- Você quer me matar de ciúmes é? - eu ri do ciúme dele. - E quando vai fazer dezenove pelo amor de Deus?

- Como você casa e não sabe nem o aniversário da sua esposa? - Fingi chateação.

- Eu sou péssimo com datas gatinha!

- E com que eu lhe falo também!

- Não entendi! - Ele me olhou confuso.

- Lembro bem que você me perguntou quantos anos eu tinha lá na cozinha da mansão,e eu respondi que tinha dezoito anos recém completados!

- Ah! - Ele revirou os olhos chateado. - Você quer mesmo que eu lembre disso? Eu lembro que você estava vestida deliciosamente gostosa numa camisola rosa... - Suspirou. - Eu só pensei em levar você para cama!

- Jack! - Eu bati no seu braço.

- Ai amor! - Ele sorriu. - É verdade! Mas mesmo assim, ainda dezoito.

- Esqueceu que engravidei na nossa primeira noite? - Fiz cara de zangada pra ele. - Você não quis usar camisinha, e olha  no que  deu! - Mostrei a barriga.

Ele sorriu lindamente, passou a mão na minha barriga!

- Ainda bem, papai acertou em cheio. Se não a mamãe não estava mais com papai!

Ele falava com voz de bebê.

- Eu nunca fui religioso, mas você já ouviu aquele ditado amor?

- Qual? - Fiquei curiosa.

- Deus escreve certo por linhas tortas. - Ele me olhava intensamente. - Eu nunca saí com ninguém sem me prevenir depois que fiquei adulto. Mas com você... - Ele passou a mão no meu rosto e eu a segurei e beijei. - Você me tira do eixo.

Eu dei uma piscada bem sexy para ele, que sorriu de volta.

- É ainda tão novinha, tão cheia de vida!

- Você não é velho!

- Mas serei um dia! - Pausa. - Me promete uma coisa?

- Depende!

- Quando a nossa filha nascer você não enjoará de mim? - Os olhos dele eram de súplica.

- Mas que história é essa? Da onde você tirou isso? - Nem acreditava.

- Eu já ouvi tantos relatos, de amigos meus que dizem que perdem a mulher depois que a criança nasce, que a esposa só quer saber da criança e esquece do marido. Não tem sexo, ou fica demasiadamente pouco.... Promete que não vai ser assim?

- Você está com ciúmes da sua filha?

- Claro que não! - Ele se exaltou. - Você entendeu o que eu quis dizer.

- Entendi seu bobo! - Falei sorrindo. - Não tenho planos de enjoar de você tão cedo! Mas um recém-nascido toma muito tempo da mulher, você sabe disso!

- Eu contrato várias babás!

- Que horror! Não me sentiria confortável! - Falei sorrindo. - Mas eu também tenho meus medos amor!

- Medo? De que ? - Ele parecia incrédulo

- De não conseguir ser uma boa mãe, de não te satisfazer mais na cama, e agora que você falou isso, será que você pode se sentir abandonado e procurar outra?

- Meu Deus! Nossos desabafos estão desencadeando uma crise? - Ele suspirou.

- Não, estamos apenas sendo sinceros um com o outros, expondo nossos medos.

- Verdade! Estamos maduros.

- Sim, ou ao menos estamos tentando!

Nos encaramos por um instante, o passeio estava quase acabando, e não tínhamos prestado atenção em muita coisa.

- Vamos nos prometer uma coisa? - Eu propus.

- Se não for separação, eu topo!

- Bobo. - Eu sorri. - Se um de nós, achar que o outro está se distanciando a gente alerta, para nunca ficarmos afastados de fato.

- Mas se você achar que eu estou exagerando? Eu descobri depois de muito tempo que sou muito carente! - Ele fez beicinho.

- Aí você me lembra que eu prometi à você aqui em Veneza, que eu nunca brigaria com você e que nunca deixaria nada nos separar, nem nos afastar! Combinado?

- Mais que combinado minha anjinha!

Terminamos o passeio bem abraçadinhos, olhando a paisagem magnífica do por do sol.

- Meu pai nos convidou para irmos jantar com eles amanhã. - Ele falou de supetão.

Senti meu coração se esfriar, um mal pressentimento.

- Não sei, não quero me encontrar com aquela mulherzinha...

- Ela não mora mais lá. - Ele falou, mas meu corpo continuava tenso. - Eu acho que eles estão tentando se reconciliar sabia? - Jack parecia feliz com a notícia.

- Sério? - Fiquei surpresa.

- Sim, acho que eles querem nos comunicar isso. Frank também foi chamado. May disse que desde o nosso casamento mamãe está lá, e que uma vez ela flagrou papai saindo de manhã cedo do quarto dela.

- Ah que bonitinho! - Suspirei.

- Bonitinho? - Ele balançou a cabeça. - Não quero nem imaginar.

- Nós iremos. - Vi o sorriso no seu rosto. - Mas se por um acaso aquela mulher aparecer, nós iremos embora imediatamente! Eu não quero discutir com ela. Seu pai é muito puxa-saco dela.

- Isso não vai acontecer, mas eu prometo sim. Eu prometo tudo para te ver feliz meu amor. - Ele falou me beijando.

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Estávamos chegando em San Francisco, mas meu coração estava pesado, eu não me sentia confortável, já tinha sentido enjoo, coisa que senti pouquíssimas vezes em toda minha gestação.

- Amor, se você não tiver confortável, a gente não vai, eu explico que você...

- Não, eu não sei... talvez seja as lembranças, eu saí daqui tão ferida, tão magoada...

Ele me abraçou forte, me colocou no seu colo, beijou meu rosto.

- Eu estou aqui. Eu nunca vou abandonar você, nunca! Eu faço tudo por você minha anjinha.

Eu correspondi o beijo e os abraços, mas aquela angústia não passava. Pouco tempo depois estávamos aterrizando na cidade.

Ivan já estava a postos nos aguardando, descemos da aeronave, o vento estava forte, tive que segurar meu vestido para não mostrar demais.

- Deixa eu ajudar a proteger o que é meu!

Ele falou segurando meu vestido vermelho atrás de mim.

- Vou fazer a Marilyn Monroe.

- Ah! Sem chance!

Entramos no carro, cumprimentei Ivan que várias vezes me levou para o trabalho. Tinha uma grande admiração por ele.

Seguimos o caminho em silêncio, Jack me abraçava, já imaginava como seria daqui por diante, ele ia trabalhar eu ia ficar mais tempo sozinha. Eu estava tão mal acostumada, com seus carinhos e com a sua atenção.

Paramos em frente à mansão, deu um suspiro longo! Tomara que tudo não passe de bobagem...

Já adiantando, Angel tem o sexto sentido muito forte!

Algo muito forte irá acontecer com o casal!

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Amantes na noite (Lovers at night)Where stories live. Discover now