Capítulo 2

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Horas depois, Maria ouvia o ronco da moto de Aslan na rua, correu para a janela e o viu sair

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Horas depois, Maria ouvia o ronco da moto de Aslan na rua, correu para a janela e o viu sair. Também gostaria de ter amigas bem animadas para se divertir - lamentou. - A ideia de Pinar veio em sua mente, ela insinuou que Aslan poderia ter uma amante. A ideia de ver alguém beijando os lábios dele lhe causava uma dor profunda na alma. E se Aslan se apaixonasse? Não, isso não poderia acontecer ou ela nunca teria chance com ele.

Maria deitou-se em sua cama tentando dormir, mas algumas horas se passaram e apenas conseguiu alguns cochilos rápidos. Desistiu e desceu as escadas desanimada, foi para o jardim por trás da casa.

A ponte do Bósforo estava linda, ainda com as luzes fortes do réveillon. O ano letivo já iria começar, mas Istambul ainda sentia-se em plena festa de início de ano. Olhou para casa em que morava desde os dois anos de idade.

Depois que seu bisavó morreu, eles se mudaram para lá. Como patriarca, seu pai achou melhor ficar na casa que foi do avô depois que seus tios Ozan e Meli se mudaram para a casa que foi dos pais de Meli que agora viviam na França. Seus avôs retornaram do Brasil para Ortakoy, viviam muito bem e felizes, ela adorava passar horas na companhia deles.

Também amava seus avós por parte de pai, vovó Diden sempre dava um jeito de fazê-la ficar mais vaidosa, lhe presenteava com maquiagens, perfumes e joias que ela só usava na presença dela para agradá-la e seu avô Gokse sempre contava sobre sua vida militar, e diferente do seu pai, sempre tentava lhe passar ensinamentos muito machistas, mas ela não se importava, entendia que era difícil para os mais velhos se desprender dos costumes de sua época, sempre o ouvia e concordava para evitar aborrecimentos a ele.

Pinar agia do mesmo jeito e, quando elas se juntavam, ele fazia a festa com seus relatos. Era uma pena que Pinar morasse tão longe, sua tia Derya vivia com a família na Capadócia onde seu tio Teo era coronel em um regimento e ela major, a primeira da família. Achava linda a careira militar, mas não tinha tanta coragem como a tia, preferia algo mais sólido.

Escolheu Gestão Marítima-Portuária para cursar, sabia que teria uma longa jornada pela frente, mas estava decidida. Cresceu vendo os navios cruzarem o Bósforo e para ela não havia nada mais encantador do que a vida em alto mar. Viajar pelo mudo inteiro a bordo de um transatlântico era um sonho.

Aslan, havia entrado em uma disputa entre seu pai e seu tio, Murat queria que ele cursasse Medicina enquanto seu tio Ozan queria que ele fizesse Ciência da Computação, mas Aslan decidiu por si mesmo e cursava o último ano de Engenharia Mecânica, era um ótimo aluno, nunca o viu reclamar dos estudos e sempre era recompensando com um presente quando alcançava boas notas.

A Harley-Davidson que ele vivia desfilando pela ruas de Istambul, foi um presente do patriarca no fim do último semestre, a viagem a paradisíaca Punta Cana, do pai, em outro, e assim, a cada seis meses, Aslan se superava nas notas. Imaginava o que ela ganharia se também tivesse notas excelentes, pediria um cruzeiro pelas Ilhas Canárias ou um conversível.

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