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encostado nos rodopios serenos carregados de maresia, com o toque acolhedor do brilho lunar pintando degradês sobre o mar escuro, enquanto o barquinho boia. por trás dessa parede, meu reflexo turvo se confundindo na água. vai e volta, me desmancha e acaba comigo.

vai depressa, corre para longe. não há maneira, então não consigo acompanhar. vai na frente e não adianta marcar o caminho para mim. meus olhos não olham o chão, se perdem no alto, imensidão azul.

atirar contra o vento, rasgar todo o ar e cair num baque. desflorear cada pétala ressecada e desbotada. eu no topo de um precipício, eu aos pés dele.

desflorear.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora