Tentando Manter a Calma

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– ALEXEI HYOGA YUKIDA!

– Olha só quem chegou! - Hyoga, meio bêbado, zombava do próprio professor. Ao ver isso Camus teve que ser segurado por Milo para não
avançar no pupilo naquele instante.

Hyoga, levante, nós vamos embora!

No meio da confusão, um dos seguranças apareceu no meio junto com o dono do estabelecimento querendo expulsar Camus e Milo de lá por estarem fazendo confusão.

– CONFUSÃO? Vocês deixam dois menores de idade entrarem aqui onde há garotas de programa e lhes vendem bebidas alcoólicas e vocês vem
ME acusar de fazer confusão? Você não viu confusão ainda, isso você verá assim que eu chamar a polícia e o Ministério Público para interditar esse local!

– Calma Senhor, peço apenas, então, que todos vocês se retirem – Disse
o comerciante morrendo de medo de uma interdição do local por alguma autoridade competente.

– Pois é tudo que eu mais quero! - Disse Camus agarrando a orelha de Hyoga com força e o arrastando para fora do bar, enquanto isso Milo pegou Ikki pelo braço.

Camus jogou Hyoga contra a lataria do carro de Milo.

– Me explique essa cena ridícula que acabei de ter o desprazer de
presenciar!

Camus disse quase voando no menino, com raiva pelo que ele fez, mas ao menos estava bem por tê-lo encontrado inteiro. Hyoga riu sarcástico e respondeu:

– Ridículo é o fato de dois homens desse tamanho de agarrarem pelados na cama da minha casa! Pena que não pude ver quem é a mulherzinha da relação, deve ser você não é “Mestre”?

Foi então que Ikki levou a mão até a boca alarmado e Milo parou de respirar de tão tenso que ficou.

Camus não podia acreditar no que ouvia e, num ímpeto, deu um tapa no rosto de Hyoga com toda a força que possuía naquele instante, com toda a dor de achar que tinha acontecido algo que o colocasse em risco, com toda a decepção de vê-lo desrespeitando e ferindo todos que cruzavam seu caminho.

– Eu sou seu mestre, ME RESPEITE! Entre no carro AGORA!

Hyoga enfrentou novamente seu mestre, o encarando com desdém, enquanto uma marca levemante avermelhada apareceu no local do tapa. Ao ser encarado, Camus foi em direção em seu pupilo decidido a lhe dar umas palmadas condizentes com sua armadura naquele exato momento e lugar, mas foi impedido por Milo que o segurou tentando acalmá-lo.

Camus, sem nenhuma paciência, agarrou um dos braços do seu discípulo e o enfiou no carro à contragosto. Milo olhou para Ikki, que entrou no
carro a fim de evitar novas cenas naquele lugar que sempre frequentava.

O caminho para casa foi silencioso, Hyoga chorava de raiva e até Ikki estava arrependido por todo o ocorrido. Ninguém disse uma palavra, Camus olhava para Hyoga que soluçava e chorava encolhido no banco de trás pelo retrovisor, Milo olhava para Camus e Ikki olhava para fora como se alheio a tudo que acontecia (na verdade, por algum tempinho,
manteve seus olhos fixos nas coxas do loirinho, mas decidiu não manter aquilo por causa da situação).

Camus saiu batendo a porta do carro com muita fúria, Milo estava preocupado porque nunca havia visto Camus daquele jeito e Hyoga temia
um castigo, mas não abaixava o nariz ou deixava de encarar Camus.

Camus agarrou o braço do garoto sem nenhum cuidado e o arrastou até a
casa de aquário. Milo decidiu segui-los para evitar que Camus se excedesse com o loirinho mimado, mas só após alertar Ikki que teria uma longa conversa com seu mestre. 

Uma Família se FormaWhere stories live. Discover now