A carta de ameaça

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                          A carta de ameaça
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7 de dezembro de 2018, 20:00 hrs, noite

Dazai recebeu uma carta, uma ameaça de morte. Claro, qualquer suicida ficaria eufórico com isso, mas não nesse momento. Ele não estava viajando sozinho, estava dirigindo seu carro com uma criança no banco de trás.

Esse era Yumeno, se encontrava calado e batendo os pés no ar, longe de seu boneco que Dazai confiscara antes de entrar no carro, no lugar desse, a pequena criança abraçava um ursinho de pelúcia comum.

Dazai tinha pedido a guarda de Yumeno para poder cuidar pessoalmente seus passos, e anular seu poder sempre que preciso.
Yumeno era esperto e poderia tentar qualquer coisa, o suicida sabia disso, mas não tinha porque não tentar, o que ele poderia perder? A vida? Seria até bom para ele.

Mesmo assim, ele não queria arriscar a vida da criança, mesmo sabendo que Yumeno poderia matar o assassino eles não sabiam de quem se tratava, qual era sua habilidade e onde estava.
Dazai batia os dedos no volante do carro meio incomodado pelo fato de não saber quando e porque seria atacado.

Yumeno: - Estou faminto

Foi a única frase pronunciada pelo pequeno Yumeno a viagem toda, Dazai o olhou pelo espelho do retrovisor respondendo que faltaria pouco até que chegassem no hotel que ele ficaria aquela noite, isso por estar sendo perseguido, ele não podia ter paradeiro fixo por enquanto.

Dazai: - já vamos descer

O homem mais velho estacionou frente um motel de fim de estrada, parecendo velho e abandonado, segundo sua teoria ninguém suspeitaria deles alí.
Ele desceu do carro e certificou que não havia ninguém, então fez sinal a criança que desceu logo atrás abraçado ao ursinho.

Assim que chegaram na recepção o homem olhou para ambos e negou com a cabeça.

Gerente: - não aceitamos esse tipo de coisa por aqui, meu senhor
Queiram se retirar.

Dazai sacou os documentos que mandou fazer para Yumeno, onde ele usaria o seu sobrenome e disse de forma preguiçosa fazendo um gesto com as mãos.

Dazai: - ele é meu filho

O homem viu certa semelhança entre ambos e por fim acabou os deixando ficar.

Dazai e o pequeno se dirigiram ao andar de cima pelas escadas, pois o local era desprovido de elevador, ao chegar ao quarto de seu número o maior girou a chave que recebeu na fechadura e abriu a porta revelando o pouco espaço, o quarto era mal arejado e fedia a perfume barato, certamente das últimas pessoas que alí estiveram, foi até um baú antigo e o abriu retirando a roupa de cama, trocou os lençóis por nojo e fez sinal para a criança alí, enquanto ele iria verificar como era o banheiro. Era quase impossível de entrar,  as paredes estavam ruindo e a água descia por frestas deixando úmido, Dazai pensou "é só por um ou dois dias, da pra sobreviver por aqui".

Yumeno ainda estava com fome, olhou ao redor do quarto vendo muitos espelhos e nenhuma comida.

Dazai lembrou disso e foi até o telefone para pedir o jantar, mas estava mudo, então desligou o aparelho e foi reclamar com o gerente.

Dazai: - fique aqui, eu volto já

Disse se dirigindo a Yumeno e saiu pela porta, a deixando trancada.

Dazai: - o telefone não funciona

Disse o agente da ADA frente o homem de olhos vazios.

Gerente: - eu sei, já mandei trocar, mas os serviços aqui são precários, entende?
Vou mandar levar a comida até seu quarto.

Dazai revirou os olhos e já ia voltando a seu quarto quando ouviu um estrondo correndo até lá. Ao chegar encontrou o mesmo em chamas, forçou a porta e procurou por Yumeno, mas não encontrou. Ele procurou pelo motel todo, mas o gerente jurava não ter visto a criança sair.
Um mistério estava formado e Dazai visivelmente preocupado.
Onde fora parar a criança agora que Dazai resolvera criar responsabilidade por alguém?

Nota: Teria o assassino misterioso pego a criança e forjado um incêndio para despistar? Ou fora o próprio Yumeno quem causou o acidente?

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Carta ao SuicidaWhere stories live. Discover now