Isso que é tiro!

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Tomo meu café tranquilamente. Nada aconteceu, nada. Não teve pessoas me olhando ou caras fazendo poses coreanas e sacando armas italianas.

-(Estranho)

Sigo com o carro até a casa de Nauan.

Olho no retrovisor e vejo um carro se aproximando. Ligo para Nauan.

-Pega uma arma aí. Talvez você tenha que fuzilar um carro.

-Tá certo.

Ele desliga.

Após uma hora e exatos 26 minutos, eu chego na casa de Nauan. O carro ainda estava atrás.

Eu paro o carro e não saio, e então, a porta deles abre e sai quatro homens carecas com óculos escuros.

Abro o vidro e mostro o dedo do meio. Foi na reação deles de sacar as armas que Nauan atirou.

No final só sobrou um carro cheio de balas e quatro corós no chão.

Saio do carro e mando um joinha para Nauan.

-Eae Levai! Entra aí!

Entro na casa de Nauan e sinto cheiro de comida.

-(Almoço!)

-Bom, essa é minha casa. Está diferente. Na última vez que você veio... você fez um buraco naquela parede - ele aponta - com o seu carro.

-Ah sim, eu lembro. Foi uma noite e tanto!

-Foi mesmo... Senta aí. Só vou ali terminar a comida e já volto.

-OK.

Sento no sofá e fico esperando. De repente recebo uma ligação.

-Oi?

-Oi - reconheci a voz de primeira.

-Sobreviveu?

-Pelo que parece, ela está morta. Agora sou outra pessoa.

-Que bom para você.

-Por que você é assim?

-Assim como?

-Quando alguém falha com você, você se afasta e faz de tudo para não saber mais da pessoa.

-Eu deposito confiança nas pessoas, se isso não retornar... eu corto.

-As vezes corta mesmo.

-Você me conhece.

-Conhecia...

-Azar o seu.

-Você me perdoa?

-Hoje não.

Desligo a chamada.

-Algum problema? - Nauan aparece.

-Só alguns problemas passados.

-Tá certo... a comida está na mesa. Está com fome?

-Muita!

-Ótimo!

Após comer, ligo para Letícia.

-Oi.

-Onde você está?

-Estou na casa de Nauan.

-Você não vai fazer isso!

-Vou!

-Você vai de helicóptero matar o cara?

-Melhor do que rapel... você lembra da última vez.

-Claro - ela ri.

-Era só isso. Está na casa de Débora?

-Estou.

-Ela está bem?

-Sim.

-Está fazendo o que?

-Bebendo.

-Quando isso terminar... vamos beber juntos. Que nem nos velhos tempos.

-Que nem nos velhos tempos - ela suspira e encerra a chamada.

-Por que ela nunca diz tchau?

Ando até a varanda de Naun e vejo dois helicópteros vindo.

-(Esse cara não brinca)

Quando me viro para chamar Nauan, eu vejo um míssil voando.

-Isso que é tiro! - Nauan aparece com uma bazuca.

-Caraca! - um helicóptero cai, o outro desvia - queria ter um equipamento desses...

-Letícia não está escolhendo bem?

-Ela é malvada. Me deixou de castigo, não posso usar explosivos por alguns meses...

-Que malvada!

Ele recarrega a bazuca e foca até atirar. O outro helicóptero cai.

-Mira impecável!

-Todo dia aparece uns babacas querendo me matar.

-Por que não muda?

-Quem consegue se esconder com um helicóptero na varanda?

-Faz sentido.

-Vamos nos arrumar?

-Vamos.

Vou até o carro e vejo um pacote e uma carta.

-Sua preferida. Com amor, Tia Letícia.

-(Vamos ver se ela acertou)

Levo o pacote para dentro e abro. Um terno preto, sob medida (lógico), uma camisa grafite escura e uma gravata preta.

-(Ela sempre acerta...)

Nauan, como um cidadão normal, estava vestido como um soldado de guerra. E com um capacete que parecia o crânio do Megadeth. 

Ele estava mais ou menos assim:

Ele estava mais ou menos assim:

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-Bem normal o seu visual!

-É, eu sei - ele foi tão sincero, que acho que não percebeu a ironia.

Ele prepara o helicóptero, enquanto eu retorno no carro para pegar a sniper, uma APS APM40A3.

Subo no helicóptero e fico sentado na porta.

Mestre das Armas: Fight Fire With FireHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin