Aprendendo

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A noite foi péssima eu mal consegui dormir, assim que o sol se pós eu levantei, arrumei o uniforme, o top, o short e esperei Dominique. Minhas costas latejavam e sangravam um pouco, mas tentei ignorar tudo e focar apenas em superar meus medos e obedecer. Estava decidida a apanhar o minimo possível e a ser forte. 

Ele não amenizou pra mim, depois do café me levou de volta a trilha e eu já suspirava irritada. 

-Vai obedecer Agnoletto?

Não respondi, apenas segui pela trilha, sentindo minhas costas ardendo e comecei a correr algum tempo depois. Observei bastante a paisagem, os passarinhos, algumas lagartixas, lagartas, até as formigas eu parei para olhar, tentando esquecer a dor nas costas.

Quando anoiteceu eu me abriguei entre algumas arvores e dormir por algum tempo, até começar a chover. Tremendo de frio eu me acalmei cantando uma musica, para tentar passar o tempo. Quando amanheceu eu voltei a correr até encontrar o primeiro bebedouro, junto a ele encontrei uma macieira e comi como louca. 

Consegui completar a trilha quatro dias depois, alguns quilos a menos-com certeza- e tão fraca que cai no chão assim que avistei Dominique e James. 

-Parabéns Agnoletto. - Ele falou me levantando. 

-Mas o que... Dominique ela ainda é muito nova pra isso. - James praguejou.

-Não tenho tempo pai, ela tem que aprender....

-Você quer matar ela é isso?

-Muito me admira você estar preocupado com ela, James. Já que não exitou em me mandar apertar o gatilho uma vez. 

Apenas consegui ouvir as vozes, já que estava no chão quase desmaiando.

-Leve ela pra comer e mantenha ela viva. 

-Pq pai? 

-Faça o que eu mandei. 

Fomos ao banheiro e ele ficou perto da porta de costas, tomei banho praguejando mentalmente por causa da dor nas costas, me sequei e fui para a porta já vestida. Nunca senti tanta dor na vida, meus braços e pernas estavam tão pesados que eu mal conseguia andar, me apoiei nele meio sem graça. 

-Vou te levar pro quarto e depois te levo comida certo? Não durma.

-Isso vai ser difícil Dominique, eu quase não dormi na trilha.

-Eu sei, mas aguente. 

Ele saiu meio sem jeito, sem olhar direito pra mim e voltou com Natan e Dan. Eu os apelidei carinhosamente. 

-Hannah.

Natan sentou ao meu lado sorrindo e me dando a comida na boca, calmamente como um pai carinhoso faria com seu pequeno bebê. me olhava carinhoso e paciente o tempo inteiro e Dan estava ao meu lado esquerdo e me dava um suco alternando com água, cuidando tão bem de mim, que me senti amada pela primeira vez na vida. 

Depois que comi eles se afastaram e Dominique levantou minha blusa para passar a pomada, fazendo um cuado depois.

-Fique bem.

Dan falou sorrindo para mim e eu acabei pegando no sono pouco tempo depois, dormindo tranquilamente depois de quatro dias longos e difíceis. 

Acordei, na hora exata em que Dominique começou a bater irritante em minha porta, fomos tomar banho comer e depois Dan me levou para uma sala no imenso porão, Dan me dava arrepios, sempre quieto e calado, parecia ainda pior que Dominique.

Antes de entrarmos James nos chamou atenão.

-Vocês estão mesmo com pressa não é?

Dan respirou fundo. 

HannahOnde as histórias ganham vida. Descobre agora