Introdução

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Acordando ao som do despertador, Mike se levanta para começar seu dia. Ele calça seus chinelos de coelhinho (o pé esquerdo branco e o pé direito preto) e anda para o outro lado do seu quarto, desligar o despertador. Já a caminho do banheiro, ele se depara com uma folha que deveria estar dentro de seu comôdo e repara que a folha é de um desenho que ele tinha feito a um tempo atrás. Seguindo o caminho ao banheiro, encontrou outro papel que lhe pertence. Ele olhou para trás e viu sua irmã o encarando na porta do quarto. Assim que ela nota que ele a observava, ela reagiu entrando de volta pela mesma porta aberta, agora fechada e trancada por duas travas e dois cadeados. Mike dá meia-volta para guardar os desenhos e foi ao banheiro. Lá, mesmo de porta fechada, era possível sentir a presença de sua gêmea, tentando interpretar os sons e ruídos que ecoavam pelo banheiro, tentando decubrir inde ele estava e o que estava fazendo. Mike decidiu ficar quieto por uns segundos, e isso foi o suficiente para que ela se afastasse. Continuando o que ele tinha de fazer, o rapaz escovou seus dentes, lavou o rosto e tirou sua roupa para tomar um banho. Ensaboou o corpo todo, lavou o cabelo, e exaguou tudo. De toalha ele sai do banheiro e se depara com sua irmã no meio do corredor. Ela estava de costas, por isso não notou a presença do irmão 3 minutos mais velho. Ela estava desenhando um móvel que tem um vaso no topo, e no vaso flores púrpuras com detalhes amarelos-vivos, além do caule marrom claro, que nem chegava a poder ser declarado por alguém de castanho. Ele tinha de passar pelo corredor para chegar ao seu quarto e se vestir própriamente. Assim ele continuou andando, até que ela finalmente persebeu sua existência no corredor, ficou corada pois não tinha para onde ir, já que ele estava bloqueando a passagem para o quarto que a pertence. Então ela apenas se esquivou e ficou com as costas coladas na parede, para que Mike passasse. Assim que viu essa possibilidade ele deu continuidade ao seu percurso. Dentro, Mike vestiu uma cueca box, uma calça preta que fica justa em suas pernas, uma camisa branca e um boné também preto. Calçou um sapato baixo, preto e de tecido, com bordas de borracha branca, que ele sempre lava de forma perfeita. Assim que terminou de se vestir, andou até o corredor, já que ele tinha de avisar sua irmã que vai sair. Chegando no meio do corredor (de novo) ele a acha desenhando sua própria mão. Ele perguntou e ela gostaria de sair de casa com ele. Ela nunca sai de casa, então responde não. Ele desce as escadas e passa pela cozinha, depois a sala-de-estar e destrancou a porta de entrada para a casa. Trancando de novo, ele estava do lado de fora. Mike sempre se sentia isolado e solitário quando ficava do lado de fora da sua residência. Talvez por que não tinha um círculo social que não se baseasse na sua gêmea. Havia anos que seus pais não falavam com eles. Provavelmente estão mortos, por conta da velhice, mas ele não pensava assim. Ele sempre achou que seus "criadores" abandonaram seus filhos por que não suportavam eles. A parte de não suportar os filhos Mike ainda não entende. Mia e Mike nunca fora de fazer agunça quando crianças, os dois nunca rabiscaram as paredes, jamais choravam ou sequer faziam birra. Nunca. Talvez fosse por isso mesmo, eles não seriam crianças normais. Mas agora já nao eram mais crianças, são jovens-adultos com maturidade e responsabilidades. Pelo menos Mike, é o único que trabalha, assim sustenta Mia, comprando comida, pagando contas... Ela não precisa de muito pra se divertir, alguns papeis e duas canetas estava de ótimo tamanho para uma desenhista nata. Além do mais, Mia quase nunca come. Mike andou pela rua até chegar na esquina. Lá ele olha para sua direita e vê um orfanato abandonado. Ele e sua irmã viveram ali quando seus pais os abandonaram com apenas nove anos. Ele sabe que eles tiveram seus motivos, mas ele jamais os perdoará pelo o que aconteceu depois. Mike seguiu seu caminho e chegou a uma parada de ônibus, onde sentou num banquinho de madeira, sendo protegido por um teto de plástico opaco branco, onde podia ver várias pichações. Esperou algum tempo, e enfim chegou o ônibus que ele tinha de pegar. O rapaz entrou no veículo que logo deu continuidade ao seu trageto. Enquanto ele não chegava em seu destino, Mike pegou seu celular e ficou escutando música clássica, que o ajudava a se acalmar. Quando o ônibus se aproximou da parada onde ele vai descer, Mike deu o sinal para que o motorista pare. Descendo, ele se dá de cara com um restaurante em que ele sempre dá uma pausa no "cargo de chef da casa". Ele passou direto pelo estabelecimento gastronômico e seguiu reto para um pequeno imóvel que ele havia comprado a um tempo. Lá funciona a galeria de arte de Mike, que coloca seus desenhos e pinturas (que ele raramente faz) em exposição. Ele gosta de abrir somente às sete da manhã em ponto, mas hoje ele fez uma exceção, pois é nesse dia que foi marcado um encontro com homem que trabalha na indústria de mídia, Paul. O rapaz espera pacientemente pela visita especial do dia. Quando ele entra na sua galeria, já uma hora mais cedo que o normal, pessoas que normalmente o veem entrando para trabalhar e ficam animadas para entrar e admirar seu trabalho. Em poucos minutos o estabelescimento tinha pelo menos trinta pessoas dentro de um espaço de 20m². Assim muitos elogiam Mike pelo bom trabalho, que ele tinha um dom excepcional e que ele deveria por mais projetos para vender. Mike pensou "Quem sabe mais tarde, eu tenho minha vida toda para fazer isso. E se não tiver, que pena...", e ele sabia que não se importava de não conceguir realizar um sonho. Ele já passou por isso antes, não tinha como piorar. Ou será que tem? Exatamente seis e meia Paul estava lá para falar sobre uma propaganda que o artista queria fazer, para amentar a popularidade do negócio. Ele já começou falando do preço que iria custar essa tal propaganda. Mike já esperava um preço alto, e ele tem o dinheiro para pagar (tem muito mais do que o suficiente) e que o rapaz teria de pagar caso quisese sua galeria passando na TV.

 Depois de uma longa conversa que só terminou às oito em ponto, Mike e Paul tinham um contrato feito e que o comercial passaria nos canais não pagos e nos pagos, masi ou menos no horário de almoço. Feliz com o novo feito, ligou para sua irmã contar a boa notícia e ela também ficou feliz por seu irmão, além de perguntar se ele voltava para casa na hora de sempre ou se le iria dormir fora de casa. Mike disse que voltava mais cedo para a residência deles, talvez às quatorze ou quinse horas.

 Depois de apresentar cada trabalho e conversar com várias pessoas, ele vai para casa e chega no tempo que ele previu. Destranca a porta e entra pela entrada da residência, passa pela sala-de-estar, anda pela cozinha, sobe às escadas, e vê sua irmã sentada no final do corredor, desenhando algo no seu caderno da capa preta. Ele sabia que se ela estava fazendo algo no caderno preto, era um desenho macábro e psicótico. Era melhor deixa-la desenhar e não falar, pois quando ela fazia aquele tipo de desenho ela ficava irritada e violenta. Ele continuou o caminho até seu quarto, onde tirou todas as peças de roupa, ficando apenas de cueca. Se jogando na cama, dormiu antes de poder falar com Mia ou fazer seu jantar. Conhecendo ela, ele sabia que ela vai passar fome dese jeito.

 Terminando o desenho, Mia vê sua mais nova obra: o rosto de um homem mau, que fez mal à ela e seu irmão, e que não vive mais. Não em liberdade. Depois de terminar seu trabalho Mia foi dormir sem comer.

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⏰ Last updated: Mar 03, 2019 ⏰

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Irmãos M.Where stories live. Discover now