Capítulo: I - A Espada Misteriosa.

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                A lousa estava totalmente completa com números e mais números, mal se podia compreender as fórmulas no quadro de tão cheia. A vista cansada de Alex esforçava-se para copiar o conteúdo para seu caderno.

- Alex leia em voz alta o quinto parágrafo. – Ordenava o professor.

Alex tentava decifrar as embaçadas e minúsculas letras do livro.

- A velocidade da luz no vácuo é a mesma para todos... – Alex parou de ler ao perceber algo.

Todos os alunos antes presentes na sala de aula agora haviam sumido, Alex estava sozinho, começou a caminhar pela sala deserta. As lâmpadas começam a falhar até deixar a sala totalmente às sombras, Alex no escuro analisa ao seu redor e vê o quadro, as palavras negras e embaçadas se amontoavam tornando-se um aglomerado de letras que pulavam para fora da lousa, o aglomerado tomava forma, algo humanoide se levantava daquele monte. Um homem de meia idade coberto pelas sombras, usava um óculos quadrado e transparente e carregava consigo uma régua de meio metro.

O homem apontou a régua para Alex que no mesmo tempo tentou correr para fora da sala, mas as sombras a sua volta tomaram forma e o prenderam em uma cadeira. O homem pegou o livro que estava acima de uma carteira e andou até Alex aterrorizado.

- Leia! – Ameaçou o homem enquanto abria o livro sobre a cadeira com a régua pontiaguda como uma faca no pescoço de Alex que suava frio.

- A velocidade da luz... – Alex pôde ouvir um som distante, algo muito barulhento, era o sino da escola tocando.

Antes que Alex pudesse continuar a leitura tudo à sua volta se desfez como poeira sendo levada pelo vento.

***

Domingo

07:30 - O despertador tocava incansavelmente. Alex abria os olhos ainda sonolentos pela noite mal dormida, mas as pálpebras pesadas se fecham novamente.

***

O quarto escuro à sua frente ia ficando a cada segundo mais claro, Alex se espreguiçava, piscando os olhos para deixa sua visão nítida, os olhos ardendo e lagrimando o impedia de ver as horas em seu celular, conseguia identificar que haviam mensagens não lidas. Os números finalmente se tornavam decifráveis, Alex se assustou ao ver o horário, havia dormido demais, tinha um compromisso marcado às 8:45, e no momento eram 13:27. Às pressas Alex pega seu celular e passa do quarto para o banheiro jogando sua roupa pelo meio da casa, colocando sua playlist para tocar, tomava o banho mais rápido que podia.

Com o banho concluído agora preparava algo para comer, posto os pães na mesa junto ao seu café lia as mensagens.

"Você irá vim hoje?" – Baltasar às 7:00.

"Onde você está? Logo terei que fechar!" – Baltasar às 12:50.

Procurava alguma desculpa para responder o Seu Baltasar, porém não conseguia encontrar nenhuma, sua mente também não o ajudava, estava mentalmente muito cansado. Alex terminou seu lanche e foi para o guarda-roupa, pegou as primeiras roupas que suas mãos alcançaram e se vestiu, Alex corria contra o tempo, montou em sua bicicleta e saiu de casa pedalando velozmente ao seu destino.

As ruas estavam calmas, sem um sinal de vida, as pessoas deviam estar aproveitando seu final de semana com suas famílias, ao pensar naquilo Alex reflete em como seria bom ter pais presentes para passar dias assim com algum compromisso como um churrasco em família, quem sabe quando tivesse a sua própria família.

O pai de Alex era um empresário muito conhecido em seu país, por isso vivia viajando fazendo negócios, enquanto sua mãe era uma repórter em ascensão, e com o objetivo de se tornar uma repórter famosa e reconhecida buscava sem pausas notícias interessantes pelo país. Pela vista de muitos Alex era bastante sortudo de ser de uma família rica, entretanto Alex era bem sozinho, tinha poucos amigos, e mesmo tendo uma família rica a criação dele era resumida em meritocracia, então dificilmente seus pais pagariam uma faculdade particular para ele, porém com isso pagavam todo material e cursinho que ele precisasse para passar no vestibular, e Alex não deixava essa chance passar, ficava dias em claro estudando sem parar para conseguir uma vaga de Medicina em uma faculdade pública e por isso não tinha tempo sobrando para ter uma vida social como os outros.

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⏰ Last updated: Sep 02, 2019 ⏰

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