Capitulo 43 - cadeia

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Lili

A dois dias eu me encontro apreensiva sobre os resultados da pesquisa dentro da empresa e hoje esse resultado chegará em minha mesa e a pessoa que estiver desviando o meu dinheiro vai se ferrar na minha mão.

Uma das agentes do orfanato foi nos visitar ontem —no meu apartamento—de surpresa e disse que era bem normal eles aparecerem do nada assim. Eu ainda acho que não é nada normal.

Viviane era seu nome. Ela conversou conosco por quase duas horas e depois foi ver o meu apartamento. Como o quarto do outro bebê já estava no meio do caminho, falamos que aquele seria o quarto da criança. Não tinha muita coisa ainda, só tínhamos pintado as paredes de amarelo e havia uma cômoda branca na parede embaixo da janela do quarto.

Não entro neste quarto faz mais de duas semanas e me sinto um tanto estranho quando olho para ele.

Mas, apesar de tudo, a mulher nos oferece um sorriso bem amiga e diz gostar de nós dois.

Resolvemos que iríamos acabar o quarto do bebê para que nossa nova criança pudesse vir para cá.

Batidas soam pela porta e Vanessa entra com três pranchetas nas mãos e uma caneta para que eu assine.

Enquanto rubrico meu nome no final delas ela diz:

-Os meninos já chegaram. Mando eles entrarem? 

-Chame Casey também!  —digo antes que ela saia.

Acabo de assinar tudo e os meninos da contadoria aparecem para me apresentarem os cálculos. Entrego as pranchetas a Vanessa, e Casey entra na mesma hora a minha sala e se encosta na minha mesa. Um sorriso está em seu rosto e não posso deixar de sorrir também. Ele é contagiante.

-Então meninos, me digam quem está desviando nosso dinheiro da empresa!?  —digo a eles enquanto apoio minha cabeça em minhas mãos.

Todos ficam quietos, então Casey os manda falar com um aceno de cabeça. Meu Deus. Eu sou a chefe deles ou o Casey?

-Jordan Connor esta desviando o dinheiro da empresa senhorita Reinhart. —um homem de topete fofo, diz.

-Ok. Podem sair!  —mando irem. Peço para que Casey fique e sente em uma das cadeiras a minha frente.

Não sei o que fazer, mas sei que preciso acabar com a raça do Jordan, aquele nojento.

Estou super irritada. Não. Não tem nem medida para o tanto que estou puta com esse moleque! Depois de eu o ajudar tanto a chegar aonde ele está na empresa ele me dá essa rasteira?

-Casey, isso é sério? —pergunto, ainda desacreditada.

-Infelizmente sim sra. Reinhart. Sei o tanto que já fez por ele e que será difícil de o demitir, mas espero que o faça! —ele me olha sério.

-Mas é claro que sim. Agora pode ir. Muito obrigada pela ajuda, querido. —Casey me oferece um sorriso acolhedor e eu aceito.

Peço para que Vanessa chame Jordan o mais rápido possível. Coloco meus melhores seguranças na porta para ter certeza que ele não fugirá. Depois de 5 minutos ele entra na minha sala, vestido belamente e com um sorriso de orelha a orelha -que eu não poderia estar mais ansiosa para arrancar de seu rosto.

-Sente-se por favor

Jordan se senta e fica me encarando com aquela cara de quem está vivendo sua vida da melhor forma possível. Talvez roubar uma empresa seja uma coisa realmente bem legal de se fazer né?

-O que você queria falar comigo Lili? —pergunta, já de saco cheio.

-Primeiro: pra você é srta. Reinhart. Segundo: você vai ficar o tempo que eu quiser! —bato na mesa e ele se assusta -Mas como estou sem paciência hoje serei bem clara com você, tudo bem?

Ele balança a cabeça e engole em seco. Vejo que está relaxado por fora mas seus olhos me dizem outra coisa.

-Sim. Tudo bem. —rolo os olhos

-Era uma pergunta retórica, idiota. —respiro fundo algumas vezes para me controlar e não sair gritando para todos ouvirem o que direi. -Olha, eu já sei de todo seu joguinho, de que você está roubando a minha empresa e ainda achando que manda em algo aqui dentro, então eu seriei bem clara com você agora: ou você vai se demitir, ir embora e nunca mais voltar ou passar perto da minha revista; ou você vai sair por mal, algemado e direto pra cadeia. Você pode escolher.

Me jogo na cadeia e sua expressão de espanto chega a ser cômica. É ridículo como as pessoas ainda não entenderam que mentiras tem perna curta e não conseguem se sustentar por tanto tempo.

-Srta. Reinhart eu não fiz nada. Eu juro para a senhora. Eu nunca... —o corto

-Jordan eu não quero suas desculpas. Que saco! —grito. -Você acha que eu gosto de pegar a renda da minha revista e perceber que o dinheiro não cresce? Que na verdade ele só cai!? Eu não gosto, inferno! —me levanto de minha cadeira, dou a volta na mesa e chego bem perto de seu rosto. -Ou você sai agora ou você sai algemado. Pode escolher, Jordan.

Encarando profundamente seus olhos percebo que está assustado demais para dizer algo. Volto ao meu lugar na mesa e começo a discar o número do meu amigo detetive.

-Oi Bruce, teria como você vir ao meu escritório por favor?

-Lili, quanto tempo não te vejo!Claro que irei. Qual é a situação?

-Preciso de uma viatura de policia. Alguém andou roubando a empresa e preciso que me ajude a prendê-lo. —encaro fixamente Jordan enquanto digo cada palavra.

-Você tem vídeos da câmera de segurança que mostrem isso?

-Ainda não. Mas arrumo pra você em 5 minutos. Tenho papeladas que mostram que foi, também. Isso ajuda?

-Você sabe que sim, querida. Em 5 to aí.

-Muito obrigada!

-Você não ligou pra polícia mesmo. Você não pode fazer isso comigo! —vejo seu rosto se encher de preocupação e pavor mas não sinto remorso.

-Vanessa, peça para que a segurança checks todas câmeras o mais rápido possível e pegue as imagens do Jordan roubando nosso sistema, por favor.  —digo ao telefone

-Sim senhora. —ela se apressa

Começo a ouvir as sirenes de polícia no final da rua. O homem culpado a minha frente se remexe não cadeira o máximo que consegue mas sabe que não tem como sair dessa sala ou então fugir para longe. Ele vai para cadeia.

Meu internode toca e a secretaria avisa que policiais estão subindo com um mandado de prisão. Peço para que deixem eles entrarem.

-Hoje será seu último dia trabalhando aqui, ou tendo uma vida boa outra vez. Todas as vezes que você me roubou, assediou uma garota na balada ou no trabalho; isso acabou está me ouvindo? Você tá fudido dentro daquele lugar.

-A Lili, você não poderia estar mais errada. Quando eu pagar minha fiança e sair da cadeia eu irei atrás de você e de todo mundo que você ama. Começando pelo seu namoradinho fraco! —ele cospe em minha direção e fico incrédula

Quando eu menos espero minha mão está voando em direção ao seu rosto. A sensação de dar um tapa na cara dele é uma das melhores. Infelizmente me esqueci que Jordan é um covarde, então quanto menos espero sou recebida com um soco bem embaixo da mandíbula que me apaga na hora.

O estagiário - sprousehart historyOnde as histórias ganham vida. Descobre agora