Capitulo 16 Coincidências

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Dia seguinte

Lucero acorda cedinho, toma seu banho rápido se arruma, vestindo uma blusinha amarela, calça jeans e tênis, coloca uma maquiagem leve e desce para tomar seu café. Dani sua amiga já estava de pé.

- Já em pé amiga? _Pergunta  Lucero  entrando na cozinha_

- Sim, perdi o sono, Lu! Mas e vc? Que horas Fernando vai vir aqui?

- As 8h pretendemos ir cedo ao interior  falar com meu pai.

- AH boa sorte e tomara que ele te fale onde está  seu filho,  onde deixou.

- Ele dirá,  afinal é  neto ou neta dele.

- Sente remorso ou raiva  dele pelo que ele fez né? Porque  ele é o culpado por não estar com seu filho!

- Não, Dani! Raiva  eu  não sinto não. Sinto pena e tristeza.  Meu pai agiu muito errado sim, ele foi infeliz  mas não sinto raiva não. Se ele tiver arrependido  e realmente gosta de mim, ele dirá onde colocou meu bebê.

- É senão disser?  _Comenta enquanto  coloca os copos, pratos e talheres  em cima da mesa_

- Senão disser,  será muita decepção em relação ao meu pai e ele vai me ouvir, mas não quero pensar nessa  possibilidade  e sim ter esperança  que ele dirá  onde colocou e para quem entregou e sendo assim, ir atrás do meu filho ou filha,  que sinto que é uma menina.

- Boa sorte, mas ela teria 15 anos. Provavelmente está com uma outra família e pode nem saber que é adotada.

- Eu sei, mas preciso encontrar e explicar, pelo menos tentar e falar com ela, mesmo correndo risco de ser desprezada ou ignorada!

- Pois é  tem essa possiblidade, mas que importa é que Fernando está a seu lado e está te ajudando. Sinto que  muito em breve será casório hein _brinca_

- Aaah não penso em me casar ainda, nem conheço  Fernando direito. Quero mesmo encontrar meu filho(a) e me explicar.

- Deixar fluir então.

- Pode ser.

- Quer torrada?

- Quero sim,  Dani! E um suco de laranja por favor!

Dani prepara os pães, coloca  queijo e presunto  e põe na torradeira,  serve o suco.

- Lu! Estava pensando  numa coisa!

- O que?

- Essa filha do Fernando, quantos anos disse que tem mesmo?

- Fará 15 anos, estou ajudando na organização da festa!

- Que coincidência não acha?sua filha ou filho também teria essa mesma idade!

- Aaah só  coincidência Dani! Fernando foi casado e teve a filha com a falecida  esposa.

- Será mesmo? Será que seu pai não vendeu seu bebê para Fernando e sua esposa na época?

De repente  a torradeira  faz um barulho fazendo com que as duas olhassem.

Dani levanta e pega a torrada põe em cima da mesa.

- Que loucura  está dizendo, Daniele! Nada haver! Se Fernando tivesse comprado a filha teria me contado já.

- Será mesmo, Lu? Isso algo bem pessoal  e se fosse vc, perguntava a ele.

- Eu  não! Ele  vai me chamar de  maluca. Pois se Flávia for mesmo filha dele? Afinal existe adolescentes  com mesma idade!

- É pode ser, foi só um pensamento besta que tive. Vamos comer daqui a pouco Fernando está  aquí para te  buscar. Aaah amiga só de viajar sozinha para interior  com Fernando,  já é maravilhoso  né? Estou torcendo que tudo de certo entre vcs dois. Vc merece ser feliz.

Lucero  não  fala nada e  morde uma torrada ficando pensativa.

Na casa da família Colunga.

Fernando toma seu banho, se veste e desce para tomar café da manhã. Flávia ainda dorme profundamente em seu quarto. 

- Senhor, seu café da manhã já está pronto _Diz a empregada servindo o café da manhã_

- Obrigado, Lourdes.  Vou sair cedo e vou passar o dia fora, vou para o inferior  resolver um assunto. Minha filha já sabe e talvez  ela vá a casa de uma amiga, então vc está de folga hoje.

- Muito obrigada, senhor! Vou aproveitar  e visitar uma prima que faz tempo que não a vejo.

- Está bem!

Fernando toma seu café enquanto  lê seu jornal e vê  notícia de uma notícia que o choca.

- Misericórdia!

- O que foi, senhor?

- Um incêndio  no orfanato  raio de luz! Estão averiguando as causas do incêndio.

- Esse orfanato é o que o senhor e a dona  Letícia  adotaram a Flávia não foi?

Fernando levanta vai até a porta cozinha, olha e fecha.

-  Xiiuuu Lourdes não, diga isso! Minha filha pode escutar.
_Senta novamente_
- sim esse mesmo.

- Nossa! Espero que não tenha causado mortes.

- Parece que os órfãos  salvaram,   conseguiram sair, só os documentos que queimaram.

- Graças a Deus! Documentos é de menos né?

- Sim, Lourdes.  _Levanta, toma último gole de café e deixa jornal em cima da mesa_
-preciso ir a casa da Lucero! Com ela que vou ao interior.

- Sua namorada?

- Não. Quer dizer,  por enquanto  não, ela começou a trabalhar na minha empresa,  me contou a história  de vida dela. Teve um  filho roubado, tudo indica de que foi o pai que tirou dos braços e vou ajudar a encontrar  e falar com o pai dela e o fazer dizer onde deixou. Isso foi a 15 anos atrás.

- Menino ou menina?

- Não se sabe pois não falaram o sexo do bebê.

- Nossa.....não se sabe o sexo, tem 15 anos, poderia ser até a Flávia _Sussurra_

- Hum pode ser, não sei! Não pensei nessa possibilidade.  Agora já vou, diga a Flávia  que ligo do caminho.

- Está bem!

Fernando sai vai até o carro e segue rumo  casa de Lucero, pensando no que Lourdes disse.

CONTINUA..





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