Chapter II

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Contém: -
Palavras: 1.2k

Minutos depois da ligação de Elle, Tom e ela já estavam dentro de um carro, com um motorista que dirigia á toda velocidade e passava em todos os sinais vermelhos.
-Porque mentiu pra Tanya? - pediu ele quebrando o silêncio.
-Eu não quero deixá-la preocupada, se eu contasse a verdade, ela... bom, ela chamaria a polícia. - explicou Elle.
-É, você tem razão. - disse Tom.
-Você prometeu que nada aconteceria com ela, então, estou confiando em você. - disse a loira com o olhar fixo na janela do carro.
-Não se preocupe, eu já cuidei de tudo. - afirmou Tom, antes do silêncio voltar a permanecer.
Elle via os prédios do centro de Londres passando fora da janela, sem ter a mínima ideia de onde estava indo. Ela estava quase pegando no sono quando sentiu o carro parar, seguido de barulho de portas abrindo e fechando.
Quando abriu os olhos, a loira ficou chocada ao ver um jatinho na sua frente. Tom conversava com um homem negro e alto, que usava terno, além de Harrison, que também estava lá. Tom trocou algumas palavras com o homem, antes de apertar sua mão.
Lentamente, ele se aproximou do carro e se juntou á Elle, no banco de trás.
-Desculpa te acordar, está pronta pra ir? - perguntou ele.
-Pra onde estamos indo? - falou a loira, ainda confusa.
-Eu te conto no caminho, agora temos que ir. - disse Tom e Elle assentiu.
-Oi Elle, quanto tempo! - disse Haz a puxando para um abraço.
-Oi Haz! - respondeu Elle envolvendo os braços no amigo.
-Olha gente, eu realmente queria que pudéssemos ficar aqui conversando, mas realmente temos que ir. - disse Tom fazendo eles se afastarem.
-Certo, aqui estão as chaves, me avise assim que chegarem. - disse o loiro entregando um molho de chaves para o amigo.
-Pode deixar, obrigada Haz! - disse Tom o abraçando.
-Não se preocupe, vamos cuidar de tudo. Tchau Elle! - disse ele acenando enquanto Tom e Elle entravam no pequeno avião.
Já dentro, a loira ficou ainda mais surpresa com o luxo daquele lugar. O interior era vermelho, com bancos de couro pretos e detalhes em dourado.
-Pode sentar onde quiser. - ela ouviu Tom dizer.
A loira então escolheu sentar no lado direito do avião, ao lado de uma pequena janela. Tom, que estava logo atrás dela, decidiu sentar no banco á sua frente.
Assim que eles colocaram os cintos e o avião começou a decolar, a realidade da situação afetou Elle. Ela estava em um avião particular, com o homem que ela não via há anos, sem ideia de pra onde estava indo e ainda por cima, correndo risco de vida. As lágrimas corriam pelo seu rosto, enquanto ela olhava a cidade desaparecer pela pequena janela.
Tom digitava no seu celular, quando ouviu Elle chorar. Naquele momento, tudo que ele mais queria era abraçá-la, dizer que tudo ia ficar bem e que ele não deixaria nada acontecer. Mas, eles não eram mais um casal, Tom não sabia dizer se eles ainda eram amigos, a relação entre eles era, no mínimo, confusa. Então, lutando contra sua vontade, ele a deixou chorar, até que seus soluços diminuíssem e sua respiração voltasse ao normal, foi quando ele percebeu que ela havia dormido. Com cuidado para não acordá-la, o moreno a cobriu com
um cobertor, antes de voltar á suas atividades.

Quando Elle abriu os olhos, ela encontrou os de Tom, que tentava a acordar, balançando seus ombros.
-Hey! - disse ele sorrindo.
-Hm? - Elle resmungou confusa.
-Nós já chegamos. Vem, temos que descer. - disse Tom oferecendo a mão para a loira, que aceitou.
Já fora do avião, Elle percebeu que já deviam ter se passado algumas horas, pois fora as luzes que iluminavam o caminho até um carro, eles estavam completamente no escuro.
-Aqui, entra que eu já estou indo, tudo bem? - disse Tom abrindo a porta do carro.
Enquanto Elle se acomodava no banco do carona, Tom guardou a mala da garota no porta-malas, antes de falar com o piloto do avião que tinha os levado até ali.
Um aperto de mão e algumas palavras depois, Tom entrou no carro e sentou no banco do motorista.
-Tudo bem? - pediu ao fechar a porta.
-Sim, vai dirigir? Achei que tivesse um motorista. - disse a loira.
-Quanto menos pessoas souberem onde estamos, melhor. - disse ele para a garota, que assentiu.
Depois de ligar o aquecedor do carro, Tom dirigiu pelas estradas escuras, cercadas de florestas. Elle não fazia ideia de onde eles estavam, mas ela não pode deixar de encostar a cabeça no vidro da janela e admirar a beleza daquele lugar.
Tom revesava o olhar entre a estrada e Elle. Ele não conseguia acreditar que, mesmo depois de tudo o que eles passaram, ela estava ali, ao seu lado. Ele só esperava mesmo que a situação fosse outra.
Depois de mais ou menos uma hora de estrada, Tom saiu do asfalto e entrou no que parecia ser uma floresta. Elle estava pronta pra gritar para Tom que eles iriam bater, quando, depois de passar por uma parede de plantas falsas, uma cabana de madeira apareceu na frente deles.
-Chegamos! - disse Tom ao estacionar o carro.
-Que lugar é esse? - perguntou Elle assim que ele abriu a porta do carro pra ela.
-É um esconderijo, meu pai construiu pra situações como essa. - explicou o garoto tirando a mala do porta-malas.
Tom então abriu a porta da cabana, revelando um ambiente acolhedor e até mesmo familiar, bem diferente do que Elle imaginava ser.
-Oh, isso tudo foi trabalho da minha mãe. Ela sempre disse que se um dia precisássemos ficar aqui, era pra nos sentirmos em casa. - disse ele dando de ombros. -Bom, aqui a sala, ali fica a cozinha, naquelas portas ficam os quartos e nessa aqui o banheiro. - disse ele apontando para as diferentes partes da casa. -Pode ficar com o quarto principal, eu fico com esse. - completou ele.
-Obrigada! - agradeceu a loira.
-Tudo bem, eu vou deixar suas coisas no quarto. - disse ele se referindo a mala de Elle. -Você pode usar o banheiro, enquanto eu vou pegar lenha pra lareira. - completou ele chamando a atenção da loira, que assentiu.
Depois de um banho longo e quente, Elle voltou ao quarto, vestiu uma camiseta que ela usava de pijama e deitou na cama, onde deixou todas as emoções acumuladas do dia, saírem.
Tom voltou para dentro com um cesto carregado de lenha, que serviria para aquecê-los pela manhã.
-Elle? - chamou ele depois de não encontrá-la.
Ele procurou pelos cômodos da casa, mas parou ao ouvir seus silenciosos soluços vindo do quarto onde a loira estava. Mais uma vez, ele ficou sem saber o que fazer. Ele até pensou em abrir a porta e tentar consolá-la, mas achou melhor deixá-la sozinha. Se ela precisasse dele, ele estaria ali, mas nesse momento, ela havia escolhido ficar só, então, depois de um rápido banho e de escovar os dentes, Tom pegou alguns cobertores do armário e se jogou na cama, onde não demorou para caír no sono.

•••

N/A: Segundo capítulo!!! Me contem o que estão achando dessa nova fase e o que vocês acham que vai acontecer. Vamos conversar!!!

suspicious | tom hollandWhere stories live. Discover now