I

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Meu nome é Isabella, tenho 18 anos e moro em uma pequena fazenda com meu pai. Minha mãe morreu no parto quando eu nasci ela teve que escolher entre a vida dela ou a minha e então ela escolheu a mim. Meu pai nunca gostou de mim, me desprezou desde o segundo em que nasci pelo fato da minha mãe ter morrido. Ele me culpa pela morte dela. Fui criada nas mãos das empregadas, foram muitas já que elas não aguentavam muito tempo as arrogâncias do meu pai. Enfim nunca tive carinho de ninguém sempre fui criada com muita brutalidade, meu pai me botava pra trabalhar em serviços pesados da fazenda. Só posso tomar banho uma vez ao dia, minhas mãos são calejadas do serviço pesado que ele me põe pra fazer, meu corpo cheio de marcas das surras que ele sempre me dá quando algo não fica do jeito que ele quer. Eu sempre estou só, pois não tenho permissão para falar com ninguém. No momento não temos mais empregada já que estou grande para fazer tais serviços e ainda mais... Procuro sempre fazer tudo conforme ele quer, pois tenho muito medo dele. Ele me espanca por tudo, até pelos mínimos detalhes, ele me odeia e isso me destrói. Um pai tratar uma filha como uma escrava por algo que ela não tem culpa, por uma escolha que não foi dela. Isso é um ato mais desumano que alguém pode ter...

Nesse momento, estou sentada em uma charrete em frente a uma casa de chá, enquanto meu pai conversa lá dentro com um jovem fazendeiro. Ainda não entendi porque estou aqui, ele nunca me levou para lugar nenhum com ele, sempre que eu vinha a cidade ele me mandava a pé para fazer algum pedido dele. Ele me pediu que colocasse minhas roupas em uma bolsa, pois se a proposta fosse boa ele não precisaria mais olhar na minha cara.

Estou aqui parecendo uma mendiga toda suja, com roupas rasgadas e tentando entender o que meu pai está conversando com esse rapaz. Pelos vidros da janela consigo ver os dois de longe já faz uns 40 minutos que eles estão ali, nunca vi esse homem lá na fazenda ele é jovem, estou admirada por ele tão jovem já ser fazendeiro, geralmente os fazendeiros que meu pai conversa são gordos, baixos, sujos, barbudos que nem ele. Esse rapaz parece ter uns 27 anos, ele é loiro, alto, pele limpa, musculoso, enfim ele é muito bonito. Ele está muito sério na conversa lá dentro tem cara de bravo, de arrogante, suas expressões parecem ignorantes como meu pai. O que não me espanta já que pra alguém ser amigo de meu pai precisa ser rude como ele. E agora lá vem eles, levantaram e apertaram as mãos consigo ver a alegria no rosto do meu pai com essa conversa. Estão vindo em direção a saída e ele muito sério me encara e me olha dos pés a cabeça. Então eles se aproximam de mim, meu pai olha e alegremente me fala:

- Isabella, para minha alegria e para sua desgraça, você agora irar servir a esse Fazendeiro. (Sua alegria é tão grande, que parece que hoje é o dia mais feliz da sua vida)

Eu não consigo falar nada, meu corpo paralisou, meus olhos encheram de lágrimas, nunca me senti tão humilhada, meu pai estava ali se livrando de mim como se estivesse se livrando mesmo de uma escrava que não lhe servia. O rapaz não falou nada apenas ficou ali parado me olhando todo sério, e dali eu já tinha medo dele. Afinal eu iria morar com uma pessoa que eu nem conhecia, e para meu pai me entregar assim pra ele, só podia ser um escroto igual a ele...

- Anda garota, mas o que você tá esperando. Levanta essa bunda suja daí, vamos que não quero mais perder tempo com você, meu tempo é sagrado . (Falou meu pai, querendo logo se livrar de mim).

- mas pai, eu nem... (Não me deixou nem terminar de falar e já foi me puxando pelo braço brutalmente e me empurrou para cima do rapaz)

Ele me segurou com suas mãos grandes e lisas, nem parecia mãos de fazendeiro, mas ele era jovem talvez não tenha dado tempo de suas mãos engrossarem. Então ele me olha nos olhos e diz:

- Pega suas roupas e vamos, também não tenho muito tempo. Temos um longo caminho pela frente. (Então ele sai andando em direção a uma caminhonete que estava logo a frente)

Meu pai já estava na charrete e jogou minha bolsa no chão e saiu com pressa, não falou nada, Nem um adeus. E o que me restava era fazer o que foi dito. Peguei minha bolsa com as poucas roupas que tinha e fui para caminhonete onde ele estava me esperando.

Entrei no banco do passageiro ao seu lado, e não olhei pra ele, eu estava aterrorizada ainda não tinha entendido o que eu estava fazendo ali. De repente sinto sua mão em meu ombro e olhei pra ele, e ali suas feições já mudaram ele estava ali mais sorridente, não estava mais sério e então falou:

- Desculpa, eu acho que fui grosso com você, mas eu precisava passar essa firmeza na frente do seu pai...

O FazendeiroWhere stories live. Discover now