Dia 7

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São nove horas da manhã e meu celular toca, eu olho pra tela de vejo uma mensagem do Tom.

"Parabéns linda, espero que seu dia seja incrível, você merece. Posso te encontrar hoje? Precisamos conversar, eu realmente preciso me desculpar com você.

Não sei o que responder, minha mente diz que não, mas meu coração diz que devo dar pelo menos uma chance pra esse britânico ridículo com as covinhas mais lindas que eu já vi.

"Você não merece a minha misericórdia, mas como uma princesa bondosa, eu permito que você venha ao meu reino e peça perdão", claro que eu não ia perder a oportunidade de deixar o assunto mais leve. Não gosto de climas pesados.

"Essa é a princesa que eu conheço, estarei ai em 30 minutos", assim que li a mensagem, já pulei da cama. Quando Tom diz 30 minutos, eu sei que em 20, o interfone já estará tocando.

Corri para o banheiro e tomei um banho rápido, me arrumei e fiquei pensando em mil diálogos, hipóteses do que ele poderia falar e de como eu poderia reagir. Eu não sou a pessoa mais calculista no mundo, mas eu tenho pensado muito ultimamente na força que nossas palavras tem, por isso eu realmente me preocupo como reagir.

*Ding dong*

Escuto o barulho da campainha e quando passo pelo corredor, dou aquela checada básica no espelho. Abro a porta e vejo Tom com flores nas mãos, elas eram diferentes desses buquês que costumamos ver, tinham diversas flores, de vários tamanhos. Ele saiu de trás delas e me cumprimentou.

"Oi Lenna, tudo bem?"

"Oi.. err, pode entrar!", eu disse fazendo o gesto com as mãos mostrando o convite.

"Obrigado", ele foi andando até a sala e ficou com o olhar baixo. "Acho que você sabe por que eu estou aqui. Toma, espero que essas floram possam deixar o seu dia mais especial, assim como você fez com a minha semana".

Droga, ele sabia o meu ponto fraco.

O meu coração.

Peguei as flores e cheirei, elas tinham o cheiro leve, mas estavam misturadas com o perfume dele, acho que eu poderia ficar horas ali.

"Obrigada, elas são lindas", entrei na cozinha e coloquei em um jarro com água.

"Bom, primeiramente eu queria te dizer que eu não sabia que você ia aparecer na escola ontem", ele começou o discurso clichê, "Você entendeu tudo errado, eu nem conhecia aquela garota, eu estava indo no bebedouro e ela simplesmente me beijou."

"Entendi, e você quer que eu realmente acredite nessa história? Que as mulheres estão se jogando pra cima de você e não conseguem se controlar?", perguntei cruzando os braços.

"Não, olha aqui, foi armado, eu nunca nem vi aquela garota, não sei nem de onde ela saiu. Eu tenho certeza que o Zion pagou ela para fazer isso", ele disse firme.

"Calma, deixa eu ver se eu entendi. Você acha que o Zion pagou a garota, só pra te beijar?", eu estava um pouco confusa, que motivo Zion teria pra fazer isso? A não ser que...

"Você não percebeu? Como você apareceu no mesmo instante que a garota me agarrou? É claro que isso é coisa dele".

"Agora que você falou, realmente eu estou lembrando que ele praticamente me puxou para ir com ele em uma sala, e aí nos deparamos vocês no corredor.", será que Zion seria maquiavélico a ponto de armar pra cima de um colega de escola?

"Viu, eu disse, ele sabia que ia acontecer, e sabia o momento certo também, por isso insistiu. Lenna, ele não é uma boa pessoa, você não pode confiar nele.", Tom disse se aproximando e colocando a mão no meu rosto.

Uma semana em Nova YorkWhere stories live. Discover now