♡ Capítulo 28 ♡

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D.O. POV

 Já estava cansado de ver o Chanyeol olhando pro celular o tempo todo, ou de ficar andando pela casa toda, ou sentado, tremendo as pernas. Não sei 'pra que essa praga fantasiada de mulher voltou. 

 - Chanyeol, eu juro que se você não sossegar essa bunda magrela, vou pegar a faca que ganhei no meu aniversário e espetar na sua cara - digo, já irritado. Ele me olha e senta.

Bom menino.

 Ele começa a tremer as pernas e eu me levanto, indo em direção à cozinha, mas ele me para.

 - Kyung. Me desculpa. Eu apenas não consigo controlar - Chanyeol me diz - Você acha que gosto de me sentir assim?

 - Não sei, Park. Você diz que não quer mais sofrer mas se eu disser o nome dela só falta sair arco-íris da sua boca - Cuspo as palavras que estavam entaladas - Chanyeol, você precisa dormir um pouco. Passou a noite inteira perambulando pela casa e me perturbando. Esquece ela por um tempo. 

 Ele boceja e me abraça. 

 - O que eu faria sem você? - ele pergunta retoricamente e sobe as escadas.

 Nem eu sei o que faria sem você, seu idiota.

 Baekhyun POV

 - Hey, vocês dois estão contra mim! - Grito para os dois idiotas que estavam rindo da minha cara.

 - Byun, você não sabe jogar sinuca. Apenas aceite - Anni diz.

 - Vou dar na cara de vocês, eu sei jogar sim. Vocês estão roubando. Acham que não sei? - Rebato.

 - Baek, vai comer um pouco, depois posso até te ensinar a jogar - Sehun zoa da minha cara e eu jogo meu chinelo em sua direção.
 
 - Sehunnie, até você está fazendo bullying comigo? - Faço biquinho. Ele vem até a minha pessoa e diz:

 - Sim. 

 Soco seu ombro enquanto ele e Anni riem de mim. Reviro os olhos e pego minha garrafa de água, bebendo um pouco do líquido.

 - Ficar bolado é pior - O dongsaeng diz e se senta.

 - Que tal irmos tomar um café? - Anni sugere.

 - Mas você não gosta de café - Falo enquanto calço meu tênis.

 - Quero apenas dar uma volta - Ela diz.

 - Traduzindo: quero ter a oportunidade de encontrar o Kai - Sehun zomba e ela revira os olhos - Vou apenas pegar minha carteira.

 Ele sai da sala de jogos e me deixa sozinho com a garota, mas não demora a voltar e a nos levar 'pra cafeteria mais próxima da casa dele. Pois, é. O bebê saiu da casa da mamãe e agora vive sozinho. Meu orgulho.

 Fazemos nossos pedidos e nos sentamos numa mesa mais reservada, pra evitar atenção de fãs, o que já é bem complicado.

 - Tá nevando - Comento e os outros dois começam a olhar pela janela.

 - Gosto do tempo assim. Quando eu tinha  14 anos, estava nevando, era uma noite bem fria. Minha mãe fez chocolate quente, me deu marshmallows, nos enrolou em várias cobertas e perguntou se eu queria um cachorrinho, já que eu não tinha amigos. Daí eu disse que queria um amigo pra me perturbar a vida toda. Foi aí que ela pensou em me dar um irmãozinho. Quando meu irmão fez 2 anos, nosso pai foi pros EUA a trabalho, e um ano depois eles se divorciaram - ela nos conta - Na época, eu fiquei com tanto ódio dele que botei fogo em todas as fotos dele que eu tinha. E quando ele foi visitar o Teo, eu não deixei ele entrar em casa. Eu tinha 17 anos. 

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