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Suspiro, mexendo-me novamente. Os nervos voltaram em força e estão a levar-me à loucura.

"Não estás confortável?" O idiota sorri sem tirar os olhos da estrada.

"Não. Estou a ficar enjoada." Minto, encolhendo os ombros.

"Aguenta-te, querida."

Reviro os olhos. Ele gajo precisa seriamente de ajuda.

"Não revires os olhos, vadia. Lembra-te," A sua mão agarra o meu queixo com força, forçando-me a encará-lo. "Estás no meu carro."

Estremeço com o seu toque. Mordo a língua com demasiada força, apenas para não refilar em relação ao que acabou de me chamar.

Viro a cara para o exterior novamente. Eu só queria estar no calor da minha casa de onde nunca devia ter saído em primeiro lugar.

Depois de um bom bocado, chegamos à que penso ser a sua casa. O grande portão diante de nós abre, revelando uma casa demasiado bonita para alguém com o seu estilo de vida.

Endireito-me, esperando pelo que vem a seguir.

Não posso dizer que estou desapontada com esta noite. De todas as coisas que podia ter visto desde de pessoas em coma alcoólico, a pessoas que praticamente se comem na pista de dança, vi algo que tira as palavras a qualquer pessoa. Assisti a um assassinato.

A minha vida sempre pareceu uma novela mas agora ganhou alguma ação.

Sempre fui uma rapariga relativamente calma, na escola esforço-me apesar do meu interesse ser quase nulo, fiz as minhas asneiras mas nada que não seja remendável. Nada que me faça merecer o que está a acontecer comigo neste momento.

Agora, aqui estou eu, não só no carro de um assassino mas também na sua casa.

Devo ter viajado no tempo porque quando volto à realidade, a porta do meu lado abre-se e quase caio do carro.

"Que engraçado." Rosno ouvindo os seus risinhos.

Ele disse que não vou morrer mas quem me garante que está a dizer a verdade? Eu vi-o matar alguém, o que significa que testemunhei um assassinato. Não estou a pensar em sequer pensar nesse momento novamente mas ele não sabe disso e tenho a certeza de que não confia em mim.

"Vens ou vou ter que te arrastar para dentro?"

"Ah?" Arregalo os olhos.

Ele balança a cabeça. Agarrando o meu braço, puxa-me para dentro antes de fechar a porta atrás de nós.

"Segue-me." Ordena apontando para as escadas.

Assim o faço.

Subo as escadas com o olhar baixo. Não quero chamar a atenção de ninguém com quem podemos cruzar-nos.

"Que horas são?"

"Um quarto para as duas. Porquê?" Ele entra num quarto que penso ser o seu.

Faço uma careta para mim mesma.

Estou tão morta quando meter um pé em casa. Isto é, se sobreviver.

"Por nada."

Olho à minha volta para o quarto enorme e com uma boa decoração.

"Gostas?"

"Não posso dizer que não estou surpreendida com o bom gosto."

"Não te acostumes. Vais embora em breve. Eu só tenho que tratar de umas coisas e depois podes ir embora."

Balanço a cabeça afirmativamente.

De repente, a porta do seu quarto abre-se revelando uma rapariga alta, com cabelos escuros e olhos azuis brilhantes.

Danger Where stories live. Discover now