Segundo Grau

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            No entanto aos 14 anos de idade, Volnei continuava a me provocar e a me causar problemas na minha vida, certa vez estávamos eu e ele brincando em minha nova casa, no Rua Castelo, e eu acabei caindo do muro em que estávamos sentados, fiquei desesperado, pois havia ficado prensado com a cabeça entre esse muro que ficava entre a horta de Dulce e um amontoado de tijolos. Ele nada fez para me ajudar a sair dali, só ficava olhando apesar de eu pedir sua ajuda, na sua negativa, comecei a gritar por socorro e minha mãe logo veio me ajudar, correndo.

Depois disso minha mãe proibiu Volnei de entrar e brincar comigo, coisa que ele fazia e me pregava peças suspeitas, sempre com segundas e terceiras intenções, nunca com boa vontade, e sempre me ocasionando prejuízos no corpo ou na mente, tal deveria ser o seu ciúme por minha causa.

O meu Segundo Grau começou primeiramente no colégio Santa Clio, no centro de Santa Maira, ele era particular, e foi lá que tive decepções e incômodos dos mais diversos possíveis, onde a turma como era enorme e continha várias fileiras, era quase impossível que uma só professora controlasse todos os alunos, até mesmo quando estes começavam a perturbar toda a região do entorno dessa sala de aula que se encontrava no fundo do corredor.

Certo dia, havia prova, e como os dias de aulas eram muito cheios de alunos, a conversa era generalizada e não respeitavam professora alunos e demais entidades ao entorno da sala, sendo que os alunos mesmos tinham de fazer aulas particulares em outros lugares e com outros professores fora do colégio para compensar essa falta de consideração e de interesse dentro de sala de aula. Daí um dia teve prova de biologia, senão me falha a memória, e como era difícil alguns alunos colavam, e foi aí que como para mim era difícil também, resolvi colar, escrevi na mão algumas questões.

Como os colegas ao meu lado eram os mais estudiosos da turma e sempre tiravam boas notas em todas as disciplinas, eles me deduraram, em especial a colega Ana, me entregando para a professora em voz bem alta, o que ela mesma com dó de mim, pois tinha percebido à algumas aulas que eu era deficiente em muitas matérias e conteúdos das disciplinas não conseguindo acompanhar a turma nessa questão, me zerou somente as questões que haviam na minha mão, não toda a prova. Mas outra vez, uma outra professora de outra disciplina, sabendo disso, me trocou de lugar, lá para o canto da sala perto da porta de entrada, e os colegas ali eram totalmente diferentes, eles se ajudavam uns aos outros e colavam direto.

Vi ali uma outra turma com bem mais compaixão que os demais e que me proporcionaram outra visão da turma, mas alguns alunos dali me confidenciaram que quando eles entraram foi a mesma coisa que aconteceu com eles durante um ano inteiro, e que se eu continuasse provavelmente isso não aconteceria comigo de novo. No entanto, terminei aquele ano com reprovação em todas as disciplinas, exceto em educação artística, nota que fui um pouquinho melhor, mas que nunca mais consegui olhar para aquele colégio particular de filhinhos ricos de novo tamanha era a minha decepção e frustração com tudo o que tinha acontecido.

Não somente nas aulas, mas nos laboratórios de biologia e química, como também na educação física, porém não aconteceu na catequese que fiz lá mesmo, enfim os motivos eram muitos para que eu nunca mais fizesse curso ou disciplinas alguma em colégio particular novamente por causa desse trauma terrível.

Um dia desses, em que decidi ficar na sala de aula no intervalo em minha classe, vi que um colega entrou e sentou em sua classe na mesma fileira que eu estava, e depois de um tempo, ele começou a empurrar as classes à sua frente em direção a mim, me apertando, no qual eu revidei. Mas um outro colega chegou, e ele disse a esse que era eu que estava fazendo isso, no que me senti indignado com tal situação, mas nada pude fazer, nem sair dali, pois ele realmente não deixava me apertando ainda mais, até que acabou o tal intervalo, e os colegas voltaram à sala e depois veio a professora, daí ele parou o que estava fazendo quando estes voltaram.

Virgem para Sempre, a Cultura do Sexo e Outras Perturbações: Quebrando TabusOnde histórias criam vida. Descubra agora