DIA 38

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DIA 38


Senti como se todo o meu estomago estivesse se revirando, mas não de uma forma positiva. Abri meu olhos dando de cara com os grandes braços tatuados de Matthew que estavam me envolvendo. Ele dormia profundamente. Acabamos dormindo na sala, a luz do amanhecer estava invadindo todo o ambiente. A lareira que antes estava em chamas, agora estava toda apagada e fria. Senti novamente meu estomago se revirar. Levantei correndo – sem me preocupar se o acordaria – e fui para o banheiro. Fechei a porta atrás de mim antes de me ajoelhar na privada e colocar tudo pra fora. Dei descarga assim que o enjoo passou e fui lavar minha boca quando escutei três batidas na porta.

— Kate? Você está bem? — Matthew perguntou do outro lado, com sua voz ainda sonolenta.

— Sim, só um momento.

Joguei água no meu rosto e olhei meu reflexo. Estava péssima. Notei somente agora que ainda estava usando o meu top de renda e de calcinha, então lembrei da noite quente de ontem. Eu já transei antes, mas com certeza aquilo foi a coisa mais intima que eu já fiz na minha vida, mesmo sem penetração. Matthew tinha razão, eu estava mais confiante e me sentindo mais confortável para fazer qualquer coisa que viesse pela frente. Quando terminei de lavar minha boca e de secar o meu rosto, abri a porta dando de cara com o seu olhar preocupado. Para a minha felicidade, ele ainda estava sem blusa exibindo todo o seu físico perfeito, mas havia colocado uma calça de moletom.

— Você está realmente bem? — arqueou uma sobrancelha, não confiando na minha resposta anterior.

— Não acordei me sentindo muito bem, acho que foram as cervejas e o vinho, não deveria ter misturado. — confessei.

Seu rosto se contorceu.

— Culpa minha, não deveria ter oferecido o vinho.

— Não é culpa sua eu ser fraca pra bebida. — sorri tentando o convencer que estava tudo bem, mas não pareceu funcionar.

— Venha, tenho remédio na cozinha para o estomago, vou pegar pra você. — ele segurou minha mão e me guiou para sua grande cozinha. Olhei para as nossas mãos entrelaçadas e sorri. Sentei no banco da bancada de granito e esperei que ele procurasse o remédio nas prateleiras. Assim que encontrou, ele pegou um pouco de água e jogou o comprimido fervescente no copo. — Aqui está! — colocou o copo em minha mão. Bebi o remédio fazendo algumas caretas, o que proporcionou lindos sorrisos de Matthew.

— Obrigada! Agora eu devo começar a arrotar igual uma porca.

Ele gargalhou.

— Uma porquinha fofa e atraente. — brincou beijando minha testa, ainda rindo.

Revirei os olhos, rindo.

— Agora tudo que eu preciso é de um banho pra me sentir nova.

— Eu vou ir preparando o café da manhã enquanto você toma o seu banho. Você precisa comer. — disse se afastando e indo verificar o que tinha na geladeira.

Pulei do banco e fui pegar minha bolsa que estava jogada pela sala. Levei ela comigo para o banheiro e escolhi a roupa que eu usaria: um short jeans e uma blusa branca caída de um ombro só. Queria ficar confortável e hoje estava muito quente. Liguei o chuveiro entrando nele, deixando que a água me refrescasse e revigorasse o meu corpo. Espero que o meu mal estar chato passe logo, não quero nada atrapalhando esse dia.

Depois da ducha fria, troquei de roupa, escovei os dentes e os meus cabelos, fazendo um rabo de cavalo. Peguei minhas coisas e voltei para sala, sentindo um cheiro delicioso vindo da cozinha.

As Sombras de Finley: IntensoWhere stories live. Discover now