Capítulo 26

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Hannah

— Venha vamos entrar. - Disse Ramalho pegando nas mãos de Beca e me guiando, Felipe vinha logo atrás.

Passamos por um pequeno corredor indo direto para a sala de estar, ela era simplesmente maravilhosa tudo super elegante e sofisticado.

— Fique a vontade Hannah. - Apontou para o sofá — Vou pedir para Margarida preparar a mesa. - Saiu junto com Beca.

Me sentei no sofá e Felipe permaneceu em pé olhando para um quadro que tinha ali pela sala, era uma mulher, uma mulher muito bonita os traços dela me lembrava um pouco os de Felipe.

— Quem é? - Perguntei e sua atenção saiu do quadro e veio para mim.

— Minha mãe.

— Ela era linda.

— Eu sei...

O silêncio novamente voltou mas foi cortado por Ramalho aparecendo na sala sozinho.

— A mesa está pronta, vamos!

Felipe foi na frente e eu fui o seguindo logo atrás, entramos na sala de jantar e ela era enorme com uma mesa de aproximadamente 12 lugares.

Ramalho se sentou ao lado da filha e Felipe e eu nos sentamos na sua frente.

Uma moça serviu a entrada e presumi que fosse Margarida.

— Então... - Bebeu um gole da sua água que estava em sua frente — Você estuda o que Hannah?

Ótimo...

— Ahm... É... Jornalismo. - Bebi um gole do meu suco de laranja que Margarida acabou de servir.

— Em qual ano?

— Último, ano que vem.

— Que bom. - Sorriu — E você filho, preparado para voltar a faculdade?

— Não.

— Mas terá que estar, em breve você estará assumindo nossa empresa e é uma responsabilidade e tanto!

Coloquei uma garfada de camarão na boca e aliás, essa entrada estava uma delícia.

— Pai podemos mudar de assunto, a Rebeca deve estar entediada já. - Revirou os olhos.

— Tem razão. - Sorriu — E você Hannah, namora?

Ótimo, o assunto novamente voltou para mim.

— Ahm... Não.

— Meu filho também não, olha que conhecidencia. - Cruzou os braços na mesa.

— Pai...

— Tudo bem. - Riu — Margarida, pode servir o jantar agora.

— Sim senhor. - Os pratos foram retirados da mesa e logo depois duas mulheres aparecem com dois pratos em cada bandeja nos servindo.

Logo elas se retiraram e só ficou eu, Beca, Felipe e Ramalho na sala de jantar.

— Espero que goste Hannah, o jantar de hoje foi feito no capricho.

— Tenho certeza que vou, só pela cara está me dando água na boca. - Falei e ele assentiu.

E assim comemos o resto do jantar a nossa frente em silêncio, a comida estava deliciosa, tenho certeza que se eu não estivesse cheia pediria para repetir.

— Precisam de mais alguma coisa? - Margarida apareceu.

— Estou satisfeito e vocês? - Perguntou olhando para mim e Felipe.

— Não, muito obrigada.

— Não. - Felipe.

Margarida assentiu e saiu logo em seguida.

— Papai posso sair para brincar?

— Claro meu amor, vai lá. - Falou e Beca saiu correndo — Bom... Eu precisava da opinião de vocês para uma coisa.

— O que? - Perguntou Felipe.

— Vocês sabem que o natal já está chegando e eu queria presentear as crianças que tem câncer em um hospital aqui no Rio de Janeiro, as familias tem baixa renda e é provável que as crianças nem ganhem presentes, o que vocês acham?

Que coisa mais maravilhosa isso meu deus, só de imaginar isso meu peito se enche de alegria.

— Uau, é uma atitude muito linda da sua parte Sr. Ramalho, parabéns. - Abri meu melhor sorriso.

— Realmente pai, parabéns, seria uma ótima ideia isso!

— Fico feliz que vocês tenham gostado e Hannah, me chame de Sérgio por favor. - Sorriu e eu assenti sem graça — Bom mas eu preciso de uma forcinha de vocês dois.

— De nós? - Perguntou e seu pai assentiu.

— Sim... Eu preciso que você vá levar os brinquedos para o hospital filho.

— Eu? Por que não você?

— Porque você tem que levar o sobrenome da nossa família!

— Exatamente, por que você não leva?

— Porq... - O cortei.

— Me desculpa mas o que eu tenho a ver com isso?

— Já explico querida. - Sorriu — Eu não vou Felipe porque é você que precisa passar uma boa imagem! Você sabe que nosso nome e sobrenome vive na mídia e é conhecido aqui quanto no exterior e você não colabora filho, vive em festas e é sempre fotografado com uma garota diferente. E nada melhor que você ir fazer uma boa ação em um hospital com crianças doentes, tanto para ajuda-lás como para nós ajudarmos e é aí que você entra Hannah.

— Eu... Ahm... - Ele me cortou.

— E melhor ainda ele ir acompanhado com sua suposta namorada. - Sorriu.

— QUE? - Eu e Felipe falamos juntos.

— Nós não temos nada haver, ninguém acreditaria nisso e outra que eu não gosto de aparecer. - Falei.

— Você nunca ouviu falar que os opostos se atraem? - Sérgio — É claro que eles acreditariam.

— Pai eu não vou fazer isso!

— Você vai sim se você não quiser voltar a morar comigo e ter sua liberdade cortada novamente!

— Eu não sou mais criança.

— Mas você depende do meu dinheiro e já está falado! Só depende de você Hannah...

— Porque você não escolhe outra pessoa? - Perguntei baixo — Não quero me envolver nessa história, seu filho nem vai com a minha cara...

— Que? Quem te disso isso Hannah? - Perguntou sério Felipe.

— Ninguém, mas suas atitudes me fizeram deduzir isso, que você não gosta de mim.

— É meu jeito, mas eu gosto de você... - Me encarou.

— Bom e aí? - Chamou Ramalho fazendo nossa atenção ir para ele — Você aceita?

— Ahm... - Olhei para Felipe que já me encarava — Tudo bem, eu aceito... - Suspirei já imaginando no caos que minha vida se tornaria.

No Mesmo Quarto [Concluído]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora