Época.

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Era tarde da noite. Mark estava andando pelas calçadas das casas de sua cidade, tentando esclarecer tudo, tentando esfriar a cabeça.

Seus pais o adotara. Hoje mais cedo no jantar, seus pais revelaram que ele vinhera de outra família, uma família que o abandonara.

Por um momento queria que não tivessem falado isso pra ele. Queria que fosse brincadeira, que eles vinhessem correndo até Mark e dizer que está mentindo. Mas é verdade, ele não é filho deles.

Já estava dobrando mais uma esquina quando viu do outro lado da rua um cara olhando-o fixamente. Um cara com um casaco preto em volta com um capuz. Parecia aqueles detetive a procura de uma resolução de um mistério, pensou Mark. Apressou os passos para poder voltar para casa. Quando olhou mais uma vez para trás o cara tinha desaparecido, não estava mais lá.

A luz da sala de sua casa estava acesa, destrancou a porta da frente e entrou na casa. Sem querer fazer barulho pra não acordar os pais de Mark, foi na pontinha dos pés. Mas ao chegar nas escadas para ir ao segundo andar a porta se abriu e revelou Teresa e Jorge.

—Aonde estava?—Perguntou os dois em uníssono

Mark apenas foi subindo as escadas até chegar em frente ao quarto de seus pais.

—Estava dando uma volta.

Os pais de Mark o olharam de cima a baixo como se algo estivesse errado com ele.

Jorge cortou o silêncio:

—O que lhe contamos Mark...Não samos o vilão da história. Você acabara de completar 17 anos, já estava na hora de saber. Cuidamos de você por todo esse tempo, sem nem reclamar. Não somos seus pais verdadeiros, não lhe colocamos nesse mundo, mas quem esinou a viver nele fomos nós. Eu e Teresa.

Eles tinha razão, e Mark sabia.

—Eu sei. E...obrigado por...

—Não tem de quê.—Dessa vez Teresa que disse.

—Eu sou grato a vocês dois, muito. Mas isso é...

—Eu sei, parece não ser real.—Teresa foi se aproximando de Mark e pousou-lhe as mãos em seus ombros—Mas não deixe com que isto afaste você de nós. Lembre-se sempre seremos seus pais.

Mark balançou a cabeça em positividade e foi para seu quarto no fim do corredor.

Trocou a roupa, apagou a luz e deitou-se. Ficou se enrolando pela cama, o sono não vinha. Então olhou fixamente para janela. Olhou as luzes dos postes, as casas...o cara.

O cara que vira mais cedo ainda se encontrava lá. Escorado no poste, o rosto coberto pela escuridão que o capuz causava. Mark fechou os olhos e abriu-os mais uma vez, mas ele ainda continuava lá, e desta vez atravessando a rua em direção a casa de Mark.

O cara se aproximava cada vez mais, e mais e mais. Mark sentiu uma vontade de correr até Teresa e Jorge para contar o que estava acontecendo, pois sentiu medo de qualquer forma. E se ele tivera seguido-o até aqui? E se... Então ele sumiu mais uma vez, Mark o perder de vista.

Mark fechou os olhos mais vez, tentando dormir. E dessa vez o sono já vinha, aos poucos ia se entregando a escuridão. E quando já estava quase dormindo, Mark ouviu sua porta abrir e bater contra a parede. Mark levantou em um susto.

Ficou em silêncio por um tempo, tentando ficar calmo, tentando manter a respiração normal. A porta estava totalmente aberta, escancarada. Será se alguém abrira sua porta?

Silvia! Pensou na irmã que dormia no quarto ao lado.

Mark se levantou, pegou a primeira coisa que lhe deu vontade para usar tanto como proteção como ataque. Mark ia se aproximando aos poucos da porta, até chegar nela.

Reino de WinterbergTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang