-Para de me chamar assim!- Grito o empurrando, mas logo sendo segurado de volta.

-Noah… Vamos…- Diz me levando para o seu carro.- Entra logo!

Ele está de brincadeira, né?

-Eu não vou entrar nesse carro.- Continuo me debatendo e tentando me soltar. Mas ele é mais forte.

-Noah, entra…- Fala abrindo a porta de trás do carro.- Por favor.

-Eu não vou entrar.- Digo tentando o empurrar.

-Você vai sim…- Fala me puxando pelo cabelo, enquanto uma de suas mãos seguravam minha mão direita atrás de minhas costas.- Agora!- Grita me assustando.

-O que você quiser fazer comigo, você vai fazer aqui, porque eu não vou entrar nessa merda de carro!- Falo juntando todas as minhas forças pra tentar ser o mais firme e frio o possível.

-Noah, não me faça ter que te colocar no porta malas…- Diz tentando me fazer entrar pela porta.

-Eu já disse que não vou entrar!

-Então tá.- Suspira me levando para o porta malas.- Eu tentei…

-Lucas!- Grito tentando me manter fora daquele carro.- Para com isso, por favor.

-Eu só quero que você entre, nada demais.- Fala finalmente me colocando onde ele queria.

...

Não sei por quanto tempo fiquei trancado naquele carro, nem onde estávamos, mas eu sabia que não podia continuar com o Lucas, sabia que eu não podia continuar aqui.

Seja lá onde for esse aqui.

-Vamos…- Fala calmo enquanto me tira de dentro do porta malas.

-Lucas, por favor, me deixa ir embora.- Digo choroso.- Eu não falo sobre isso pra ninguém, é só me deixar ir.

-Eu não posso, baby… Porque eu preciso de você, e você sabe disso.- Fala fazendo carinho em meu rosto.

-Você precisa de um psiquiatra, não de mim!- Grito e logo em seguida chuto sua virilha começando a correr pela rua estreita em que estávamos.

-Noah!- O escuto gritar mais atrás de mim.

O que tá acontecendo?

Meu Deus, isso só pode ser um pesadelo.

Não é possível.

Meu Deus…

Meu Deus…

Meu Deus…

Paro de correr e olho ao redor.

É só o que me faltava…

Aonde eu estou?

Por favor, por favor… Que isso seja uma brincadeira de mau gosto.

Por favor.

-Aonde eu tô?- Digo sentindo as lágrimas em meu rosto.- Por favor… Droga! Droga!- Grito colocando as mãos em meu cabelo.- O que eu faço agora?

-Noah! Volta aqui!

O que?

Merda!

Começo a correr de novo.

Tudo o que eu fazia era correr, sem ter tempo nem para respirar decentemente ou até mesmo chorar. O desespero da situação de estar sendo perseguido, me tornou incapaz de gritar por ajuda, mas me fazia produzir sons estranhos e agudos que provavelmente chamariam a atenção.

What Are We Waiting For?Where stories live. Discover now