Capítulo 10

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— Eu tenho o plano perfeito — disse Maria enquanto decorava um prato

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— Eu tenho o plano perfeito — disse Maria enquanto decorava um prato. — Eu vou dizer a ele que estou interessada em alguém e que quero sair sozinha com esse cara.

— Ele vai perguntar de quem se trata e vai sugerir conversar com ele para saber se as intenções e tudo mais que já sabemos, Maria.

— Mas eu direi que não posso revelar quem é, até porque ele é só um caso, só quero me divertir, não namorar, não casar... só me divertir como ele faz.

— Tem certeza que essa é a melhor opção? Porque eu acho que você não deveria envolver um homem nisso. Diga que quer mais espaço porque é seu direito — aconselhou enquanto terminava de preparar um doce para a sobremesa. — Você deveria conversar com Aslan e com seu pai também sobre isso que está te incomodando.

Maria bufou.

— Pinar, acorda! O que você acha que eles vão dizer? — perguntou colocando o prato decorado na mesa. — "Você tem toda razão, caninzinha, o papai está mesmo sendo injusto" ou "Oh, Sevglim, mas é claro que você pode ter um caso, aliás, faça como eu e tenha dois".

A voz engraçada fez Pinar rir com gosto.

— Você é louca e nada disso vai dar certo, mas tudo bem, vamos em frente.

— Em frente de onde? — perguntou Aslan já descendo as escadas.

— Ahn... dos balões, amanhã, vamos ver se esse festival vai dar certo mesmo. Papai quem deu a ideia para ver se assim atrai mais turistas e melhora a economia de Göreme — respondeu Pinar tentando disfarçar.

Maria saiu da cozinha em direção à sala de dois ambientes. Ela adorava a decoração aconchegante da casa dos tios. Tudo branco, clarinho com detalhes em preto e cor-de-rosa. Aproximou-se da mesa de jantar onde Aslan se encostou de braços e pernas cruzadas enquanto observava Pinar na cozinha, a meia parede deixava-os vê-la preparando a sobremesa.

Adorava observá-lo naquela posição, os braços fortes e as pernas torneadas ficavam mais evidentes. A camiseta preta deixava a tatuagem a mostra e o ar de "bom moço" era um contraste na aparência rebelde.

— É tão bom ver que nossa família não se preocupa só com assuntos internos. Estão sempre procurando fazer o melhor para o povo — disse ela retomando o assunto.

— É, eu sinto muito orgulho dos meus pais por tudo que eles representam aqui na Capadócia. A evasão escolar de meninas já chegou a zero por cento aqui e também nas regiões próximas — disse com um largo sorriso. — Mamãe está falando sobre levar esse incentivo para cidades mais afastadas e conscientizar outros pais.

— Tia Derya deveria se candidatar a presidência.

— Acho que é só o que está faltando nessa família mesmo, alguém na política — disse Aslan.

­ — Quem sabe você — falou Maria fitando o primo. — Já está destinado a ser chefe de alguma coisa, porque não de Estado também?

— É preciso muita diplomacia — opinou, Pinar.

Amor em Éfeso - AMAZONOnde as histórias ganham vida. Descobre agora