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~Arizona Robbinss~

Balancei a cabeça negativamente na intenção de afugentar as lembranças que tanto me atormentavam, me olhei no espelho por alguns segundos antes de sair porta afora.

A que ponto você foi parar, ein menina...

Sai do banheiro rapidamente, olhei os corredores para ver se os médicas já haviam saído, nenhum sinal deles, ótimo, segui para a direita, bem como o chefe me disse, se passou um tempinho até chegar naquela naquela bendita porta, era linda, uma parte coberta por pinturas desenhadas pelos pacientes - era o que parecia - dava um aroma agradável ao local, entrei na mesma e me deparei com médicos correndo, igual nos corredores da antes, tudo lá era lindo, vivo, nas portas, números segurados por animais inanimados, crianças andavam para todo o lado com ajuda de um ferro que segurava o soro (não sei o nome -autora rsrs).

- Arizona?

Virei para trás e vi uma mulher baixinha sorrindo para mim.

- Sim?

- Eu sou bailey, o chefe me disse que você iria chegar hoje e me mandou vir até aqui para te receber.

- Ah, não precisava, muita gentileza a sua

- Capazz...

Ela me apresentou o local e me ajudou com alguns pacientes, eu me perdia o tempo todo, não sabia nada sobre o hospital e tinha que ficar perguntando sobre cada passo que eu dava.

Em geral, amei esse novo emprego, as pessoas eram sempre muito gentis comigo, e eu com elas claro, peguei um caso com uma das milhares de médica que eu pedi informações hoje mais cedo, ela era atenciosa, diferente, a observei na cirugia que fizemos juntas, eu não lembrava o nome dela direito, fomos apresentadas antes, mas não prestei atenção por conta do stress momentâneo...

~•~•~•~•~•~•~••~•~~

Mais um dia se passou, sai do hospital chorando pois estava em uma das minhas inúmeras crises de ansiedade, o mundo tremia diante a mim, peguei um remédio que eu havia colocado em minha bolsa caso eu estivesse nessa situação, as lágrimas não paravam de escorrer, eu queria gritar, me libertar de tudo aquilo que estava entalado em mim, olhei para o céu a procura de ar fresco, fechei os olhos tentando sentir algo que não seja dor, nada funcionava, novamente mergulhei minha cabeça nas minhas mãos, aquilo acontecia dês da minha tenra idade, minha mãe ficava louca, nos não tínhamos dinheiro para pagar um psiquiatra/psicólogo e a única saída que ela encontrava era me dopar de remédios e calmantes, eu dormia por horas e horas, sentia meu corpo dormente, era como ficar presa dentro de mim mesma, o medo era minha única companhia nesses casos e, isso sempre acontecia quando eu tinha um dia estressante em demasia ou quando eu recebo uma notícia que me abala muito, mas nesse caso não tinha acontecido nada, que droga, oq estava havendo comigo?
Estava perdida dentro de meus próprios pensamentos, uma movimentação anormal no banco aconteceu, obviamente fui ver o que era, apenas uma medica, a mesma de antes, olhei para ela por pouco tempo e depois virei a cara, na esperança de que ela percebesse que eu não estava para conversa.

- Er...você tá triste?

Isso era algum tipo de brincadeira?

- Não...está tudo bem - foi tudo que eu conseguia dizer, minha garganta ardia e minha voz estava rouca, ela fez mais algumas perguntas mas respondi grossamente, minha cabeça estava muito cheia para aquilo, sai rapidamente com as coisas que eu tinha trazido, eu não queria falar nada, com ninguém.

Contra todas as probabilidades do mundo...Where stories live. Discover now