Prólogo

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Bruna

  - Você não pode fazer isso comigo Johnny, eu tô grávida de um filho seu.
   Ele deu uma risada que me deu medo.
- Acha mesmo que vou acreditar em você. E mesmo que esse filho fosse mesmo meu, o que te faz pensar que eu quero ele?
   Aquilo me deixou muito mau, quem é essa pessoa na minha frente? Será que eu estava tão cega?
- Mas você falou que me amava, que estaria comigo até o fim. - Falei chorando. Não estava acreditando que ele faria aquilo comigo.
- E você idiota acreditou, acha mesmo que eu vou querer uma pessoa como você, se enxerga, você nem é do mesmo nível social que eu. Eu queria diversão, e não vou negar, foi uma diversão muito gostosa. Mas eu NUNCA iria ficar contigo de verdade. - Quando ele falou isso meu mundo caiu.
        O que eu vou fazer? Como vou contar para meus pais que estou grávida aos 17 anos?
    Saí do apartamento de Johnny correndo, não queria ficar mais nenhum segundo perto dele, eu estava com muito nojo dele.
   Assim que cheguei em casa minha mãe me viu chorando e veio perguntar o que estava acontecendo, eu disse que falaria assim que o papai chegasse do trabalho. Não sabia como iria contar, mas precisava do apoio deles, precisava do amor deles. Não demorou muito papai chegou do trabalho. Assim que estávamos na mesa jantando resolvi falar de uma vez.
- Mãe, pai, preciso falar algo para vocês. - Eles me olharam preocupados, então continuei- Eu estou grávida. - Falei rápido, minha mãe na hora paralisou, meu pai começou a rir, acho que ele pensou que estivesse brincando. Assim que ele viu que era sério, ele socou a mesa com raiva.
- Como assim grávida Bruna, se nem namorado você tem? - Ele falou aquilo com muita raiva.
- A alguns meses conheci um cara, ele era carinhoso comigo, me tratava muito bem, falava que me amava, só que hoje quando falei para ele que estava grávida ele me humilhou, disse que só queria se divertir.
     Meu pai respirou fundo, então me olhou diferente, ele parecia " confirmado", achei que ele me apoiaria.
- Vamos te ajudar minha filha, vou amanhã mesmo falar com um amigo meu que tem uma clínica, vamos tirar isso e nossa família segue, como se essa coisa nunca tivesse existido. - Eu não podia acreditar no que estava ouvindo, ele não poderia estar falando sério, é meu filho, seu neto. Mas sim ele estava falando sério.
- Não pai, eu não vou fazer um aborto, é meu filho. Posso ter só 17 anos, mas seu das minhas responsabilidades, e ele não irá pagar por uma coisa que foi minha culpa, e eu já o amo, ele é meu bebê.

- Você tem duas opções, ou você tira essa "coisa" ou pode arrumar suas coisas e sair daqui, é você quem escolhe.
  Eu não podia acreditar, olhei para minha mãe pedindo ajuda, porém ela só baixou a cabeça chorando. Levantei da mesa e fui para o meu quarto arrumar minhas coisas.  
    Assim que desci as escadas com uma mala na mão, ainda olhei para eles, quando mamãe me olhou achei que ela iria impedir minha saída, mas não, ela apenas sussurrou "desculpa" para mim e baixou a cabeça novamente, apenas balancei minha cabeça negativamente e sai.
     Não sabia para onde eu iria, não sabia o que fazer, eu estava grávida, com 17 anos, como iria sustentar uma criança? Um lugar me veio a mente. Só espero que ela também não me expulse.

De Encontro com a felicidadeOpowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz