos nós, prestes a cometer o mesmo erro.

–Eu...É... Eu escutei você pedir por socorro!–Expliquei desviando meu olhar das pernas torneadas de Lena. Ajeitei minha postura e limpei a garganta, tentando resistir ao desejo de olhar para a imagem a minha frente. Ela estava deitada em sua cama usando somente uma camisa social branca, com alguns botões abertos e uma meia calça.

–Eu?–Me olhou fingindo estar confusa. Meu corpo maldito estava começando a reagir a ela. Respirei fundo tomando forças para resistir.–Acho que você está enganada, Supergirl.–Aquele maldito alterego nunca foi pronunciado daquela forma por ninguém. Ela sabia me ganhar, me vencer sem usar qualquer arma a não ser suas curvas. Minha fraqueza agora deixava de ser Kryptonita e passa a ser Lena Luthor.

–Tenho certeza que...que...–Gaguejei quando ela cruzou as pernas.–Por Rao, Lena o que você está tentando fazer?

–Por mais que você tenha supervelocidade, você continua sendo lenta para algumas coisas.–Mordeu a ponta do dedo enquanto me encarava com aquelas esmeraldas fascinantes. Eu prometi a mim mesma que não cairia mais nas armadilhas dela mas eu era fraca demais.

–Eu entendi o que você quer mas não sei se posso lhe oferecer.–Respondi cruzando os braços tentando passar a ideia de que aquele cenário todo não estava me afetando. Grande mentira!

–Tem certeza? Eu sei muito bem que você pode e muito me oferecer o que eu quero, a noite toda!–Engatinhou até a ponta da cama e me puxou para perto pelo uniforme. Eu já me encontrava ofegante sentindo meu corpo inteiro em chamas, especificamente a região que ela encarava. Lena repousou sua mão em meu abdômen e foi descendo até chegar onde eu desejava ser aliviada.–Parece que tem alguém mentindo aqui.–Segurou meu membro sobre o uniforme. Ofeguei dando adeus a minha resistência.–Não resista, Kara, será pior e você sabe muito bem disso. 

–O que você quer que eu faça?–Me rendi, como ela mesma disse, se eu resistisse seria pior. Ela me faria pagar por tê-la rejeitado e eu não estava disposta a sofrer com as suas provocações. Ela bem sabe ser persuasiva.

–Me faça sua até o sol nascer, isso é uma ordem.





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