Capítulo 2

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Pedro Henrique

   Acordei com meu despertador tocando, levantei para mais um dia, e hoje será um dia corrido no escritório, estava com muitos processos para analisar, ser dono de um escritório de advocacia não é fácil, eu sempre me cobro muito, por isso tenho um dos melhores escritórios do país. Hoje estou com uma sensação estranha, como se algo fosse acontecer, só não sei se é bom ou ruim, mas decidi deixar isso pra lá. Após me arrumar para o trabalho, e tomar um café bem reforçado, pego as chaves do meu carro, carteira, minha pasta com meu notebook, e vou para o estacionamento, pego meu carro, e saio tranquilo pelas ruas de NY.

   Estava dirigindo tranquilamente, quando do nada um menino atravessa bem na frente do meu carro, felizmente consegui freiar a tempo, sai do carro que nem louco, o menino estava parado em frente ao carro com uma cara de assustado, me aproximei do menino, ele era tão lindo, não vou negar que senti algo estranho quando vi aquele menino, ele devia ter em torno de 4 anos, seus olhinhos eram de um castanho bem claro quase verde, que estavam mais brilhantes pelas lágrimas que tenho certeza que logo cairiam, então antes que ele chorasse eu cheguei perto dele, ele se afastou, e me olhou desconfiado, o que deu para notar é que ele não era um menino de rua, pois estava com um uniforme escolar, será que ele havia se perdido de sua mãe? Ele ficou me encarando por um tempo então resolvi falar com ele, quem sabe não descubra algo.

- Ei, está tudo bem com você? - Perguntei, e ele apenas assentiu - Como é o seu nome?

- Minha mamãe disse que não posso falar com estranhos - falou ele.

- Sua mãe está completamente certa, e se eu te falar meu nome e você me falar o seu, eu não serei mais um estranho, que tal? - Ele ficou me olhando por uns instantes e logo assentiu, eu sorri com isso. - Eu me chamo Pedro Henrique, e você?

- Meu nome é Noah!

- Seu nome é muito bonito, Noah. - falei e ele deu um sorriso, o que me encantou mais ainda, e fez aquela sensação estranha em meu peito aumentar, então estendi a mão em sua direção e ele logo apertou. - Viu, agora não sou mais estranho, então me fala, você está perdido?

- Eu estava na escolinha junto com meus coleguinhas, então eu vi um passarinho amarelo, e eu fui atrás dele, ele saiu pelo portão, e o portão tava aberto, daí eu saí também, mas quando eu fui voltar, não sabia como. - Que grande irresponsabilidade dessa escola deixar um portão aberto sem ninguém olhando, isso me deixou indignado, se fosse um filho meu, eu faria fechar essa escola.
   Ele fala muito bem para uma criança do tamanho dele.

- Então o que você acha de eu te levar para a sua escolinha? - Não deveria ser difícil encontrar, ele estava com o uniforme, era só pegar o nome que estava no uniforme e ir lá.
- Mas primeiro será que a gente pode tomar um sorvete ? - Ele me perguntou com uma carinha de gato do Shrek, e como eu negaria um sorvete para uma carinha dessas? Se bem que devem estar desesperados atrás dele, mas cinco minutos a mais não fará diferença.

- Certo, então vamos comprar seu sorvete e vamos para sua escolinha, certo?
  Ele assentiu então fomos para o carro, coloquei ele no banco de trás, coloquei o cinto nele, pesquisei o nome da escolinha, e não ficava muito longe dali, passei em uma sorveteria que ficava próxima, e fomos em direção da escolinha.
    Assim que cheguei lá, vi que parecia ser uma escola grande, que possui recursos, como uma escola dessas comete esse tipo de irresponsabilidade? Falei com um guarda que estava ali, ele queria que deixasse o menino com ele, e que ele levaria, mas isso com certeza não aconteceria, eu mesmo queria levar o menino, e reclamar dessa irresponsabilidade, sei que não é meu filho, mas eu me sinto no direito, se fosse meu filho eu não iria gostar se isso acontecesse.

     Assim que entrei falei com a secretária, que logo saiu correndo para dentro da sala que suponho ser da diretora, olhei para o banco, e Noah estava lá, se lambuzando com o sorvete, estava distraído olhando para ele quando sai uma mulher correndo da sala, e foi em direção ao Noah, o agarrou e o abraçou forte.

- Graças a Deus você está bem, onde estava? Como saiu da escola? - Ela estava fazendo muitas perguntas para ele, e ele a olhava não sabendo como responder, então decidi, me pronunciar.

- Eu o encontrei no meio da rua, ele atravessou bem enfrente ao meu carro, por sorte consegui parar a tempo. Você é a mãe dele? - Assim que ela se virou para mim, eu realmente não estava preparando para isso, ela com certeza é a mulher mais linda que já vi, pele morena, cabelos cacheados, e aqueles olhos castanhos nos mesmos tons dos do Noah, me deixou completamente encantado, e hipnotizado.

- Sim, sou a mãe dele, e te agradeço muito, Noah é meu tudo, acho que se acontecesse algo com ele eu morreria. - Ela falou, e vi seus lindos olhos vermelhos, possivelmente de chorar.

- Me chamo Pedro Henrique , e você? - Perguntei estendendo a mão para ela, assim que ela apertou senti um choque percorrer por meu corpo inteiro.

- Meu nome é Bruna. - Respondeu com sua linda e encantadora voz, eu estava completamente encantado por ela, mas sabia que era errado, ela deveria ser casada, ou ter um namorado, mas não conseguia evitar. - Eu realmente te agradeço muito por tudo que fez pelo meu filho. - Me agradeceu novamente.

- Sei que não é da minha conta, mas o Noah me disse que o portão estava aberto, e que não tinha ninguém cuidando disso - Ela escutava atentamente o que eu falava - Eu sinceramente acho que isso seja uma grande irresponsabilidade da parte da escola.

  - Concordo com você, eu irei tomar as providências cabíveis a isso, muito obrigada novamente, eu não sei nem como te agradecer por tudo que você fez.

- Não foi nada mesmo, eu amei passar esse tempo com ele, ele é um menino muito esperto e encantador, você e seu marido tem sorte em ter ele.
 
    Ela parecia desconfortável pelo que eu falei, será que falei algo errado? Mas essa pergunta foi me respondida logo em seguida pelo pequeno Noah.

- A mamãe não é casada, né mamãe? - Falou ele inocentemente, enquanto a Bruna corava lindamente - É somente a mamãe, a vovó e eu. - Concluiu ele.

     Então ela não era casada, essa notícia acabou de deixar meu dia muito melhor.

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Então aí está gente, o segundo capítulo da nossa história. O que estão achando? Espero que estejam gostando dela 😊

Os dias de postagem da história serão "segunda-feira, quarta-feira e sexta-feira.

Não esqueçam de votar, até o próximo capítulo 😘

De Encontro com a felicidadeWhere stories live. Discover now