Os Semi

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Capítulo 2

Duas semanas haviam passado desde a criação, Mericar decidiu não incomodar mais o planeta, mesmo isso sendo impossível. O planeta já era habitado por criaturas místicas e humanos inconvenientes. Os Deuses imaginavam meios para aumentar a proteção de Kandeah e uma forma deles estarem presentes em todos os lugares.

Klenthe havia criado um local para os Deuses morarem, como um grande palácio onde residia seu pai, mas ele não queria que esse ambiente ficasse no meio dos humanos e de fácil acesso, por isso criou uma majestosa construção que flutuava sobre Kandeah e era invisível aos olhos de quem não estava lá. O nome do local era Teraki, o templo dos Deuses.

Dois grandes portões guardavam a entrada do local, eram brancos e cada porta tinha dois desenhos das maiores forças do planeta. A porta esquerda havia uma pintura de Livy de cor verde, apenas a silhueta da ave, e ao seu lado estava pintado Kenni em vermelho. Já na direita estava Lefel contornado em dourado e Kelpwi em azul. No meio de ambas as portas estavam metade de Klenthe em azul, quando estavam fechadas, a silhueta completa do Deus aparecia. Tudo era em alto relevo e passava paz para os olhos de quem visse. Do lado dos portões, dois candelabros gigantes com marfim serpenteado iluminavam o local. O fogo era vermelho e forte ao redor, e preto por dentro, dando um contraste de luz esplêndido.

Ao lado dos candelabros, dois homens, um de cada lado, guardavam os grandes portões, as armaduras eram azuis e pintadas no coração estava o símbolo de Klenthe, um V ao contrário pintado de azul claro com um serpenteado de azul escuro contornando o desenho. Ambos os homens empunhavam grandes espadas, escudos com o mesmo símbolo da armadura e um arco e uma balestra que queimava infinitamente nas costas, sem queimar aqueles que as empunhavam.

Por dentro o local era mais belo do que por fora, colunas em estilo coríntio regados a folhas de ouro, algumas paredes de vidro davam entrada a luz do sol que queimava e brilhava do lado de fora. No chão, tapetes de pedras preciosas guiavam aqueles que trabalhavam ali para todos os lugares. Lustres de cristais tilintavam no céu como uma melodia eternizada, todos ali dentro andavam para lá e para cá com vestes brancas e com o grande símbolo de Klenthe pintados. Vários corredores davam a Teraki o clima de um labirinto, mas todos eles tinham um destino digno de exploração. Já perto da sala do trono, uma grande biblioteca com livros separados por categoria se destacava no meio das paredes de marfim do grande templo. Cadeiras para aqueles que quiserem ler se sentar, e é claro, um grande lustre de cristal em formato de ave iluminava o local para uma boa e bela leitura.

A sala do trono se separava de todos com uma versão menor da porta de entrada do templo, os mesmos desenhos em alto relevo brilhavam com o reflexo da luz do sol, e lá dentro, todos os Deuses estavam reunidos. A sala do trono era extensa, uma escadaria levava quem quer que fosse até os grandes assentos dos seres mais poderosos do planeta. O trono de Livy era verde, grande e contornado com esmeraldas criando o formato de uma ave igual a ela. O de Kenni era igual o de Livy, porém um pouco menos largo e com rubis dando formato ao Deus. Ao lado do de Kenni, estava o de Klenthe, era contornado com esmeraldas, rubis, lápis-lazúli, diamantes e ouro, era o maior de todos em termo de largura e altura, e carregava consigo a silhueta do Deus. O de Lefel era contornado em ouro, era o terceiro maior trono. E o último assento era o de Kelpwi, era o segundo maior trono e contornado em lápis-lazúli.

Mais a frente da escadaria de ouro, ao lado da porta, estava uma grande sala de julgamento feita em madeira bruta para aqueles que tiveram a infelicidade de cometer crimes tão grandes que ao invés de serem julgados na terra, seriam julgados no céu, vulgo Teraki. Ali também era realizado a Audiência de Passagem, que era quando um ser humano que não era nem tão bom para ir para o céu e nem tão ruim para ir para o inferno morresse, assim os Deuses julgavam se eram merecedores de Teraki, ou de Kuollut, o mundo dos mortos.

A Guerra De Kandeah - Preparação de Ploxti  (Livro I)Where stories live. Discover now