Flores de Inverno ♡ changki

Cinco segundos

Se os lábios de Changkyun tocavam os seus de maneira apaixonada, a sensação de tê-los lentamente envolvendo seu membro sensível e ereto causava uma explosão de efeitos em seu corpo. Ele sentia seus membros, pescoço e rosto em chamas; quase poderia delirar que a água tocaria em sua pele fervendo e evaporaria. Receber seu primeiro oral depois de quatro anos estando sendo tão bom quanto ele esperava. Na verdade, quando observou com os olhos semicerrados Changkyun lamber toda sua extensão lentamente e, então, coloca-la inteira na boca de uma única vez, Kihyun pensou que definitivamente era muito melhor. Sua imaginação não poderia criar algo tão excitante e absurdamente atraente quanto o verdadeiro Changkyun de joelhos a sua frente.

A acústica do banheiro parecia ampliar os sons molhados da boca de Im deslizando cada vez mais rápido por seu pênis, assim como seus grunhidos, que haviam se iniciado tímidos e, gradativamente, tornaram-se gemidos agudos e longos. Esses pareciam incentivar ainda mais Changkyun que, após chupar sua extensão diversas vezes, deslizou a boca lentamente para o lado, tomando um de seus testículos nos lábios e levando Kihyun a revirar os olhos de prazer. Ele quase podia sentir que estava derretendo com todas aquelas sensações, seus pés deslizando lentamente pelo chão úmido e fazendo com que o toque de Changkyun em sua cintura se tornasse mais firme, o que também pareceu excitante, os dedos do homem afundando-se em sua carne levando-o a deslizar uma das mãos para baixo e apertar os fios macios e úmidos como resposta.

Im ergueu o rosto assim que sentiu o puxão em seus fios, sorrindo para Kihyun de uma maneira tão obscena e, ao mesmo tempo, divertida. Yoo só pôde pensar que muito mais o aguardava quando contemplou aquele sorriso repleto de segundos intenções. Não demorou muito para que aquela constatação se provasse precisasse, ele estava certo, pois, assim que a boca de Changkyun voltou para seu membro, o fisioterapeuta empenhou-se ainda mais em dar-lhe prazer. O ritmo tornou-se frenético, a pressão dos lábios de Changkyun contra seu membro aumentou e Kihyun quase preocupou-se, com medo que Im pudesse se engasgar com toda aquela intensidade. Entretanto, enquanto encarava aqueles olhos repletos de prazer e confiança, Kihyun percebeu que Im Changkyun sabia exatamente o que estava fazendo enquanto o chupava com vontade.

Durante aqueles minutos absolutamente incríveis, Kihyun chegou a bater a cabeça suavemente na parede atrás de si, quando Changkyun fez questão de chupar sua glande demoradamente e com vontade e a reação involuntária do corpo de Yoo foi jogar sua cabeça para trás e clamar pelo nome do fisioterapeuta. Minutos depois, quando seu corpo parecia implorar por um novo orgasmo e Kihyun não conseguiu mais controlá-lo, ele pôde observar Changkyun fechar os olhos e engolir seu prazer com o rosto absolutamente lindo e quente.

Teria escorregado para o chão, seu corpo tomado pelo prazer parecendo pouquíssimo preocupado em manter-se erguido. Contudo, tão rápido quanto havia retribuído seus beijos naquele chuveiro, Changkyun ergueu-se do chão e o segurou, mantendo-o seguro em seus braços, permitindo que ele descansasse e aproveitasse seu pós-orgasmo naquele abraço quente e gentil. Kihyun gostava da forma como Changkyun parecia absolutamente obsceno há literalmente alguns minutos e, naquele momento, o tocava tão carinhosamente e calmamente. Assim que Kihyun conseguiu estabilizar-se em pé novamente – ainda que continuasse precisando da ajuda do fisioterapeuta – seus olhos se encontraram e eles selaram seus lábios repentinas vezes, até um Kihyun, já sem fôlego pelo momento anterior, começar a rir e levar o próprio Im a sorrir, confuso com aquela ação súbita.

— Por que você está rindo? — O mais novo questionou, curioso, ainda que ele próprio estivesse propenso a rir com toda aquela felicidade que transbordava da risada bonita do seu hyung. Enquanto o esperava recuperar-se de sua súbita crise de risos, Im buscou por um sabonete, agradecendo mentalmente a Jooheon por ter colocado um novo na saboneteira. Não um sabonete qualquer, mas um dos caros, daqueles que vinham junto a perfumes de marca. Sorriu ao perceber que seu amigo havia se preocupado com aquele pequeno detalhe; se lembraria de agradecê-lo mais tarde. Não apenas pelo sabonete, evidentemente, como também poder ter cedido sua casa durante toda aquela tarde e noite. — Hyung, você está rindo tanto, eu estou começando a achar que meu oral foi uma piada.