Capítulo 02

405 20 1
                                    

Elas não me viram, então aproveitei o momento em que as estavam ocupados com aquele corpo, e corri para a lado oposto na rua. Não podia ficar na minha casa, não conseguia acreditar que havia matado Linda, eu podia pedir ajuda à algum vizinho, mas e se todas as mulheres estivessem assim?. Em toda a vizinhança haviam casais, ou talvez poderia estar errado. Nesse momento pude ouvir um som da casa próxima a mim, um grito masculino, em seguida um barulho de vidros quebrando. A cabeça do senhor Waterston havia sido forçada contra a janela do segundo andar de sua casa, a ponto de quebrá-la , ele estava coberto de sangue, mas o que mais me assustava era o fato de ele estar sem o nariz, no lugar havia um buraco, jorrando sangue, pude ver ele fazendo olhar de socorro, mas em seguida ele foi puxado novamente para o quarto, ouvia-se gritos altos de agonia. Não podia fazer nada, pois quando olhei para o lado, duas daquelas aberrações começaram a vir em minha direção, me obrigando a fugir.

Uma delas rugiu, um som semelhante a de um urso. Com o isso começaram a surgir das portas e janelas, as mulheres que moram nas casas, elas me viram, e começaram a me perseguir também. A quantidade aumentava rapidamente. Já não aguentava mais correr, haviam carros na rua, mas me esconder neles não era uma opção.

A rodoviária estava a minha frente, estava quase nela, quando percebi, dos dois lados, muitas delas me perseguiam, eu estava praticamente cercado, se não conseguisse passar pela porta, minha morte era certa. Eu corria, meu campo de visão era cada vez menor, devido à elas me cercarem cada vez mais. Dos grupos que estavam se aproximando dos lados, haviam duas na frente, elas iam arrancar meus braços com a boca, mas, no último segundo, acelerei um pouco meu ritmo nas pernas, e então elas se morderam e caíram. Por causa disso, as que às seguiam, tropeçaram nelas, e as que estavam mais atrás tiveram seu ritmo diminuído. Essa foi minha oportunidade de entrar e fechar as portas. O estado havia comprado portas blindadas e de aço, para proteger toda propriedade pública. As mulheres batiam na porta, para derrubar mesmo. Os estrondos foram diminuindo, até que uma hora pararam. Fiquei tentado a abrir a porta, mas me controle, tinha de procurar outras entradas e dar um jeito de bloqueá-las. Ao me virar, havia uma delas, estava apontando uma arma para mim.

Possuídas: O InícioWhere stories live. Discover now