Problema 1: Depressão

63 1 0
                                    

28 de agosto

Estou tão abalada que sequer sei por onde começar a escrever. Talvez do início...

Oi, meu nome é Akane Saaya Fujioka, tenho 18 anos e estava no último ano do ensino médio, honestamente nem sei se tenho forças pra voltar a estudar, ou sequer trabalhar como dj digital ou sacerdotisa. Irônico, não? Eu ajudo a exorcizar os males dos outros, mas os meus permanecem. Recentemente meu terapeuta recomendou que eu escrevesse um diário pra me expressar. Segue uma foto minha.

E o que fez com que eu fosse para o terapeuta? Depressão, somada com casos de automutilação

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

E o que fez com que eu fosse para o terapeuta? Depressão, somada com casos de automutilação. O que causou isso? A solidão constante, sem amigos na escola e sofrendo bullying por causa dos meus poderes... Minhas únicas companhias eram minhas primas, elas sempre estiveram lá para me apoiar, até recentemente, onde elas desapareceram uma por uma.

A primeira foi a Nari, ela tem 16 e foi estudar na Coreia do Sul, eu previ que durante a estadia dela lá, iríamos passar por problemas, então já deveria esperar que junto disso viesse minha depressão. Isso foi no começo do ano, desde então nenhuma notícia foi emitida. A baixo tem uma fotografia dela, Nari Hana Shinai.

 A baixo tem uma fotografia dela, Nari Hana Shinai

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.


A segunda a desaparecer foi a irmã mais nova da Nari, e do jeito mais macabro. Alguns dias depois da Nari ir para a Coreia, sua irmã mais nova, Sakura Amai Shinai teve uma briga com a mãe, minha tia Yuki Shinai, e então matou a própria mãe com um machado na cabeça, fugindo logo em seguida, desde então ninguém sabe o paradeiro dela, misteriosamente a última vez que sua voz foi ouvida foi na noite do crime, onde Sakura ligou chamando a polícia para sua casa. A baixo uma foto da Sakura.

 A baixo uma foto da Sakura

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.


A partir daí eu e Emi, a irmã mais velha, ficamos muito mais próximas do que nunca. Éramos como unha e carne, irmãs de proximidade inigualável, ela era a única herdeira da família Shinai, uma família cheia de dinheiro. Fazíamos tudo juntas, até contávamos nossos mais profundos desejos e sonhos. Mas tudo que é bom dura muito pouco, e logo a Emi foi a próxima que eu perdi. Até agora me lembro daquela fatídica noite...

Estudamos em uma escola noturna, em parte porque moramos em uma cidade pequena e em outra porque a escola que tínhamos de ensino fundamental queimou alguns anos e o terreno foi reusado, então de manhã estuda o ensino fundamental e a noite o médio ...

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

Estudamos em uma escola noturna, em parte porque moramos em uma cidade pequena e em outra porque a escola que tínhamos de ensino fundamental queimou alguns anos e o terreno foi reusado, então de manhã estuda o ensino fundamental e a noite o médio na única escola pública da cidade. Naquela noite eu senti que algo iria dar errado, principalmente porque sequer poderia voltar para casa com ela, fazem duas semanas e ainda me culpo muito....

Estávamos na entrada da escola, eu não poderia voltar para casa com ela por motivos de força maior, mas eu senti as flores agitadas, indicando mal presságio, pedi para que ela me ligasse assim que chegasse em casa, Emi me prometeu que ia ligar, mas obviamente essa ligação nunca chegou, porque ela sequer chegou em casa. Liguei para a polícia, mas nada foi encontrado, minha melhor amiga sumiu e eu fiquei sozinha.

Para aliviar a dor e culpa, passei a me cortar, obviamente quando minha mãe descobriu, fui levada para o psiquiatra e passei a ser medicada, e lá me pediram para escrever esse diário. Talvez alivie, eu não sei.

30 de agosto.

Estou sem ninguém pra conversar, mofando em meu quarto, sem vontade de fazer absolutamente nada, quando minha mãe apareceu no meu quarto.

— Filha, eu sei que está chateada, mas por favor, saia desse quarto, a Emi não ia gostar de te ver assim. — Disse ela.

— Que diferença faz, minha prima não está aqui. — Respondi atônita.

— Mas você não vai encontrar ela se ficar nesse quarto. Tente ir nos lugares que vocês gostavam de ir, talvez a encontre.

— Se nem a polícia conseguiu, como eu conseguiria?

— Não vai levar a nada ficar no quarto, você sabe disso. Tem um futuro maravilhoso esperando, você só precisa se reerguer e não esqueça dos remédios.

Tentei me recompor. Fui até o parque de diversões onde a Sakura costumava ir, se entupir de algodão doce, chocolates e especialmente churros. Por um momento, tive a impressão de ter ouvido a risada infantil dela, era um som alto e claro, quase real. O segundo lugar foi o estádio onde a banda preferida da Nari se apresentou, BTS, realmente ela amava essa banda, mas não a vejo desde que ela se mudou meses atrás. O último lugar, também foi o mais sofrido pra mim....

Eram as lojas onde Emi e eu sempre passávamos nosso tempo comprando roupas e acessórios bonitos, era quase um hobby nosso desde crianças. Eu não vou mentir, chorei ao lembrar de tudo isso, todas as memórias boas, tudo o que se foi e não vai mais voltar.

Perdida em pensamentos, acabei passando por uma zona proibida da cidade, uma floresta escura, fria e assustadora, quando notei uma silhueta familiar adentrando mais e mais profundo na floresta. A silhueta media menos de 1,60, e só dava para ver os cabelos gigantescos castanho-ondulados, o barulho de marretinhas de criança vindo dos tênis rosa choque, e uma voz muito fina e familiar cantando Mad Hatter da Melanie Martinez. A figura adentrava mais fundo na floresta até sumir entre a neblina gélida. Todas as cartas estavam na mesa, me dizendo que era Sakura, mas ainda não era a hora de me aproximar, não importa o quanto eu queira... O universo tem seu próprio tempo.

**********************
Aloha, reescrevendo essa história por motivos de evolução e pra extravasar a minha depressão. Isso mesmo, essa adulta de 19 anos foi diagnosticada com depressão, além de algumas tendências suicidas. Quero buscar apoio na Akane, além de me aprofundar mais no quadro de saúde mental dela. Yupiiii.

 Yupiiii

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
Mais uma história genérica de amor (ou quase)Where stories live. Discover now