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Chego um pouco atrasada na lanchonete, assim que entro encontro Mily arrumando as mesas, ela parece tão distraída nem percebe que cheguei.
Vou direto me trocar pra ajuda-la

-Bom dia Mily, esta tudo bem? Você não veio trabalhar ontem - falo assim que me aproximo dela.

- Bom dia Jullyana, estou bem sim e você? Eu não pude vir ontem, não me senti bem - diz ela com um sorriso fraco.

- Estou bem, espero que esteja melhor - digo olhando pra ela.

- Estou sim obrigada - Diz Ela.

Começamos a arrumar tudo, e esperar os clientes, em pouco tempo chega Marta, assim que estra e nos ver, sorrir pra nós como sempre faz! Vou até ela..

- Bom dia Marta, vai querer o de sempre certo? - Pergunto sorrindo pra ela.

- Bom dia querida! Sim, vou querer o de sempre.

Saiu e vou pedir o pedido dela, assim que estar pronto lhe entrego o pedido, e vou atender outras mesas
Percebi que a Mily estava distraída o tempo todo..

Na hora do almoço chamei ela pra almoçar, já que não tinha marcado com meus amigos, então nós fomos almoçar perto dali mesmo.
Chegando lá sentamos e fizemos nossos pedidos..

- Sei que não devo me meter na sua vida, mais ta tudo bem mesmo com você? - pergunto mais rápido do que deveria
Ela me olha e me responde

- Não é nada demais jullyana

- Você sabe que pode me falar, eu só quero te ajudar, se eu puder de alguma forma

- É que tenho discutido muito com meu pai, eu trabalho pra ajudar ele, mas parece que ele não ver isso, depois que minha mãe morreu, ele mudou muito comigo, isso me chateia. - Diz ela triste.

- Sinto muito por você, sei que deve ta sendo difícil pra você, mas se precisar de algo, pode contar comigo.

- Obrigada Jully, eu só tenho tentado ser uma boa filha, eu sei que ele sofreu com a morte dela, mas eu também sofri, parece que pra ele, eu também não existo mais.

- Talvez ele só não saiba lidar com a situação.

- Acho que virei um incomodo pra ele - Diz ela triste.

- Mas você não é, azar dele por não perceber a filha que tem. - Digo sincera.

Conversamos durante o almoço e voltamos ao trabalho, a lanchonete não estava agitada, trabalhamos o final da tarde tranquilamente.

A noite chegou e começo a me arrumar pra voltar pra casa, hoje vou chamar a Luna pra assistir um filme em casa comigo! Faz tempo que não fazemos isso.
Saiu da lanchonete e começo a procurar meu celular na bolsa, quando de repente sinto alguém esbarrando em mim.

- Você não olha por onde anda não? - falei um pouco irritada.

- Eu não te vi ai, você que ficou parada no meu caminho - falou com um sorriso de lado

- Ah claro, então agora a culpa eh minha, você é cego não tava me vendo aqui idiota? - falei mais alto, estava já me estressando.

- Ei calma ai estressadinha. - Diz ele com as mãos levantadas - confesso que estava distraido okay? Desculpa.

Reviro os olhos evitando olhar pra ele.
Admito que ele é bonito.. Ele usa uma calça jeans rasgada, uma camisa branca por dentro, e uma jaqueta de couro preta por cima e fones de ouvido.

- Então deveria ser mais atento. - Digo seria.

- Ah sim claro, vou ser - Diz debochado.

Saio andando pra longe dali, preciso me acalmar, não quero que um idiota estrague minha noite.
Chego em casa ainda irritada pelo que aconteceu, pego o celular e ligo pra Luna, no segundo toque ela atende.

Eu: Oi Luna, o que está fazendo?

Luna: Só em casa assistindo por que?

Eu: Tava pensando em te chamar pra vim assistir algo comigo, poderia até dormir aqui

Luna: Já estou indo, chego ai em 10 minutos

Desligo o celular, faço pipoca e espero a Luna chegar.
Garoto idiota, não olha por onde anda. Nem sei porque ainda tô pensando nisso.

A Garota SolitáriaOnde histórias criam vida. Descubra agora