Quando finalmente chegaram à casa de Jooheon, o ambiente no carro já estava completamente normal novamente. Hoseok e Changkyun tagarelavam sobre alguma série que apenas os dois assistiam, enquanto Kihyun estava ocupado demais em pensar em como seria sua conversa com Jooheon. Ele imaginava que seu melhor amigo o receberia de braços abertos, sem que fosse necessário nenhum discurso de pedido desculpas por sua atitude estúpida, mas, ainda assim, sentia-se ansioso para que toda aquela situação fosse resolvida logo.

Caía uma chuva fina, gelada sobre seus rostos quando deixaram o carro. Como colocar Kihyun na cadeira de rodas exigia certo tempo, Hoseok apenas o pegou no colo e pediu para que Changkyun tirasse a cadeira da mala. Kihyun garantiu que não se importava em ficar um pouco na chuva, esperando por Changkyun, mas Wonho apenas o ignorou, como se tivesse escutado a maior besteira do mundo.

De fato, Kihyun sabia que precisava tomar cuidado com sua saúde, seu sistema imunológico estava melhor, mas ainda não em perfeito estado. No entanto, ainda era difícil pensar que uma chuva poderia lhe causar mais do que um simples resfriado bobo.

Logo Changkyun se juntou aos dois na área coberta, em frente à porta da casa de Jooheon. O mais novo estava completamente molhado, segurando a cadeira de rodas com uma das mãos e a caixa de cupcakes com a outra. Ele estava uma bagunça, os fios escuros espalhados por toda parte do rosto, o uniforme branco encharcado e o corpo dobrado sutilmente para o lado em que ele segurava da cadeira de rodas, onde precisava colocar mais força no braço.

Ao perceber que Kihyun e Hoseok ainda não haviam tocado a campainha, Changkyun fez uma expressão comicamente decepcionada. Em seguida, antes mesmo que ele pudesse choramingar, ele quase tropeçou nos próprios pés quando a cadeira escorregou de sua mão molhada. Os mais velhos trocaram um olhar rápido assim que viram a cena e riram, fazendo com que Changkyun abrisse uma expressão falsamente ofendida.

Não demorou muito então para que Changkyun colocasse a cadeira de rodas no chão, abrindo-a e passando seu casaco no assento, para que Kihyun não sentasse na estrutura úmida pela chuva. Assim que o Hoseok o colocou gentilmente sentado sobre a cadeira, Kihyun tomou coragem e pediu para que um dos dois tocasse a campainha para si, visto que ele ainda não tinha força o suficiente nos dedos para fazê-lo.

Cerca de um minuto se passou e eles não ainda haviam recebido nenhuma resposta do lado de dentro casa. Durante aquele tempo, que pareceu muito maior para Kihyun, o enfermeiro tentou investigar pela fechadura se alguém vinha. Já Changkyun estava atrás da sua cadeira de rodas, as mãos grandes em seus ombros, fazendo uma massagem que quase fez com que Kihyun se esquecesse um pouco do seu nervosismo e ansiedade.

Hoseok estava pronto para tocar a campainha mais uma vez, o dedo estendido em direção ao aparelho quando, repentinamente, eles escutaram um barulho de passos apressados e de chaves balançando de maneira frenética. Jooheon estava finalmente os atendendo. Assim que ele abriu a porta, os três perceberam que ele provavelmente estava dormindo antes. E não puderam deixar de notar que obviamente Jooheon estava de ressaca.

Os olhos cansados, rejeitando qualquer luz vinda do lado de fora de sua casa, as olheiras pela noite mal dormida eram sinais bem claros de sua ressaca. Além disso, a mão repousada de maneira firme em sua testa, revelava que, inutilmente, Jooheon tentava evitar que uma dor de cabeça incômoda persistisse. Outro fator que colaborava para a teoria de que Jooheon estava de ressaca e havia acabado de acordar eram suas vestimentas. Ele estava apenas com uma box preta, regata da mesma cor e meias também pretas. Naquele momento, Jooheon parecia até mesmo mais jovem que Changkyun. O fato de ter uma garrafa de bebida rolando atrás de si fazendo com que ele parecesse um universitário festeiro.

Flores de Inverno ♡ changkiWhere stories live. Discover now