_Um pouco. Fico feliz que tenha gostado. Foi ideia do seu marido.--Diz evitando olhar para Dante que está o encarando como o desafiasse a dizer o contrário ou mais do que o necessário. Reviro os olhos.

_Gostei bastante. Vocês me surpreenderam mesmo. Não esperava algo tão lindo assim...Como fizeram isso?

Eu realmente estou curiosa pra saber eles fizeram essas luzinhas ficarem tão organizadas no ambiente. E aquelas letras? Como fizeram? Sinto braços fortes ao meu redor.

_Querida, deixe isso para amanhã. Vem, ainda tem mais uma coisa que preciso te mostrar.--Me arrepio inteira com o tom baixo e rouco da sua voz de barítono bem pertinho do meu ouvido. Estou hipersensível ultimamente.

_Tá bem.

Agradeço a todos pela surpresa e deixo Dante me levar de volta para dentro de casa. Acho que nunca vou me acostumar com o tamanho dessa propriedade. É enormemente grande.
Paramos na primeira sala, a de visitas, onde há inúmeras sacolas de papel colorido postas em cima da mesa e do sofa, até no chão há sacolas grandes.

_Que isso? Acho que alguém estourou o limite de um cartão de crédito...de quem é isso?

Pergunto tentando contar o número de sacolas. Ouço a risada baixa dele.

_Não estorei não, é ilimitado. E são do Drew.--Diz e tom de risos. Fico boquiaberta. Não acredito nisso! Esse louco! Passado o susto e a estupefação me viro pra ele que está parada de braços cruzados sobre o peito e um sorriso bobo nos lábios. Toda a minha irritação se esvai. Fico indecisa, devo brigar com ele por ser um exagerado superexcitado com a novidade de que será pai e que não sabe controlar a euforia ou apenas aceito e relevo esse fato?--Você tem que ver o que eu comprei.--Diz passando por mim e indo até as sacolas não antes de me dar um beijo rápido. O sigo.--No começo eu só iria ver mais de perto a roupa incrivelmente pequena que eu vi em uma vitrine no centro, mas acabei entrando e não resisti. Comprei tudo que achei para meninos. Olha isso, baby.

Dante, revirar algumas sacolas, ergue um macacãozinho lindo azul e cinza cheio de dezenhos pequeninos e fofos. Foi impossível não soltar um:

_Own!

Imaginei meu bebê nele e chorei. Me sentei no sofá enquanto ele me mostrava o que havia comprado. Nunca o tinha visto tão excitado no que se referia ao bebê. Ele descrevia o que era cada coisa e para quê servia do jeito que a vendedora da loja disse. A empolgação nele era evidente. Hil chegou e se juntou a nós, por mais que tenha sido uma atitude precipitada, pois não sabemos se é realmente menino, e exagerada fiquei completamente encantada com tudo. Dante está se superando a cada dia. Sempre me mostra um lado dele que eu ainda não conheço. Sempre uma novidade.
Em suma, é viciante desvendá-lo. Instigante e gratificante, embora as vezes seja perigoso.

Ficamos vendo o que o pai do meu bebê comprou pra ele, até que fiquei cansada e com fome. Mas fome de salgado...muita vontade de comer uma coxinha gigante de queijo mussarela...minha boca enche d'água.

E por pensar em salgado me lembro da ligação inesperada de Jonas hoje mais cedo.

_O que foi, meu amor? Está se sentindo mal?

Dante pergunta já todo preocupado atraindo a atenção de Hil. Ótimo, agora são dois preocupados. Nego com a cabeça apertando sua mão que está em minha coxa direita.

_Não, eu só estou com muita vontade de comer um salgado de queijo...muita vontade mesmo.--Digo salivando. Meu corpo formiga de vontade. Quero me coçar. Ele me analisa enquanto pensa. Hil fala.

_Poxa, você falando agora também me deu vontade. Faz tempo que não como um...

_Eu também, a última vez foi lá na...--Paro antes de terminar. Merda, não posso lembrá-lo disso. Não hoje! Mas já é tarde demais, Dante estreita os olhos que estão fixados em mim fazendo aquele sutil escrutínio.--Lá onde eu morava antes de conhecer você, amor.--Uso de apelido carinhoso para ver se tiro seu foco. Consigo. Eu quase nunca o chamo assim, mas sei que ele gosta bastante quando chamo. Não ouso desviar o olhar. Depois de segundos que me pareceram horas ele fala.

Dante : A história de um assassino (CONCLUÍDO)Where stories live. Discover now