C.P - 65 - Infortuna Felicidade

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Mia: Não combina com você. — Limpei uma lágrima do riso e me levantei.

Jayden: Acho que não.

Jayden primeiro olhou meu rosto e depois me olhou de cima a baixo devagar e sorriu.

Mia: O que é? — Sorri de lado. — Estou bonita? Por isso está me olhando? — Brinquei e ele continuou com o sorriso pequeno.

Jayden: Sim. — Meu coração deu uma batida mais forte que as outras e minhas bochechas formigaram.

Mia: Haha, o que houve com você? Sendo um cara tão legal do nada? — Toco sua bochecha e belisco de leve. — Mudou de nome e de personalidade? Lavagem cerebral?

Jayden: Sem lavagem cerebral. — Ele pega minhas duas mãos e as tiram do seu rosto fazendo o clima à nossa volta ficar mais ansioso.

Abaixo a cabeça vendo meu estado.

Jayden: Sabe por que vim até aqui? — Me pergunta, balanço a cabeça negativamente. — Provavelmente não vou voltar para cá. Como você disse.

Ele diz e eu não me surpreendo por que eu já imaginava algo assim. Mas... minhas pernas, ou o meu coração estão tremendo de medo.

Jayden: Foram poucos meses, mas eu me diverti. Mesmo passando raiva, eu me diverti. Foi realmente descontraído ter você lá para aliviar o clima ruim que a casa ficava quando eu estava sozinho.

Mia: ...

Jayden: Visitei a Maila também. Ela já tem dois filhos. São a cara dela pra mim.

Mia: ...

Jayden: Eu vou desaparecer, ou algo assim. Eu não ia te avisar, mas pensei que isso poderia ser legal.

Mia: ...

Jayden: Obrigado. — Sussurrou apertando minhas mãos o que fez que meu nariz ardesse e meu coração também se apertasse e minha barriga explodisse.

Mia: Não foi... nada. — Prendo o choro enquanto limpava a garganta em silêncio.

Jayden: Então Adeus. Espero que tenha uma boa vida.

Essas pequenas palavras me fizeram muito mal, tão mal que eu nem queria mais chorar. Um mal de corroer seu estomago e cinzar seu cérebro.

Aquelas mãos que antes eu sempre desejei que me tocassem estavam levantando o meu queixo cada vez mais pra perto do seu rosto.

Aquela boca semi aberta era meu ponto de parada.

Antes, eu nunca quis na verdade ser algo do Jayden. Tenho quase certeza de que naqueles dias eu só queria alguém pra esquecer o Itan. Ele sim me conquistou. Itan. Eu não sei dizer se está morto ou não nesse mundo, porque não consigo imaginar ele morto. Mas onde ele estiver sei que está bem, e tenho quase certeza de que agora longe do seu pai ele não vai ter que impressionar mais ninguém. Agora ele pode recomeçar, ou pelo menos tentar.

Pensar que o que eu senti por Jayden antes era só para preencher o vazio do Itan faz minha barriga doer. Porque essa é a verdade. Me faz tentar me interrogar de o porquê e se é verdade.

Pode ser que é verdade. Mas isso se refere naqueles dias. Depois disso fui preenchida de vazio e podem apostar. Eu procurei outros "Jaydens" pra me preencher. Esses pequenos amores eram realmente pequenos. Nunca me preenchiam, e eu achava que eu estava apaixonada pelo verdadeiro Jayden.

Achava não, eu já tinha certeza. Só depois de realmente perceber que eu nunca mais iria vê-lo que eu resolvo despertar esses sentimentos. Eu não podia viver amando uma pessoa que eu nunca mais iria ver.

Isso até hoje. A noite que acabou com todos esses pensamentos os mandando pra casa do caralho. O que eu mais quis... o que eu mais queria... o que eu mais procurei. Os motivos dos meus sonhos, das minhas idas na lua, minhas viagens nos pensamentos, meus lábios ficarem secos, o motivo das minhas buscas em outras pessoas porque nunca provei e nunca iria saber como seria. Nunca saberia como é beijar ele.

A cada momento que eu tinha mais certeza em cima de certeza que ele iria me beijar. Um final típico de um romance clichê e depois ele iria sumir e me deixar aqui.

Eu estava em conflito se o beijaria ou não. "Mas você sempre quis isso Mia!"

Eu sei!

Mas e se eu o beijar? E se eu acabar gostando? E se esse beijo me fizer ficar trancada nesse mundo sem ser preenchida ou ficar satisfeita com o beijo de outra pessoa? 

Se eu não aceitar, eu acho que poderei seguir em frente e conseguir um futuro bacana daqui uns anos.

Então entre me prender a alguém que nunca mais vou ver, e ter um momento especial esperado por mim a quase 2 anos e meio, a escolha que menos me fará menos mal será se eu não o beijar e deixá-lo partir pra sempre e eu seguir em frente.

Está decidido. Eu não quero ter que sofrer futuramente.




























Até parece que eu vou passar vontade pelo resto da minha vida por causa desse homem. 

Não vou mesmo.

Deixo sua mão me guiar diretamente para minha infortuna felicidade.

Seu beijo.


➥ Continua

O Filho Do Meu Chefe [CONCLUÍDA]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora