Crisântemo amarelo

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Kihyun se pegou sentindo falta de Changkyun na manhã seguinte, ansioso para que o mais novo chegasse e eles pudessem continuar com o processo fisioterapêutico. O dia na piscina havia sido divertido e as horas seguintes, com Im almoçando junto a ele e Hoseok, também preencheram o dia normalmente entediante de Kihyun com alguma felicidade.

No entanto, deixando-o um tanto quanto frustrado, o horário do almoço se aproximava e Changkyun não havia aparecido ainda. Ao ver Hoseok começar a preparar o arroz na cozinha, Kihyun finamente protestou, por mais que estivesse envergonhado de confessar em voz alta sobre a falta que sentiu de Changkyun durante aquela manhã.

— Hyung, por que o idiota do Changkyun ainda não chegou? – A pergunta passou completamente despercebida por Wonho, que ainda estava de costas para si, movendo panelas em movimentos quase mecânicos. Kihyun estranhou o silêncio, insistindo mais uma vez: — Hyung?

— Kihyun? Oh, desculpa, eu não ouvi que você precisava de mim. – Hoseok disse sorrindo, completamente sem jeito enquanto seguia em direção a Kihyun. Ele tinha o rosto distraído, de uma maneira que Kihyun nunca havia visto antes. O mais novo balançou as mãos, indicando que estava tudo bem, que não estava precisando de ajuda para nada.

— Eu perguntei se o Changkyun iria vir hoje. – Explicou para um Hoseok perdido, fazendo-o arregalar os olhos e bater a palma da mão em sua própria testa. Kihyun riu baixinho com a reação exagerada, mas não pôde deixar de sentir-se preocupado com o estado atípico do mais velho. — Hyung, está tudo bem? Você está um pouco distraído hoje.

— Ah, eu sou um desastre, meu Deus. O Changkyun ligou e avisou que viria de noite. Ele disse algo sobre um tal de Jooheon ter chegado bêbado em casa e ele está cuidando dele. – Kihyun revirou os olhos e conteve um sorriso ao imaginar Jooheon bêbado. No mínimo, sempre era cômico ver seu melhor amigo afetado pelo álcool.

Tentou então não se pegar pensando ainda mais no melhor amigo ou ficaria novamente chateado pelo desentendimento que tiveram.

— Tudo bem. Não tem problema, hyung.

— Eu peço mil desculpas, Kihyun. Não estou sendo um bom enfermeiro para você hoje. – Hoseok parecia realmente decepcionado, entristecido. Ele empurrou a cadeira de rodas de Kihyun para sala, colocando-o no sofá confortável e dizendo em um tom de voz firme e concentrado: — Prometo que isso não irá se repetir.

— Você não fez nada de errado. Não precisa pedir desculpas por nada. Senta aqui, vem. — Ele pediu, indicando com a cabeça o assento ao seu lado no sofá. Hoseok não o fez de imediato, olhando para a cozinha e murmurando algo como "seu almoço vai atrasar". Kihyun rebateu imediatamente com um: — Não estou com fome, hyung.

Convencido – ou apenas desistindo de retrucar com o mais novo –, Wonho sentou-se ao seu lado. Kihyun inicialmente o observou em silêncio, tentando adivinhar o que estava acontecendo na vida do seu amável enfermeiro. Mesmo após sua análise, ele não tinha pistas, apenas era óbvio que Hoseok não estava bem. Enquanto o encarava, Kihyun percebeu o quão minúsculo ele parecia ao lado do enfermeiro. Além de Hoseok ser mais alto e mais forte, Kihyun havia emagrecido pelo menos dez quilos em seu estado de coma, o que o fazia sentir-se um ratinho.

— Você está começando a me deixar tímido. — O enfermeiro falou em tom de brincadeira ao perceber que Kihyun o encarava há pelo menos uns três minutos.

— Estou pensando que deveria frequentar sua academia. — Kihyun retrucou em um tom de voz agradável e de elogio. Wonho sorriu, feliz com a gentileza. O enfermeiro realmente gostava de fazer exercícios físicos, apreciava os músculos que havia lutado para conseguir. Receber elogios e não críticas a respeito daquilo fazia o mais velho sorrir de orelha a orelha. — E também o motivo do meu hyung estar tão diferente hoje...

Flores de Inverno ♡ changkiWhere stories live. Discover now