Capítulo 2. Metrô, Ele

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*** Devon


Eu odeio andar de metrô, odeio a demora em chegar ao destino e odeio quando meu pai pega no meu pé.

E para completar meu péssimo dia, Ruiter bateu no meu carro, aquele filho da p***. Eu amo meu Mustangue preto e ficar sem ele é o próprio caos instaurado. Eu teria ganhado aquele racha com certeza.

Nosso time de basquete anda mal das pernas perderam o patrocínio de meu pai, o que só piora nossa situação. Não sei de onde poderíamos tirar uma grana para bancar o time até o campeonato, essas merdas me consomem.

Matt e Andrey não param de falar parecem maritacas e minha cabeça doía de ressaca. Eu preciso chegar mais cedo na faculdade para poder fumar antes do primeiro tempo.

Duas garotas mais adiante no trem, falam de uma festa no fim de semana, seria uma boa para relaxar e sempre vão muitas gatas, se é que a esquisita de cabelos brancos e sua amiga introvertida poderia convidar gostosas como a Evril e a Morgana. Mas é só uma ideia nada demais.

- Cara, que idiotas - Matt se refere as garotas.

- Não dá nada cara, é mulher do mesmo jeito - Andrew rebate ao amigo, quando o trem para na estação próximo do campus.

O trem parou e na pressa para deixá-lo, não sei o que houve, mas com minha distração, eu atropelei uma das garotas esquisitas e quase a joguei no vão entre o trem e a plataforma. Eu a agarrei no reflexo, mas que porra! Quando a segurei pela cintura e olhei em seus olhos grandes e castanhos, parecida com os mangás que desenho, então eu notei que a amiga da esquisita não seria tão desprovida de beleza afinal. O vento bagunçou seus cabelos a deixando totalmente sexy. Seus lábios me deram vontade de tomá-los ali mesmo, se não fossem meus amigos babacas que zoavam as garotas.

- Pronto, está a salvo - Eu disse a ela para me desculpar e saí com meus amigos para que as deixassem em paz.

O campus não estava longe, mas eu preciso fumar bem rápido e chamei os otários para nos sentarmos nas pedras da pracinha.

Eu gosto dos meus dois amigos, porém eles parecem retardados brigando pelas ruas, parece que o ensino médio, não vai os deixar mais.

Para nossa surpresa, as garotas esquisitas vieram até nós, Andrew fez um comentário maldoso e ficou só a amiga esquisita me chamando para a festa na casa da outra que eu não gravei o nome.

Quando a olhei de longe, pareceu que ela iria colocar a cabeça dentro de um buraco e enterrar, a amiga esquisita foi ao alcance da outra e mandou meus amigos calarem a boca e os chamou de meus cachorros.

- Gostei dela - Falou o Andrew -olha seu cabelo, selvagem- ele riu sem noção.

- Se é festa eu estou dentro, nem aí pra opiniões - Matt deu ideia - Preciso pegar umas gatas.

Eu sem querer deixei escapar:
- Qual é o nome da amiga da Selvagem mesmo? - perguntei fazendo os caras ficarem calados por um instante.

- Não faço ideia - Matt respondeu primeiro estranhando.

- Vai pegar? - Andrew questionou com a cara de nojo - está zoando, né? - Ele ainda não estava acreditando.

Dei de ombros e não os respondi, fiquei olhando as garotas entrarem no campus e pensei se eu não teria alguma aula com a esquisita 2.




No Mesmo BarcoWhere stories live. Discover now