#1 - Capítulo 9 💃🕺

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— Não sou muito bom em cozinhar, então encomendei o jantar — ele disse. — Mas prometo que está gostoso, pelo menos me foi altamente recomendado.

— Está lindo! — Eu sorri e me sentei.

Carlos acendeu uma vela em um lindo arranjo no centro da mesa e foi buscar um champanhe que estava gelando.

— O que estamos comemorando? — perguntei brincando.

Ele se aproximou, colocou a garrafa sobre a mesa e se agachou ao meu lado.

Meu coração deu um salto e arregalei os meus olhos. Ele não ia fazer aquilo! Mal tínhamos começado a sair!

Ele riu.

— Calma, Lena. Não é o que você está pensando, sei que ainda é cedo para isso. Precisamos nos conhecer melhor. Mas eu queria fazer isso direito...

Carlos pegou uma caixinha de dentro do bolso da calça e a abriu, revelando um anel de prata com algumas pedrinhas incrustadas.

— Quer namorar comigo, Lena?

Meu coração se apertou e eu o abracei em um impulso. Eu me sentia tão feliz...

— Quero — disse dando-lhe um beijo. Um não, vários.

Ele sorriu enquanto eu o beijava e se afastou um pouco para colocar o anel em meu dedo.

Olhei para a pequena joia em minha mão sentindo um calor gostoso invadir o meu peito.

— Agora temos um compromisso, moça. — Ele sorriu, um sorriso lindo.

Passamos a noite juntos, em sua cama. Ele me garantiu que não tinha feito nada com a mocreia ali, que tinha sido na sala, em pé mesmo. Apesar de dizer que eu não queria saber dos detalhes, aquilo havia me deixado curiosa e perguntei como é que tinha sido, então.

Constrangido, Carlos me contou que, ao entrarem no apartamento, ela começou a se insinuar e o beijou, disse que sentia a falta dele e que queria transar com ele. Confuso e sem pensar direito no que estava fazendo, ele foi buscar uma camisinha, virou-a de costas sobre o balcão e a comeu por trás. Ou pelo menos tentou... Ele disse que seu pau não estava muito duro e que depois de algumas investidas desistiu, pois estava se sentindo muito mal, não queria fazer aquilo. Então ela ficou possessa, gritou com ele, xingou-o e saiu.

Ele disse que passou a noite pensando em me procurar e remoendo sua culpa. Sabia que tinha feito besteira e ficou envergonhado de bater em minha porta. Somente no dia seguinte teve coragem de falar comigo, foi quando me achou na piscina.

É engraçado como, conforme o tempo vai passando, aquela raiva inicial vai diminuindo e conseguimos nos colocar um pouco no lugar da outra pessoa. Conseguimos compreendê-la melhor.

Eu conseguia compreender Carlos agora, e conseguia perdoá-lo. E isso me aliviava a alma, pois carregar raiva no coração pesa, e eu não queria mais ter raiva dele, não queria mais carregar aquele peso, aquela angústia.

Dormimos abraçados naquela noite e nas outras que se seguiram. Ora no meu apartamento, ora no dele.

Uma semana depois, Carlos me botou contra a parede ao final de mais um dia de trabalho.

— Lena, sua menstruação não veio ainda... Você precisa ir ao médico! Já está atrasada quanto tempo?

— Acho que uns 45 dias, mais ou menos, não tenho certeza. Vou marcar um médico, prometo. É que essa semana foi meio corrida aqui e...

— Sua saúde vem em primeiro lugar, não arrume desculpas.

— Está bem, está bem... Vou ligar hoje e marcar para a semana que vem, okay? — Irritei-me.

Vizinhos:  contos eróticos - DEGUSTAÇÃO Where stories live. Discover now