Capítulo 32

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hELLOOOOOO Malévolas ! Abaixa que lá vem tiro! 

hELLOOOOOO Malévolas ! Abaixa que lá vem tiro! 

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Gabriel

Não trocamos uma palavra no trajeto de vinda para casa. As crianças estavam com o rosto inchado por terem chorado no final da aula. Eu estava furioso e Maria Eduarda simplesmente se fechara, justiçando que não iria discutir nada naquele momento.

— Você saiu tão apressada que deixou a porta aberta de novo! – Rosnei irritado ao perceber que a porta estava entreaberta.

Maria Eduarda era campeã em desatenção. É tão desligada em tudo, que se recusa a usar bolsa porque sabe que vai acabar esquecendo em algum lugar. Já perdeu tantas vezes a chave que decidiu colocá-la em um vaso de flores em frente a porta da frente. Ela andava apenas com um cartão de crédito e o RG dentro da capinha do celular.

— Eu saí na pressa. Eu já pedi desculpas. — Maria Eduarda me responde com rispidez e o fato dela só estar pedindo desculpas da boca para fora me deixa ainda mais irritado.

— Não é questão de desculpa Duda, são prioridades. — Eu a repreendo mas tento me conter porque assim como ela não quero brigar com ela na frente de nossos filhos.

Sou o primeiro a entrar e largo o terno no suporte atrás da porta. Luan e Luana entram logo depois, eles a puxam pela mão e começam a falar ao mesmo tempo.

— A gente com fome. – Luan se abraça as pernas dela a impedindo de caminhar.

— É Mãe, me dá um Nescau. – Luana também a puxa para o lado contrário.

Olhando para os dois, Duda força um sorriso tentando disfarçar a frustração e responde com paciência.

— Tudo bem, mas vão no banheiro lavar as mãos primeiro.

Desabotoo os primeiros botões de minha camisa.

— Fala comigo.

Ela vai para o quarto sem dizer nada e eu a sigo. Fecho a porta e tranco com a chave.

— Isso não pode acontecer de novo, amor.

Ela senta na beirada da cama e não fala nada.

Eu sento ao seu lado.

— Diz que isso não vai acontecer de novo. – Exijo. – Você sabe como é importante estabelecermos uma rotina para eles.

O grito estridente e agudo vem do banheiro. Segundos depois, batidas frenéticas e desesperadas a porta interrompem nossa conversa.

- A loira do banheiro! A loira do banheiro! – Os ouço gritarem em pânico – Pai! Mãe! A loira do banheiro!

Destranco a porta irritado por não conseguir conversar com Maria Eduarda.

Luan e Luana me seguram cada um por uma mão e me puxam aterrorizados.

— Ela está lá. Eu vi. Eu vi. — Luan me alerta aflito enquanto a irmã chora sem parar.

VIP : Liberdade Que Vicia (Degustação)Where stories live. Discover now