Assim, Solara ensinou ao jovem rapaz a semelhança entre todos seres, a jamais calcular o valor da terra, e que se não aprendermos a conviver uns com os outros, acabaríamos nos destruindo.
Juntos eles tiveram momentos felizes, descobrindo os segredos da natureza. Mas a felicidade do jovem casal não duraria muito.
A ganância do Sr. Smith em tomar todo o vale havia colocado colonos contra os nativos, e a paz que um dia havia reinado no vale já não tinha mas espaço em meio a tanta ambição.
Solara tentando evitar um futuro conflito, pediu a seu pai que impedisse a guerra entre os colonos.
− Papai, não temos que lutar com eles, deve haver um caminho melhor − disse a jovem.
− Os caminhos já foram escolhidos para nós − disse com rigidez o Grande Chefe.
− Mas, papai, se um deles quisesse falar, o senhor ouviria?
− Minha filha, nada é tão simples assim.
− O senhor ouviria? − insistiu Solara
− E claro que ouviria − pois jamais devemos ansiar a guerra
Empenhada em cessar o conflito iminente, a jovem correu ao encontro de seu amado, com a esperança de que seu amor por ele pudesse servir de exemplo para nativos e colonos.
Sem notar, Solara estava sendo seguida, a mando de seu pai, por um dos guerreiros de sua tribo. Ao avistar John, ela correu ao seu encontro, mas antes que pudesse alcançá-lo, o bravo guerreiro gritou alto em sua direção.
Com a lança disposta a batalhar, o guerreiro e John rolaram em meio à relva, lutando por suas vidas. O silêncio da floresta foi quebrado quando um estouro ecoou nos ouvidos da jovem mostrando-lhe que o valente guerreiro havia morrido.
Não demorou muito, e mais membros de sua tribo chegaram declarando John como culpado e o sentenciando à morte.
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Cores do vento
Roman HistoriqueCores do Vento e a tradução livre de "Colors of the Wind" canção composta para a trilha sonora do filme Pocahontas de 1995 considerada por muitas pessoas, inclusive por mim, um hino comovente ao animismo e um símbolo da minha infância. Mas em par...