LUZ(Série Mulheres)

•Chapter 7

— Tão o quê, Max?

Max me avaliou de cima a baixo, antes de retornar ao meu rosto com seus olhos azuis.

— Simples.— Completou.

— Gosto do meu jeito.

— Eu também, Luz.

Sorriu.

Olhei surpresa para ele. Max se aproximou novamente, curvando seu corpo na minha direção, não me movi um centímetro sequer.

— Por isso que quero te chamar pra jantar comigo, o quê acha?— Disparou.

Comecei a tossir igual uma maluca. Max se pôs atrás de mim, batendo de leve nas minhas costas, as pessoas devem está olhando a cena curiosa e dando risada tenho certeza.

— Está melhor?— Perguntou tirando uma mecha que caiu no meu rosto, balancei a cabeça positivamente ainda me recuperando.— Nunca foi convidada para um jantar?

— Não pelo homem que meu pai mais odeia no mundo.— Respondo na lata.

Max solta uma risada voltando a se sentar ao meu lado.

— Pra tudo se tem a primeira vez. — Sorriu.

— Não deveria nem estar falando com você, Max.
— Continei igorando sua dala.— Está me seguindo?

— Isso aqui é uma padaria pública, Luz.— Repetiu novamente.— Estava na casa da minha irmã, e ela mora aqui por perto, vim fazer uma corrida e por acaso te vi lá de fora, seria sem educação eu não cumprimentar uma amiga.

— Não somos amigos, Max.— Levantei.— Preciso ir, tchau.

Disse, e sai caminhando o mais rápido para fora dali.

— Luz, espera!

Ouço a voz do Max me chamar, ignorei e acelerei meus passos.

Mentalizei isso na minha mente até entrar em uma pequena loja de conveniência.

Não ouvir mais os gritos do Max o que me tranquilizou. Aproveitei que estava na loja, peguei uma cestinha e fui direto na seção de doces.

— Pensei que não fosse te encontrar.

Larguei meu fini, e encarei o Max que está parado ao meu lado.

— Então, aceita jantar comigo?— Perguntou sorrindo.

Ignorei voltando a pegar meus doces.

— Vai me ignorar mesmo, Luz?— Max perguntou irônico. Olhei em sua direção por breve segundos, e voltei aos meus doces.— Se não falar comigo, vou te acompanhar até o seu apartamento, sentar na porta até falar comigo.

Volto a olhar sem rosto, com mais raiva ainda, atrás de algum vestígio de mentira.

— Você está louco?— Perguntei largando minha cestinha no chão.— Quer que o meu irmão ou alguém da minja familia te veja comigo?

— O que eles tem contra mim?

Colocou a mão no peito, de um jeito dramático.

— Tudo Max, e você também tem tudo contra eles.
— Encostei meu dedo em seu peitoral. Max acompanhou esse movimento com um sorriso idiota nos lábios.— Eu vi o olhar que direcionou ao meu pai na terça, quando subiu no palco pra receber aquele prêmio. Você odeia ele, não posso ter qualquer ligação com pessoas que não gostam da minha família. Tá ouvindo? Eu quero distância de você.

Max coloca sua mão por cima da minha, engoli em seco. Queria sair dali o mais rápido possível, mas minhas pernas não obedecem.

— Seu corpo e seus lindos olhos azuis dizem outra coisa.