Hannah

Conversas

Me encontrei com James num restaurante, o dia estava lindo, ele estava olhando a rua admirado. 

- Eu sempre amei a liberdade. - Ele passou a observar tudo ao redor atentamente. - Sempre sonhei poder ser um homem normal..fazer essas porras normais e até ter problemas normais. 

- Eu sinto muito James. 

-Não, você não sente. -Ele olhou serio. - Emanuel matou o seu pai. 

Eu o encarei séria, respirando fundo. 

- Me conte o motivo. 

- Ciume, Emanuel era louco, fudidamente apaixonado por Agnes. O maior sonho dele era unir a Mafia Cortez a Mafia Escocesa. Mas, a sua mãe nunca deu um pingo de esperança a ele. Gideon também não gostava de Emanuel, nunca concordou com o trafico de mulheres, escravidão...essas coisas. Seu avô era um homem bom, apesar de tudo. Ninguém merecia ter morrido daquele jeito. 

- O que aconteceu James?

Acho que eu nunca fiquei tão seria na vida. 

-Invadiram a mansão, Gideon e sua avó Liz, foram os primeiros a serem mortos, um tiro na cabeça de cada um. Você tinha um tio, Anton, ele nunca foi encontrado. Mas a esposa e filhos dele também foram mortos com um tiro na cabeça. Sua mãe foi estrupada e torturada. - James fechou os olhos, claramente irritado. - E o meu grande amigo provavelmente assistiu a tudo, amarrado como um animal. Ele foi o que mais sofreu, foi brutalmente torturado, covardemente é claro, pois estava amarrado. 

Soltei a respiração pesadamente, o ódio me corroía, as lágrimas ardendo e pesando nos olhos. 

- Tudo por não ter conseguido a minha mãe? 

- Sim, ela feriu muito o pobre ego daquele verme. 

-E pq você não fez nada James? 

Ele suspirou. 

-Nunca tive provas, provas concretas. E eu estava trancado no castelo, passando pelo treinamento para mestre. Acredite Hannah, eu me odeio mais a cada dia por nunca ter feito nada. Ninguém sabia sobre você, só descobri quando ele me pediu para aceita-la como aluna. Passei muito tempo com o treinamento, eu e seu pai não tínhamos contado, eu simplesmente tive que esquecer o mundo fora do Castelo Ninjax.- Ele segurou minhas mãos. - Eu juro que se soubesse antes teria protegido você, logico que eu teria protegido.

Eu assenti olhando o copo com vodca a minha frente, havia pego um costume terrível de beber pelo menos uma dose de álcool por dia, bebi um gole, suspirei e olhei nos olhos azuis dele. 

-Eu não duvido de você James. - Sorri fraco. - Me conte sobre Yan. 

-Ele foi um grande amigo do seu avô,  um grande fornecedor também. Tinha um carinho muito grande pelos seus pais, ele jamais machucaria eles, ao contrário. 

-Eu sei. Percebi muito carinho no olhar daquele homem.

-Cuide do meu filho Hannah.

-Sempre.

-Vou sentir falta de vocês. 

Minha cabeça fervilhava, muitas informações, muitas coisas para lidar e aceitar. Natan e Dan estavam em sua casa já ajeitando tudo para facilitar quando viajarmos para a China. 

Dom, eu sinceramente não sabia onde estava, cada vez as coisas entre nós ficavam piores, estranhas e eu fugia sem nem pensar direito. 

Permaneci em frente a uma enorme janela de vidro que tinha no apartamento de Dominique por bastante tempo, até quase anoitecer, pensando em tudo e em nada ao mesmo tempo. 

'' Como seria a minha vida se Emanuel não tivesse matado a minha família? ''

''E o Anton? Estaria vivo?''

Suspirei pesadamente e resolvi sair, beber, dançar...quem sabe até transar. Sorri internamente com esse pensamento, eu estava estressada, cheia de pensamento, dor e raiva. Precisava relaxar urgente. 

Vesti um short de linho e um cropped preto, soltei meus longos cabelos ruivos e passei apenas um batom nos lábios. Mas, antes de sair do apartamento, Dominique entra como um furacão, assim que me vê se surpreende e me olha de cima a baixo.

- Oi! Vai sair?

-Sim, beber um pouco..curtir. 

Ele me olhou incrédulo. 

-Sozinha? 

-Boates sempre estão lotadas, então eu acredito que não irei ficar sozinha.

Ele bufou, segurou meu braço e trancou a porta frustrado.

- Você não vai sair vestida assim.

- Deixa de ser turrão, você não manda em mim. 

-Hannah, se você deixar um homem se aproximar de você.... - Ele me fez olhar no fundo dos seus olhos. - Eu vou mata-lo.

-Para de idiotice Dominique. 

-Já chega disso, depois do que fizemos... - Ele me olhou sem jeito. - Você começou a me ignorar, a me afastar. Eu te machuquei?

Suspirei e me sentei no sofá. 

-Você não me machucou. 

-Então foi ruim....

-Não foi ruim.

- O que eu fiz de errado então?

-Você não fez nada errado. 

Ele ficou em pé parado de frente pra mim, com raiva depois começou a me puxar pro quarto dele. 

-Acho que você está de brincadeira comigo, você é uma menina má lembra? 

Arregalei os olhos. 

-Para com isso Dominique. 

-Vou te ensinar a não brincar comigo. 

Ele me beijou me empurrando para a cama, descendo meu short com raiva. Sentou na cama e me colocou deitada de bruços no seu colo, alisando meu bumbum e puxando meu cabelo com a  mão livre. 

-O que você vai fazer? - Senti o primeiro tapa. - Aí, me larga. 

Ele me deu mais alguns tapas e eu comecei a me sentir estranha, exitada, fiquei quietinha e apenas deixei ele terminar, segurando os gemidos que quase saiam da minha boca. Me envergonhei por me exitar com aquilo e tentei com todas as forças não demonstrar, mas suspirei no ultimo tapa. 

- Se eu tocar na sua bucetinha agora, ela vai estar encharcada, não é? - 

Me contorci e ele sorriu passando a mão por entre as minhas pernas, afastando a calcinha e e encontrando minha intimidade molhada e latejando. 

-Não faz issso. 

-Caralho, você está encharcada. - Ele me fez sentar em seu colo, com uma perna de cada lado. - Lembra como foi bom? Vai entrar bem gostoso com você molhada assim.

E ele entrou bruscamente, mas foi tão gostoso que me fez perder o ar e pender a cabeça. 

-Nossa!

-Isso, assim mesmo. - Ele falou enquanto estocava em mim com força. - Você me deixa louco Hannah.