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C A R O L

- Já tenho os resultados. - a doutora diz.

- Diga doutora. - o João diz ansioso.

- A Carolina não está grávida. - a médica revela e suspiro de alívio.

- Mas se ela não está grávida, então o que é que ela tem? - o moreno questiona visivelmente preocupado.

- A Carolina tem uma intoxicação alimentar. Passo a explicar, uma intoxicação alimentar é uma doença causada pela ingestão de alimentos que contém organismos prejudiciais ao nosso corpo, como bactérias, parasitas e vírus. Eles são encontrados principalmente na carne crua, frango, peixe e ovos, mas podem se espalhar para qualquer tipo de alimento. Na maioria das vezes, a intoxicação alimentar é suave e desaparece após alguns dias. Tudo o que você pode fazer é esperar para que o seu corpo se livre do germe que está a causar a doença. Mas alguns tipos de intoxicação alimentar podem ser mais sérios. Sendo que a Carolina ainda é jovem, não está grávida e não tem nenhuma doença crónica está mais livre de perigo. Os sintomas da intoxicação alimentar geralmente afetam o estômago e intestinos e normalmente são: náuseas, vómitos, diarreia, dores abdominais, cólicas e febre. - a médica começou a explicar.

Depois de todas as informações que a doutora Raquel nos disse, saímos do hospital e fomos até ao carro.

Coloquei o sinto do carro e encostei-me ao banco, deixando escapar um grande suspiro.

- Por momentos, estava a ver a minha vida toda a andar para trás. - confessei.

- Pois, eu também. - o João concordou comigo.

- Eu quero muito ser mãe, juro que quero. Mas não agora. Sou muito nova.

- E eu também quero ser pai, mas não agora. - ele ri-se e eu acompanho-o.

Começamos o nosso trajeto até à minha casa.

Assim que lá chegamos, abro a porta do meu apartamento e sento-me no sofá e o João faz o mesmo.

O toque do meu telemóvel ecooa pela sala e vejo no ecrã que era a minha mãe.

- 'Tou mãe? - digo quando atendo a chamada.

- Olá filha. Olha eu queria te pedir uma coisa. Eu, o teu pai e a tua irmã vamos a Lisboa amanhã e queria saber se nos dás jantar. - a minha mãe solicitou.

- Claro que vos dou jantar. Assim aproveitam para conhecer o João. Já se passaram alguns meses e ainda não o conhecem.

- Ok, meu amor. Então até amanhã! - a minha progenitora diz e desliga a chamada.

Pousei o meu aparelho eletrónico na mesinha central da sala.

- Vou conhecer os teus pais? - o jovem atleta profere com a voz trémula.

- Vais sim, porquê? Não os queres conhecer? - questino brincando com ele.

- Claro que quero. Mas sei lá, e se eles não gostam de mim? - não aguentei conter o riso com a sua fala.

- Oh meu amor, eles vão adorar-te! Mas prepara-te para as bocas do meu pai em relação ao Benfica. - piquei o moreno.

- A sério? - ele volta a perguntar, nervoso.

- Estou a brincar contigo! - digo dando-lhe um beijo carinhoso na bochecha.

Ele puxa-me pela cintura e junta os nossos lábios num beijo calmo.

- Eu amo-te, Carol. - ele sussurra contra a minha boca.

- Eu amo-te, Joãozito. - sussurro também.

E ali, voltamos a perder-nos um no outro. Os corpos suados e as respirações aceleradas demonstravam a intensidade que nos caracteriza.
O desejo, a paixão e o amor estavam sempre presentes em cada beijo, cada toque.

Éramos sempre nós dois. No nosso mundo.

E para sempre o seria.

Pelo menos, desejava que assim fosse.

NÓS DOIS ; joão félix Onde as histórias ganham vida. Descobre agora