Epílogo

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• passados 5 anos •

A vida nem sempre é o que se sonha, nem corre como se quer mas na vida de Carolina e Marco, a vida tinha-lhes dado uma valente lição.

Tudo estava bem com a gravidez há quatro anos, duas meninas, era algo que eles sabiam que lhes ia dar água pela barba, quatro crianças em casa era muito mas eles estavam felizes.

Estavam ... até que um dia chegam à consulta e o médico diz que uma das bebés desapareceu, podia ser "algo normal" como o médico dizia ao longe na cabeça de Carolina que se concentrava nas palavras que tinha ouvido e não no que a sua própria razão dizia.

Foram tempos difíceis, Carolina não saia de casa e mesmo a sua relação com Marco perdeu toda a cor mas quando a primeira contração veio, ao fim de quase três meses, Carolina percebeu que naquele momento não podia pensar na filha que tinha perdido, mas sim na que estava prestes a nascer, Maria.

# flashback on #

Marco não sabia mais o que havia de fazer para poder pôr um sorriso na cara da mulher que tanto amava e sentia que estava a perdê-la a cada dia que passava. Ela só estava de corpo presente pq a sua alma foi levada no dia em que o médico disse que tinham perdido uma das bebés.

Estava a fazer o pequeno-almoço para os gémeos, que para além de gostarem bastante de papa com 1 ano e meio, já comiam como gente grande.

Foi um grito da sua amada que o fez parar tudo o que estava a fazer, sendo auxiliado por Madalena, a empregada que tinham contratado para as lides da casa.

Correu o máximo que pôde para o quarto e quando viu uma poça aos pés da mulher, soube que a princesa vinha aí. A gravidez era de risco e por isso mesmo, o estado de espírito de Carolina podia ditar muito de como o parto seria.

"Temos que ir para os hospital" disse serenamente

Ele sorriu mesmo que a razão dissesse para a acalmar, naquele momento sentiu que era o que necessitava de fazer.

Pegou na mala da pequena e na mala da mãe e ajudou-a a entrar no carro e partiu.

No caminho só se ouvia a respiração ofegante de Carolina que tentava combater as dores das contrações e as palavras de conforto que Marco dizia sem tirar os olhos da estrada.

Quando chegaram, logo duas enfermeiras vieram buscar Carolina e a meteram numa maca.

"Obrigada" disse ela fazendo Marco olhar para ela que se apresentava com um sorriso enquanto uma contração não se fez sentir

Era a primeira vez que ela sorria em dois meses, sentia que esta bebé poderia ser a corda no final do poço em que ela se encontrava, corda essa que Marco iria agarrar com toda a força para a trazer para si novamente.

As duas horas seguintes foram entre nervosismo e muitos conselhos dados por toda a gente, naquele momento sentia que toda a gente percebia de nascimentos, toda a gente menos ele, que era o pai.

Quando uma enfermeira veio perguntar se ele queria assistir ao parto, a resposta foi dada pelo corpo que logo se dirigiu à enfermeira, que com um sorriso o acompanhou até à sala de partos de modo a vesti-lo para que ele pudesse ajudar a mulher naquele momento.

"Amor ..." sorriu e Carolina sorriu também, estava exausta

"Obrigada por estares aqui"

"Onde é que eu poderia mais estar?!" sorriu e deu-lhe um beijo na testa "Tu consegues"

"Eu sei que sim, obrigada por não me abandonares" chorava já naquele momento

"Não" sorriu "Agora é hora de sermos felizes, vamos trazer a nossa princesa ao mundo, juntos" agarrou a mão dela

I love you since i've met you | 2º temporada de "Together, Forever" ✔️Where stories live. Discover now