Capítulo 22 - Pai.

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   Nickolas ouviu a campainha do apartamento tocar, logo indo atender vendo Dmitri vestido com uma calça jeans preta e uma camisa social vermelha. O menor abraçou o mesmo, pulando em seu pescoço. Apesar da briga com Yuri, Nickolas ainda estava no local que ele ofereceu para ficar. Não por muito tempo, pois pretendia cortar todo e qualquer vínculo com Yuri. Ele o amava, isso era nítido, porem não ia deixar que ele interferisse na adoção de Kaio. Kaio, era como chamaria seu pequeno. A cerca de um mês o mesmo visitava o bebê, no hospital, onde ele ajnda estava se recuperando de complicações que adquiriu no pouco tempo de vida. Hoje seria a audiência, para saber se ele iria ou não ser o responsável legal pelo garoto.

— Vamos? — chamou Dmitri, tirando Nickolas de seus devaneios.

— Vamos! — ditou, e os dois desceram para o térreo. Assim que sairam, o porteiro do prédio que Nickolas estava morando parou os dois.

— Menino Nickolas, tenho uma carta para você! — ditou o senhor baixinho e gordinho.

— Senhor Makai, na volta eu pego. Irei resolver a minha vida agora. — falou feliz, entrando no carro de Dmitri.

****

— Senhor Nickolas Viana Andrade, se compromete a cuidar e zelar pela segurança do menor ainda não registrado? — perguntou o juiz a Nickolas.

— Sim meritíssimo. Eu me comprometo a cuidar do meu pequeno, nem que precise dar minha vida para isso. — diz, sorrindo.

— Colocarei eles em suas mãos. Não me decepcione. Esta audiência esta encerrada! — ditou a juíza, batendo com o martelo na mesa e saindo da sala. Nickolas eufórico saiu da sala , porém não queria mostrar, a emoção ainda

— E então? — perguntou apreensivo.

— O Kaio. — Nickolas disse, em tom baixo baixando cabeça. Porém logo levantou. — Kaio é oficialmente meu filhooooo. — fala, recebendo um abraço apertando de Dmitri.

— Parabéns Nick. — apertou mais o garoto no abraço, sentindo o seu perfume doce em suas narinas.

— Vamos. Precisamos pegar ele no hospital. — ditou, feliz indo em direção da saída!

******

   Yuri olhava atentamente para a imagem de Nickolas andando na rua. Se incomodou por um leve instante por ele está íntimo demais com Dmitri, mas logo descartou a hipótese de qualquer relação entre eles. Afinal ele havia colocado o mesmo para proteger Nickolas.

   Seu orgulho não fez com que ele voltasse atrás em sua decisão. E agora, sabendo que Nickolas tinha conseguido a guarda do garoto, sabia que se quisesse Nickolas de volta, teria que conquista-lo. Suspirou irritado. Desde a última conversa, quando ouviu Nickolas falar que poderia arrumar outra pessoa, o mesmo mandou alguns de seus homens gravarem o mesmo. Obsessivo? Sim! Não iria deixar ninguém se aproximar de seu garoto. Ninguém!

****

   Nickolas olhava o pequeno Kaio dormir em berço, com as roupinhas vermelhas, que o deixavam mais lindo do que já era.

— Nick? — Dmitri apareceu na porta do quarto.

— Fale baixo. Não esta vendo que ele dormiu. — brigou, o que fez Dmitri rir. Nickolas tinha virado um pai babão em menos de 20 minutos. O tempo que Kaio estava ali.

— Venha aqui em fora. — sussurrou.

— O que quer? — disse fazendo bico, por Dmitri tira-lo de dentro do quarto de seu filho.

******
Um mês antes - Rio de Janeiro, Brasil.

   Bernardo bebia uma taça de champanhe francês em seu escritório. Após receber cerca de 7 milhões de dólares pela venda do próprio filho, o mesmo, apesar de ser um traste, soube investir o dinheiro. Comprou uma microempresa que hoje era uma das fortes do ramo na cidade. Uma pequena furtuna de 200 milhões de dólares. Não se arrependia de ter vendido o próprio filho. Talvez sentisse um pequeno peso na consciência, já que o garoto era única lembrança que os mesmo tinha da falecida mulher. Era como se fosse a versão masculina da mulher. Parecidos em quase tudo, até nos traços pelo corpo.

— Senhor? — ouviu um de seus empregados chamar. — o seu advogado já espera na sala. O mesmo apenas assentiu, deixando a taça e seguindo para o local onde o se advogado estava.

— Os documentos estão prontos! Basta você assinar! — disse o advogado.

*****
Rússia.

— E então, o que diz nesse documento Nick? — Dmitri perguntou, quando Nickolas abriu a pasta.

— Deixe de ser curioso Dimitri. — ralhou Nickolas, fazendo o maior rir.

   Nickolas começou a ler o documento, com atenção até chegar a parte que mais o surpreendeu.

   “Dentro de todos os casos, a base da lei, consideramos Nickolas Viana Andrade herdeiro legítimo da fortuna de mais de 200 milhões deixada pelo seu progenitor, sr Bernardo Viana de Andrade.”

Nickolas? Está tudo bem? — Dmitri perguntou, vendo a maneira que o menor estava.

— Olha isso. — ditou, dando o papel para Dmitri, que começou a ler e não teve reação diferente da de Nickolas.

— Quer dizer que ... — disse surpreso. — seu pai morreu

— Sim! — disse, triste. — Era para eu mata-lo, não essa doença.  — Dmitri sorriu.

— Não sente nada? — pergunta.

— Para ser sincero? Não! Fico feliz que aquele traste me deixou esse dinheiro. Pelo menos isso ele serviu! — ditou, sorrindo.

— E agora, o que você vai fazer? — Dmitri pergunta.

— Vou voltar para o Brasil!...

Perdão por qualquer erro!

Meu Mafioso - (Romance Gay)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora