Um quase jornal

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No capítulo anterior:

Até encontrarmos uma banca de jornal já antiga, um senhor idoso despachava uma adolescente que comprava uma revista de famosos quando Isabella perguntou se podíamos ir até lá olhar os jornais exposto. Ela nunca havia visto algo assim, disse pra mim enquanto curiosamente olhava o local.

Estava bem mais interessado em Isabella quando se por força do destino meus olhos identificaram outro par de olhos violeta bem conhecidos. Estes emoldurando um rosto de uma criança. Um rosto de uma menina.

[...]

O jornal era bem antigo mais muito bem conservado mostrando claramente a imagem de uma menina pequena sorrindo nos braços de um homem alto que estava ao lado de uma mulher loira.

O homem possuía os incríveis olhos violeta e o cabelo preto brilhante de Isabella. A aparência assustadoramente semelhante dos dois me fizeram recuar.

Olhei para Isabella e ela estava observando alguns livros sobre plantas bastante concentrada. Aproveitei a oportunidade e fui falar com o senhor dono da banca.

-No que posso ajudar?-assim que me aproximei o senhor com olhos sábios perguntou.

-Quanto custa esse jornal?-apontei para a imagem que momentos antes eu observava.

-Este não estar a venda. Faz parte de uma coleção particular.

Óbvio. O mundo capitalista só funciona com dinheiro na palma da mão. Peguei minha carteira tirando algumas notas.

-Ofereço Mil apenas por uma cópia.-os olhos dele brilharam... Irritados.

-Já disse. Não estar a venda. Nem o orignal e nem qualquer cópia.

Esse cara está tirando minha paciência. Que mal há em penas ceder uma cópia?

-Por favor, preciso lê esse jornal.- falei humildemente ainda que por dentro estivesse quase fervendo. Sim, eu sempre consigo o que quero.

-NÃO, estar a venda.-disse, o petulante.

-Edward?-virei para Isabella maravilhado. Era tão malditamente bonito a forma que meu nome ficava em sua voz.-Esta tudo bem?

-Sim, esta tudo bem Isabella.-ela voltou a observar os livros.

-Isabella?-o senhor perguntou sussurrando, agora olhando para a imagem da criança e provavelmente comparando-a com Isabella. Notando as semelhanças.

-Sim.-afirmei sério. O senhor continuou olhando por alguns minutos, talvez três e começou a se mover determinado. Pegou o bendito jornal e o embalou e sem pronunciar uma palavra me entregou.

O quê? Ele me disse que não estava a venda.

-O senhor me disse que não estava a venda.-o lembrei.

-Por isso que estou lhe dando.- ele disse como se fosse uma atitude perfeitamente normal. Lógico que não vou reclamar, eu queria o jornal e agora o tenho.

-Acho que já podemos voltar. O tempo esta mudando.-Isabella se aproximou de mim estudando o céu. O tempo estava realmente mudando. Assentiu e voltamos para o carro. Assim que chegamos no meu apartamento a chuva fina começou acompanhada de trovões e pequenos relâmpagos.

Isabella correu para o quarto e eu fui até o meu quarto. Não posso mentir, a ansiedade estava me corroendo. Eu necessito saber mais sobre Isabella, e este jornal é a chance perfeita pra isso.

Tirei o sapato e a camisa, usei o banheiro e tomei algumas aspirinas. A dor estava incomodando e a ingestão de remédios estava me deixando com muito sono.

Me arrastei para a cama e fechei os olhos. Eu queria lê o jornal, mas estava tão cansado que apenas dormi.

[...]

Acordei no outro dia com a claridade quase me deixando cego e o som irritante da companhia. Sério, eu preciso tirar essa campanhia do meu apartamento, não existe barulho mais irritante. Levantei passando a mão no rosto impaciente e olhei o relógio. Essa é hora pra visitar alguém?

Caminhei devagar sentindo que o remédio já tinha feito o efeito, pararam de tocar a campanhia assim que passei pela a porta do meu quarto.

-O que você esta fazendo na casa do meu marido.-ouvi Ângela perguntar e apressei os passos. O que a louca da minha ex mulher estava fazendo aqui?

-Marido?-Isabella praticamente sussurrou. Porra, porra, porra isso não pode estar acontencendo.

-Sim, isso mesmo, marido. EDWARD.-a doida gritou meu nome.-Estou com a primeira ultrassom do nosso filho.

-Filho?-Isabella novamente quase sussurrou. E então cheguei na sala. Ângela estava perto do sofá jogando a bolsa dela em cima da poltrona enquanto Isabella continuava parada na porta. Assim que eu a vi, com os olhos violeta derretido em lágrimas meu coração sufucou.

-Isso é verdade?-Isabella perguntou. E por mais que eu quisesse negar, eu não podia. Eu já havia omitido, não poderia menti. E então eu assenti.

-Mas não é o que...-ela não me ouviu e saiu correndo de dentro do apartamento, um soluço atormentado saia de seus lábios enquanto ela corria. Meu primeiro instinto foi sair correndo atrás dela. Entretanto assim que dei uma passada atrás dela senti alguém impedir.

Olhei para a mão que segurou meu braço e segui olhando para o rosto da minha ex esposa. Um sorriso maldoso estava estampado em sua cara.

-Bem que a vadia da sua boate estava certa. Você realmente esta atrás de uma puta, espero ter impedido qualquer romancezinho de quinta de vocês.-ela falou e então gargalhou soltando meu braço e pegando a bolsa dela. Ela saiu ainda gargalhando. Me perguntei onde estava a doce Ângela.

Saí de meu estupor e corri para as escadas. Eu sabia que o elevador seria bem mais rápido mas não entraria em um cubículo com a cascavel da minha ex esposa. Eu só não ligo para meu advogado agora, ou daqui a pouco e tiro cada centavo e todas as amadas bolsas de grifes dela porque há uma possibilidade ainda que pequena dela esta grávida do meu filho. E eu quero que ela tenha uma gravidez saudável.

Assim que avistei as grandes portas de vidro, corri com a esperança de encontrar Isabella e concertar esse estrago que Ângela fez. Seguindo meu coração corri até um parque infantil que havia ali perto e observei Isabella sentado em um banco com as mãos cobrindo o rosto. Seu pequeno corpo balançava com seus soluços. Bem devagar me aproximei e a abracei.

-Não é o que você esta pensando.-falei enterrando meu rosto no cabelo dela.-Estou me divorciando dela e ainda tenho que fazer uma exame de DNA para confirmar se sou realmente o pai da criança que ela está esperando.

Fiquei sentindo o cheiro gostoso do cabelo dela até que os soluços dela foram passando. Ela me abraçou e encostou o rosto no meu peito. Um som de trovão e então pequenas gotas de água começou a cair sobre nós. Nós não nos movemos.

Compartilhamos o silêncio entre nós, e ficamos presos em nossos pensamentos. E então aconteceu, Isabella se afastou e me olhando nos olhos pegou minhas duas mãos. Ela as beijou e voltou a me encarar. E então muito devagar aproximou seu rosto do meu e prendi minha respiração para não assusta-la.

Assim que nossas bocas estavam a centimetros de distância a chuva aumentou e senti os lábios macios de Isabella tocando os meus.

Assim que nossas bocas estavam a centimetros de distância a chuva aumentou e senti os lábios macios de Isabella tocando os meus

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