Amor bandido

29

Th 🎭

Ela parecia uma criança machucada me olhando ali e eu até pensei em usar meu deboche no momento, nem que seja pra ela sorrir e melhorar essa cara, mas aquele parecia mão ser o momento.

Eu não sabia como ajudar, porque ninguém nunca me ajudou quando eu precisei. Diferente dela, eu nunca confiei em ninguém a ponto de falar o que eu sinto e quando eu resolvi falar, a pessoa fodeu comigo.

Th: Sei lá, Gabriella...- Olhei sem saber o que fazer pra ela.

Gabi: Eu não tenho forças pra isso...- Sussurou, baixando a cabeça e eu me aproximei dela.- Por favor, não brinca comigo agora.

Th: Tu tem 19 anos, olha aonde tu tá, tu consegue muito mais que isso! - Falei o que veio na minha frente.- Não sei como te ajudar, Gabi.

Gabi: É a primeira vez que você me chama de Gabi...- Falou chorando e riu, deitando a cabeça no meu peito.

Th: Tô tentando te ajudar...- Olhei pros cabelos dela, sentindo ela molhar minha camisa.- do meu jeito.

Gabi: Obrigada por isso! - Falou levantando a cabeça e eu até que cheguei a me perder naqueles olhos claros, que ficaram mais bonitos num avermelhado do choro.

Th: Tu tá gata, ein...- Falei sem pensar direito e ela riu.

Gabriella passou os braços pelo meu pescoço e eu encarei ela, vendo ela esperar alguma reação minha. Passei os braços pela cintura dela e ela me abraçou, deitando a cabeça no meu ombro.

Abracei ela de volta, apertando ela. Como eu já falei, não sabia o que fazer, se eu deveria tá fazendo isso ou qualquer outra coisa. Mas pelo momento, parecia ser a coisa certa, mas ela ainda chorava baixinho.

Gabi: Que isso? - Falou rindo quando eu peguei ela no colo.

Não respondi, apenas caminhei com ela até o quarto. A nega não era tão leve, era gordinha e pesada até.

Ela sorriu em agradecimento e eu deixei ela deitada na cama. Eu fui tomar banho, pra tirar o cheiro das putinhas da festa, mas o perfume que tomava conta da roupa, era o perfume doce da Gabriella. Uma coisa enjoativa pra caralho, mas me fez sorrir de lado, enquanto terminava meu banho.