Chapter V - The One Where Eddie Moves In

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  (Tirado do episódio 17 da 2ª temporada)  

Eu ainda estava triste com a partida do Joey, mas vida que segue, certo? Eu devo concordar com o que ele havia dito sobre não sermos o Ênio e Beto. Não iríamos viver juntos para sempre, mas, claro, devido ao que eu sentia por ele, não queria que isso acontecesse. O pessoal foram o visitar. Eu não. Eu preferi ficar no meu canto. Eu estava chateado e triste com sua partida. Não estava a fim de ir ao seu novo lugar. Pra quê? Eu já conhecia mesmo! Eu não sou orgulhoso. Fico com orgulho em algum momento ou outro, como foi nesse caso. Apesar que a saudade que eu sentia dele me corroía por dentro.

"Então, o que vocês dizem, meninos? Devo ligar para ele?", perguntava e apertava a orelha de uma das minhas pantufas de cachorro que late. "Bem, é o que dizem. Faça uma pergunta às suas pantufas... você está ficando louco!"

Eu decidi ligar para ele, eu precisava. Não era pelo motivo que ele foi embora que eu deveria desfazer da amizade do Joey e muito menos por causa do meu sentimento. Sei o quanto ele se importa comigo e o quanto ele gosta de mim também. E se de alguma maneira eu agisse estranhamente com ele, que eu não iria e nem devo, ele não iria saber o porquê. Disquei o seu novo número e em seguida ele atendeu.

"Alô?"

"Ei!", cumprimentei.

"Ei!", respondeu Joey com um tom mais feliz, por eu estar ligando.

"Desculpe não ter ido, hoje."

"Tudo bem, você tinha algo aí."

"Soube que o apê está o máximo", falei.

"Eu estou adorando", respondeu. "Como está o apê?"

"Ótimo", menti, pois estava horrível sem ele. "Digo, agora tem muito espaço... festas!"

"Legal!"

"Bom, eu só liguei para dizer 'oi', falei já para me despedir.

"Então, está bem!"

O meu temporizador de forno bateu o ponto e o Joey ouviu pelo telefone. Ele perguntou se era o temporizador, eu respondi que sim. Era a hora do Baywatch, programa que veio se tornar um dos meus favoritos graças ao Joey, logo quando ele veio morar comigo. Então ambos empolgados fomos assistir e conversar sobre o programa pelo telefone. Tivemos ótima conversa enquanto assistíamos. Parecia que estávamos juntos como sempre, mas, infelizmente, não. O programa acabou, nossa conversa também e nos despedimos. Me fez bem em falar com ele naquele final de tarde, sabe? No dia seguinte Ross e Rachel foram falar comigo sobre o Joey. Eu tinha esperanças de que ele poderia voltar, mas Ross e Rachel tiraram isso de mim. O grupo também não fazia ideia do que eu estava sentindo pelo Joey, que a minha tristeza seria em dobro como amigo e como o amigo que gosta do amigo.

"Ele não muda de volta de maneira alguma", disse Ross.

"Tivemos uma conversa superlegal ontem à noite", falei com esperanças. "Foi como... quando começamos a morar juntos."

"Sei que não quer ouvir isso, mas vimos Joey no apê novo", continuou Ross. "Ele está feliz, está decorado."

"Ele superou o trauma, você também precisa fazer isso", disse Rachel.

"Tem que aceitar o fato de que são apenas amigos. Não são mais... colegas de quarto", disse Ross.

Eu já estava certo de que não haveria mais volta do Joey após a minha conversa com Ross e Rachel. Eu me sentia só naquele apartamento. Queria uma companhia. Acima de tudo queria o Joey, mas não poderia tê-lo mais comigo. Então, por obra do destino, eu acabei conhecendo o Eddie no mercado e ele veio a se tornar meu novo colega de quarto. Por uma parte seria bom. Isso acabaria com a minha solidão. Teria alguém para me distrair quando eu não estivesse com os meus amigos por perto. Na manhã seguinte, estava eu sentado no balcão da cozinha jogando uma bola de tênis contra a porta. Até que Joey entra e pega a bola que vai em sua direção.

Chandler Bing: Meu colega de quartoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora