Capítulo Dois - Alex

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O meu sábado tranquilo foi pelos ares assim que uma linda pirralha boca suja resolveu tirar satisfações comigo.

Nossa briga terminou quando Maurício me chamou. Meu irmão sabia que paciência, não era uma das minhas melhores virtudes.  A  pirralha briguenta tinha me afetado de uma forma que eu não conseguia entender.

Sou um cara de trinta anos, com uma vida sexual satisfatória e bem resolvido quando se trata de mulheres que despertam minha atenção.  Ainda tinha Elene, minha ex. Nos separamos de forma consensual, mas trepavámos de forma deliciosa, quando estávamos a fim. Dois adultos, cientes das nossas decisões e escolhas.

Qual era o meu problema? Nunca procurei esse tipo de encrenca e agora eu estou aqui desejando vê-la novamente, incapaz de tira-lá dos meus pensamentos.

A piralha é linda e bem mais nova. Talvez seja isso... Em nenhum momento ela fugiu do desafio, chegou toda altiva e foi colocando o dedo na minha cara e me acusando de quase tê-la matado. A irresponsabilidade tinha sido dela ao nadar pra longe da praia, logo na área aonde pilotavámos jetsky.

Foi divertido assistir sua irritação, seu rosto vermelho de raiva, enquanto meu irmão fugia e me deixava sozinho pra cuidar da sereia maluca que o mar me trouxe. Ainda tinha a amiga tão maluca quanto, mas a sereia era quem tinha roubado toda minha atenção. Enquanto a doidinha balançava o dedo na minha cara, me peguei imaginado formas de cala-lá, imaginei  aquela boca atrevida e deliciosa, silenciada por beijos.

Vislumbrei-a exposta na minha cama enquanto desfazia o laço daquele biquíni.

Porra! O que estava acontecendo comigo?

Adoraria ser aquele a tirar seu biquíni minúsculo do corpo. Memorizei cada curva, cada detalhe da sua silhueta enquanto nosso embate, sobre eu ser um assassino se desenrolava.

Talvez essa nova obsessão me trouxesse complicações, um dos motivos que me fizeram terminar com Elene, mesmo que as vezes o tesão falasse mais alto, foi o fato dela a certa altura tentar controlar meus passos. Não desejava me comprometer e muito menos enfrentar todo estresse que um compromisso traria.

Meu irmão tinha uma namorada, e a forma como ele descrevia o amor, não era nada comparado com o que eu e Elene tínhamos. Foi um relacionamento cheio de paixão, ela é linda, nos damos prazer como poucos. Conheço todas as formas de fazê-la gozar e ela idem.

Muito bem relacionada, dona da agência que fornecia as modelos para nossas campanhas, uma mulher magnífica, mas não para mim. Seus pais e os meus eram amigos, nos aproximamos depois da morte de papai e foi daí, que tudo começou.

Minha mãe mudou, ficou amarga, como se boa parte da mulher incrível que me criou, tivesse ido junto com meu pai, naquele caixão.

Amar e passar pelo dor da perda, pelo sofrimento de viver sem a pessoa que era a razão da sua felicidade e me perder daquela forma. Não quero nunca me imaginar assim.

Fingia muito bem ter superado sua partida e as mudanças que isso trouxe para a vida de três garotos, na época. Na fase que um garoto talvez mais precise, a adolescência, éramos somente eu e meus irmãos, tentando lidar com as mudança e o novo cenário na nossa família. Flávio, meu primo, criado por nossos pais, seus tios, nosso caçula. Seus pais não davam a mínima pro filho, o nosso advogado, nosso orgulho, nunca o vi como outra coisa, se não meu irmão. E ele idem, em relação a nós.

Elene e eu tínhamos um arranjo satisfatório, não era problema para minha namorada, me ver fuder outras mulheres. Quando as cobranças começaram, sentamos e expliquei que nunca tive a intenção de magoa-lá.
Terminamos e ela não se impôs contra.

Amor VendidoWhere stories live. Discover now